Beleza

Por Redação Vogue

Cada cicatriz carrega consigo uma história. De um período de acne da adolescência até uma cirurgia delicada, as marcas do nosso corpo são símbolos de momentos significativos da vida e, mais do que isso: do poder de resiliência da nossa pele. Pense você ou não em suavizar a aparência das suas cicatrizes, é importante manter uma rotina de cuidados com os sinais (sim, eles também devem fazer parte do skincare!), para que não se tornem inflamações ou lesões mais profundas.

Pensando em esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto, conversamos com dois especialistas: Matheus Manica, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, e Bruno Lages, médico dermatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Descubra mais a seguir:

O que causa uma cicatriz?

"Os principais agentes causadores de cicatrizes são feridas, queimaduras e, eventualmente, alguns tratamentos estéticos com alta dosagem de energia, como lasers ou peelings mais agressivos, também podem deixar marcas", afirma Matheus Manica. O cirurgião plástico explica ainda que as pessoas com fototipo acima do grau 4, que representam as peles mais pigmentadas — como as peles negras e asiáticas —, estão propensas a ter cicatrizes mais marcadas ou com pigmentação mais forte.

Como cuidar?

Uma rotina de skincare básica, mas eficiente, pode ser fundamental para uma boa recuperação da pele e até mesmo para evitar que uma cicatriz se forme — especialmente no que se refere a uma hidratação caprichada. "A pele bem hidratada acelera o processo de cicatrização, o que previne a formação de cicatrizes", destaca o dermatologista Bruno Lages.

Matheus Manica completa: "Uma pele hidratada tende a ter resistência maior a lesões. Ou seja, aguenta melhor as agressões do dia a dia. O uso de retinóides, como o ácido retinóico, também ajuda a dar mais firmeza e qualidade para a pele."

Na dúvida sobre investir em cremes específicos para a recuperação de cicatrizes, os médicos indicam buscar por fórmulas com ativos anti-inflamatórios e calmantes, que ajudam a diminuir a inflamação.

Fuja do sol

"Em especial durante o período de cicatrização, a exposição solar deve ser evitada", diz Bruno Lages. "A exposição aos raios UV retarda a cicatrização das feridas e aumenta as chances de hiperpigmentação".

"Durante esse processo de recuperação, a área se torna mais reativa e, ao tomar sol, pode produzir pigmentação com mais facilidade", explica Matheus. Por isso, não se esqueça do protetor solar sempre — especialmente nas cicatrizes.

Quais são os tipos de cicatriz?

Existem dois tipos mais comuns de cicatriz: as atróficas, que são causadas pela acne, por exemplo, e as hipertróficas (também conhecidas como queloides), que são respostas a lesões na pele. "Nas cicatrizes atróficas, há uma retração, uma diminuição dos tecidos. Já as cicatrizes hipertróficas possuem relevo, pois há um excesso de produção de tecido", pontua o cirurgião plástico.

A profundidade e o processo de cicatrização podem variar de acordo com a gravidade da lesão. "Quanto mais superficial a agressão, menor a chance de ficar marca. Geralmente, as agressões que lesam a derme (camada mais resistente da pele e onde ficam as fibras de colágeno), deixam uma cicatriz. É preciso considerar que o processo de cicatrização tem diversas etapas, mas pode levar até um ano".

Como funciona o tratamento?

Cada cicatriz vai demandar um tipo diferente de tratamento. "Uma cicatriz atrófica precisa ser preenchida, então são indicados tratamentos como a subcisão, em que se libera a retração e o próprio sangue. Outra possibilidade é o preenchimento direto com ácido hialurônico ou até gordura. Já no caso da cicatriz hipertrófica, o tecido precisa ser diminuído e desinflamado. Se não tiver chegado a um queloide, pode-se usar tratamentos abrasivos e laser para diminuir a quantidade de tecido. Mas, quando já se tornou um queloide, o tratamento é mais intenso, podendo envolver injeção de corticoide e radioterapia", pontua Matheus Manica.

"O melhor momento para começar a cuidar das cicatrizes é de uma maneira precoce. Então, quando ela está inflamada (ou seja, já cicatrizou, mas está inflamada), uma opção são cremes com corticoide para desinflamar. Também pode-se usar laser para diminuir a inflamação, como o laser de neodímio YAG (ítrio-alumínio-granada) e laser de luz pulsada", acrescenta o cirurgião, que lembra da importância de consultar um médico para identificar o melhor tratamento para você.

O dermatologista Bruno Lages concorda: "Em relação a procedimentos em consultório, os lasers são os mais indicados. Para queloides, são recomendados os lasers fracionados, que atingem camadas mais profundas da pele, permitindo que o tratamento seja feito em menos sessões."

Matheus Manica acrescenta que os microagulhamentos podem ser outra possibilidade na etapa de cuidados. "É o caso do Morpheus, uma radiofrequência microagulhada que chega às camadas mais profundas da pele. O microagulhamento tem uma característica semelhante ao laser fracionado, estimulando a cicatrização e a produção de colágeno. Isso traz benefícios tanto para cicatrizes atróficas quanto hipertróficas, porque melhora a qualidade da pele como um todo. Vale lembrar que o Morpheus tem um efeito térmico, o que pode aumentar a chance de pigmentação. Mas as pessoas com pele muito reativa, que pigmenta com facilidade, podem optar pelo microagulhamento sem energia associada."

É possível apagar totalmente uma cicatriz?

A resposta mais direta é não. Mas há como suavizá-la ou até mudá-la de lugar, como conta o cirurgião plástico. "Se existe uma lesão da derme, existe uma cicatriz. O que pode ser feito é tentar disfarçá-la junto à pele ao redor. Quando ela é muito extensa, como uma cicatriz de trauma, pode-se tentar trocar essa cicatriz por uma cicatriz de qualidade melhor. Em alguns casos, é possível até reposicionar a cicatriz em uma área mais escondida. Mas sempre que há uma cicatriz, ela é para sempre", conclui Matheus.

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