Rachel
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Por Rachel de Sá (@raborgesdesa)

Chefe de Economia da Rico, empresa do grupo XP Inc.

Surfe, ciclismo, futebol, corrida, lutas. Embora eu seja uma assídua praticante desses e alguns outros esportes, confesso que não sou a melhor pessoa para seguir o que se passa no cenário profissional de nenhum deles - a não ser que seja no calor do momento, em boa companhia e presencialmente.

Mas, assim como faço com premiações e acontecimentos do mundo da arte e do entretenimento (como contei nesse espaço em minha última coluna), tento me manter minimamente informada sobre o que está rolando, nem que seja para não passar vergonha na mesa de bar com os amigos.

E foi numa dessas tentativas de atualização que fiquei sabendo do “Fight Music Show”, evento de boxe que, ao que tudo indica, anda fazendo o maior sucesso no país nos últimos meses. No evento, que mistura a luta com shows de música, vemos oponentes em um ringue de boxe se desafiando ao vivo nas noites de sábado.

Qual diferença e verdadeira “graça” do FMS, entretanto, que em sua última edição no dia 24 de fevereiro rendeu R$ 25 milhões, comparado a outros do esporte? Os participantes! No evento, o oponente fixo é Popó – hoje com 48 anos, e aposentado do esporte profissionalmente. Do outro lado, influenciadores digitais (lutadores ou não). A lista de oponentes já incluiu o comediante Whindersson Nunes e um dos vencedores do Big Brother Brasil, Kleber Bambam

Never bet against Popó

Não entendendo nada sobre lutas, a vitória de Popó aos 36 segundos de luta por noucate contra seu adversário não me chamou grande atenção (só me serviu para lembrar de um dia, em que passei 40 minutos tentando comprar uma luta no canal de televisão por assinatura para assistir com amigos, só para assistir a um nocaute bem na hora que entrou no ar)!

De todo modo, o que me chamou mesmo atenção foi um detalhe, além das cifras recebidas pelos participantes (de R$ 6 milhões para Kleber Bambam e R$ 5 milhões para o vencedor, Popó): por que alguém iria querer desafiar um dos maiores nomes do esporte boxe? Além de, claro, o dinheiro envolvido? Na realidade, melhor colocando: será que algum desses oponentes tinha alguma esperança de vencer Popó, apostando em sua idade avançada e duvidando de sua capacidade fora da curva no esporte?

Afinal, para mim, essa resposta parece meio óbvia, diante do histórico do atleta brasileiro e de sua clara manutenção do preparo físico. É simples: na ausência de motivações e argumentos muito poderosos, nunca aposte contra aquele (ou aquilo) que já se provou tantas vezes campeão.

O episódio me lembrou a temporada de “Friends” na qual a Monica namora um executivo de sucesso, que em busca de novas conquistas além do mundo financeiro, decide ser campeão de MMA. Para “não fãs” da série, basta dizer que Pete (nome do personagem) sai completamente destruído de suas primeiras lutas, e Monica decide acabar o relacionamento por não ver sentido algum naquela busca incessante pela vitória em algo que seu namorado não possuía qualquer expertise.

Mas, para além da minha série preferida, toda essa história de FMS me trouxe um paralelo com o que está acontecendo no mercado financeiro recentemente – em particular, nas bolsas americanas.

Never bet Against America

Nos últimos anos, especialmente desde a eclosão da pandemia da Covid-19, investidores ao redor do mundo assistiram a um forte avanço das bolsas americanas.

Os motivos por trás de tal alta incluem uma série de fatores, como a força das empresas de tecnologia no país e o avanço acelerado de temas como Inteligência Artificial no pós-pandemia, o excesso de capital no sistema por conta da manutenção dos juros baixos por certo tempo e de elevados benefícios fiscais (implementados como resposta à pandemia), além da própria força do mercado americano como o principal centro financeiro do mundo.

De fato, apostar contra as bolsas americanas – ou seja, investir esperando que as ações perderiam valor adiante – não teria sido um bom negócio nos últimos anos. Para se ter uma ideia, os principais índices de ações na maior economia do mundo registraram alta acumulada próxima de 30% nos últimos três anos (S&P500 subiu 32,5%, Dow Jones 26,2% e Nasdaq 34,2%).

Nunca aposte contra o Popó? O que o FMS pode nos ensinar sobre investimentos — Foto: Reprodução
Nunca aposte contra o Popó? O que o FMS pode nos ensinar sobre investimentos — Foto: Reprodução

Aliado a dados que demonstram como a economia americana segue forte e resiliente mesmo diante do enfraquecimento da economia global e dos juros agora bastante altos (comparado ao histórico recente), a dinâmica de performance positiva do mercado de ações tem fortalecido um famoso jargão de mercado, que diz: Never Bet Against America.

Em bom português: nunca aposte contra os Estados Unidos (embora saibamos que a “América” é composta por muitos outros países, mas isso não vem ao caso).

A importância da diversificação internacional

Se esse crescimento econômico e dinâmica positiva das bolsas americanas se manterão ao longo desse e dos próximos anos é a “pergunta de um milhão de dólares” no momento.

É provável que a resposta esteja em algum lugar no meio do caminho, com crescimento econômico enfraquecendo e as bolsa respondendo de acordo. Porém, sabemos que imprevistos e eventos inesperados acontecem, tornando a “previsão do futuro” dos mercados tarefa impossível.

Dito isso, não precisamos saber responder essa pergunta com precisão para que nós, reles mortais e investidoras de nosso suado dinheirinho, consigamos pegar um recado importante de tudo isso.

E esse recado é o da diversificação internacional. Aquele que muita gente ignora, ou acredita ser muito difícil seguir, sem precisar incorrer em burocracias ou muito conhecimento técnico. Mas a verdade é que investir fora do Brasil - diversificando onde está aplicado seu dinheiro não somente entre classes de investimento e ativos, mas também entre geografias – segue essencial e, hoje, muito menos complicado do que há alguns anos.

Uma das formas de fazer isso, por exemplo é por meio de fundos de investimento internacionais. Nesse caso, você aplicará seu dinheiro em um fundo que será gerido por profissionais da área, que investirão o seu dinheiro e de outros cotistas em uma série de ativos dentro e fora do país.

Outras opções incluem as BDRs (que são certificados de ações estrangeiras que você pode comprar na própria bolsa brasileira) e os ETFs (fundos de investimento, mas esses negociados na bolsa).

Vale destacar que investir fora do país não traz qualquer garantia de retornos (assim como qualquer outro investimento). Entretanto, colocar algumas fichas naquele contra o qual nunca se deve apostar tende a ajudar a impulsionar os retornos de carteiras de investimentos no longo prazo.

Afinal, contra dados tampouco devemos tentar apostar com argumentos.

Rachel de Sá — Foto: Divulgação
Rachel de Sá — Foto: Divulgação
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