Alaska volta a apostar nas ações do Magazine Luiza, que ajudaram a criar a fama da gestora

A Alaska alcançou uma fatia de 38 milhões de papéis do Magazine Luiza, o que significa 5% do total de ações da companhia, conforme a empresa informou ao mercado nesta quarta-feira (29). A gestora não aparecia entre os acionistas com participação relevante na varejista.

As ações da companhia ocupavam somente 1,5% do portfólio do fundo Alaska Black em novembro, data das informações públicas mais recentes. Os principais papéis na ocasião eram Petrobras (13%), Vale (12%) e Cogna (10%).

A aposta maior da gestora no Magazine Luiza chama a atenção porque a Alaska foi uma das primeiras gestoras a apostar na valorização vertiginosa dos papéis do Magazine Luiza, em dezembro de 2015, quando as ações estavam em baixa. Os papéis, então, dispararam e contribuíram para a fama da gestora.

A Alaska desembarcou do Magazine Luiza antes das ações desabarem nos últimos anos. Contudo, a casa se machucou muito na pandemia, principalmente em 2020, momento em que Bredda fazia a sua fama no Twitter. Ele chegou a fazer “lives” nas redes sociais no auge da crise para passar tranquilidade aos investidores e afastar rumores de que a gestora havia quebrado.

O tempo passou e os fundos da Alaska ficaram entre os mais rentáveis no ano passado, um momento difícil para a classe. No começo deste ano, a Alaska contou ao Valor Investe que os ganhos mais significativos vieram de investimentos em empresas ligadas a commodities, educação e estatais, que surpreenderam o mercado em geral no ano passado. A casa disse que seguia acompanhando nomes de praticamente todos os setores, até de varejistas que foram impactadas pelos juros altos.

O Magazine Luiza apresentou um lucro líquido de R$ 27,9 milhões no primeiro trimestre, saindo do prejuízo de R$ 391,2 milhões de um ano antes. Três em cada dez analistas aconselham comprar os papéis da varejista, conforme a ferramenta Valor Empresas 360.

As ações da companhia e de outras varejistas sobem nesta quarta-feira, com algum alívio com a informação de que será implementada uma taxa de 20% sobre a importação de compras de até US$ 50.