Finalmente, as peças vintage de Alexander McQueen ganham destaque nos tapetes vermelhos

Agora, porém, parece que estamos vivenciando o início de um (muito esperado) renascimento vintage de McQueen, com nada menos do que três estrelas exibindo peças de arquivo do designer no SAG Awards em 24.02. Em uma homenagem ao visual “Oyster” de Kardashian, a estrela de West Side Story, Maddie Ziegler, impressionou com um look da coleção primavera/verão de 2003: um vestido de chiffon bege transparente com detalhes de babados desfiados, proveniente da Shrimpton Couture.

Enquanto isso, Laverne Cox, grande fã de peças vintage, optou por um casaco bordado da coleção de outono/inverno 1996 de Alexander McQueen, que apresenta cauda assimétrica e foi, originalmente, usado na passarela por Helena Christensen. Depois, a atriz de Mean Girls, Auli'i Cravalho, optou por um vestido vermelho mais recente com decote frente única do pré-outono de 2011 — a segunda coleção de Sarah Burton para a grife após a morte de McQueen — também proveniente da Shrimpton Couture.

“McQueen é um designer que estava tão à frente de seu tempo que sempre que descobrimos peças de seu trabalho, elas têm essa incrível capacidade de sentir o momento”, disse Cherie Balch, fundadora da Shrimpton Couture, à Vogue sobre por que ela acha que houve um foco renovado no arquivo de McQueen ultimamente.

Como é o caso do terno com saia, decorado com placas de circuito elétrico, de Lee Alexander McQueen para a Givenchy, usado por Zendaya durante a turnê de imprensa de Duna: Parte 2 na Coreia do Sul, ou o ousado macacão com um decote V da coleção primavera/verão de 1997 de McQueen, que Jourdan Dunn usou durante a British Vogue and Tiffany & Co.’s annual Fashion & Film party.

A fundadora da Aralda Vintage, Brynn Jones — que também é colecionadora de McQueen e fornecedora do visual Givenchy de Zendaya — está feliz em ver que os designs de McQueen estão encontrando um novo público. “Quanto mais curiosas as pessoas são quando se trata de vintage, mais informadas elas se tornam sobre os designers e todos os grandes nomes que podem respirar ar fresco”, diz. “Essa geração mais jovem pode estar aprendendo sobre McQueen agora mesmo, então há um novo ciclo de apreciação por seu trabalho.”

Uma das razões pelas quais não vimos muitos modelos vintage de McQueen no tapete vermelho é que suas peças originais são relativamente raras. “Com McQueen, em particular, ele tendia a colocar na passarela peças diferentes das que acabavam sendo produzidas para as lojas”, explica Balch. “E, por mais que celebremos McQueen agora, tendemos a esquecer que ele não foi uma marca tão grande por muitos anos, como Galliano ou Dior foram durante o mesmo período. Tudo isso se soma ao simples fato de que não existem tantas peças verdadeiramente fabulosas por aí."

No entanto, à medida que a marca Alexander McQueen entra numa nova era sob o novo diretor criativo Seán McGirr , o interesse no arquivo de Lee McQueen – juntamente com o da sua sucessora, Sarah Burton – só tende a crescer. Quais peças os especialistas gostariam de ver no próximo tapete vermelho? “Um dos vestidos da primavera/verão 2008 – coleção que ele dedicou a Isabella Blow — ou um dos modelos majestosos de sua coleção outono/inverno 2008 ”, responde Jones.

Esta matéria foi originalmente publicada na Vogue UK.