Sua Idade

Por Mirian Goldenberg (@miriangoldenberg)


Uso de vibradores pode ser positivo para mulheres maduras — Foto: Reprodução

Pesquisadores dos Estados Unidos afirmaram, em um artigo científico publicado no Journal of Urology, que os médicos deveriam prescrever o uso regular de vibradores para as mulheres. Em vez de serem vistos como brinquedos sexuais, os vibradores deveriam ser considerados “dispositivos terapêuticos”, já que trazem benefícios inquestionáveis para a saúde física e mental das mulheres.

Enquanto muitos negócios tiveram queda ou fecharam as portas durante a pandemia, o Brasil registrou um recorde na venda de produtos eróticos: só de março a maio de 2020, 1 milhão de vibradores foram vendidos, desde modelos simples de menos de 100 reais aos mais sofisticados de quase 2 mil reais. Não é de hoje que as mulheres brasileiras adotaram os vibradores como brinquedos sexuais (ou como “dispositivos terapêuticos”).

Quando foi lançada, em 1998, a série Sex and the City fez crescer as vendas do rabitt, um vibrador rosa com um coelhinho que estimula o clitóris. Em 2010, as vendas dos vibradores aumentaram com o sucesso do filme De pernas para o ar, com Ingrid Guimarães. A série Grace e Frankie mostrou, na temporada de 2017, duas amigas de mais de 80 anos, as atrizes Jane Fonda e Lily Tomlin, criando um vibrador especial para mulheres mais velhas com dor crônica e artrite reumatoide.

Desde a minha pesquisa sobre as amantes de homens casados, em 1990, o vibrador apareceu como um item necessário para garantir o prazer feminino. Muitas mulheres que eu entrevistei na época me contaram que tinham um vibrador na gaveta da mesinha de cabeceira para usar nos momentos em que se sentiam solitárias ou quando não conseguiam chegar ao orgasmo com o parceiro. Mais de 20% das mulheres que eu pesquisei têm um vibrador para chamar de seu. Algumas me contaram que frequentemente fingem ter orgasmo para que o parceiro se sinta satisfeito e durma logo. Assim, elas podem usar o vibrador para chegar ao verdadeiro orgasmo. Outras me revelaram que, antes do vibrador, nunca tiveram orgasmo.

Atrizes e apresentadoras brasileiras declararam que o vibrador é um grande aliado do prazer feminino. Eliane Giardini revelou que está vivendo uma fase de “solteirice sem pressão”: “Não estou procurando, mas permaneço atenta. De qualquer forma, existem outras eficientes maneiras de se exercer o sexo o tempo todo. Vibradores, por exemplo: sabendo usar, não vai faltar bem-estar”.

Ingrid Guimarães afirmou que o vibrador é um ótimo companheiro: “Acho maravilhoso voltar a se falar muito de vibrador, vender vibrador. Acho uma ótima ideia para a quarentena, principalmente para os solteiros se conhecerem, se tocarem e darem uma relaxada”. Bruna Marquezine admitiu que “tem outras maneiras de me satisfazer sozinha”: “Não transo só pelo prazer. Se for só isso, tem outras maneiras de me satisfazer sozinha. Escuto muito: 'Ser solteiro está foda!' Falo: 'Gente... ninguém tem vibrador?'

Thaila Ayala contou que dá vibradores de presente até para a sua avó: “Que mulher não usa? Quando eu volto de Nova York, trago um saco cheio e saio distribuindo para as minhas amigas. Inclusive, já dei um para a minha avó e ela me agradeceu muito. Achei que ela fosse me dar um soco, mas ela se divertiu com a brincadeira”. Sabrina Sato comentou uma matéria que dizia que o vibrador vicia: Me peguei pensando: “Será que sou viciada?” “Tenho uma coleção enorme, é bom demais. O vibrador ajuda a mulher a se conhecer. Sempre fui bem livre no sentido de me tocar, de falar sobre o assunto. Quanto mais a mulher se conhecer, mais vai gozar e sentir tesão pela vida”.

Ana Paula Tabalipa confessou que tem uma gaveta cheia de vibradores: “Gostaria de terminar a vida com um companheiro ou companheira, não no sentido de transar com ela. Porque para isso eu tenho uma gaveta de vibradores. Entre joia e vibrador, prefiro vibrador, que me dá mais prazer”. Fernanda Paes Leme quebrou seu vibrador de tanto usar: “De tanto usar, ele parou de funcionar. O vibrador tem me ajudado muito na quarentena. Na minha tomada, fica o carregador do celular e do vibrador. Está tudo tão difícil, a gente já está sozinha, se não puder gozar, se não puder se masturbar – essa palavra tem que ser normalizada –, vai ficar pior ainda”.

Angélica defendeu que os vibradores são aliados do prazer e da intimidade do casal: “A maturidade traz segurança. Me sinto melhor hoje emocionalmente, espiritualmente e sexualmente. É você se tocar, se sentir. O vibrador e outras formas de se conhecer são ferramentas fundamentais até para o casal, para o relacionamento a dois. O vibrador pode ser um aliado e faz parte da intimidade do casal. A mulher não precisa ter vergonha de falar o que lhe dá prazer”.

Para uma psicóloga que entrevistei, o vibrador é o símbolo da revolução sexual das mulheres: “Minha melhor amiga brinca que o vibrador é o amante ideal, pois sempre lhe dá prazer, sem cobranças, sem neuroses, sem doenças sexualmente transmissíveis. Perguntei se ela queria de presente de aniversário um vibrador mais caro e moderno, um sugador igual ao meu, pois o vibrador dela já está bem velhinho e é um modelo bem baratinho. Ela disse que não, pois é monogâmica e fiel ao seu amante de brinquedo”.

“O vibrador assusta alguns homens porque mostra que as mulheres perderam o medo, a vergonha e a culpa de buscar o próprio prazer”, ela argumentou: “É ridículo achar que o vibrador vicia e que pode substituir os homens. Nenhum vibrador substitui o abraço, a risada e a intimidade que tenho com meu marido. O vibrador não compete com os homens, não é uma ameaça à masculinidade, muito pelo contrário. Meu marido sempre brinca que o vibrador é o seu maior aliado, pois sou uma mulher sexualmente feliz graças ao meu amante de brinquedo”.

Para seu marido, “o vibrador é o melhor amante de uma mulher”: “Quando descobri um vibrador na gaveta da minha mulher, fiquei muito inseguro e me senti dispensável, incompetente, descartável, rejeitado, fracassado, impotente e brocha. Mas cheguei à conclusão de que o vibrador é o melhor amante de uma mulher. Eu sempre me masturbo vendo vídeos pornô. Por que me sentir ameaçado com o prazer que ela pode sentir com seu brinquedinho sexual?”

Será que o vibrador é uma ameaça à masculinidade ou um aliado dos homens para alimentar a intimidade, o amor e o tesão no casamento?

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