Bitcoin inicia semana pós-halving tentando se firmar nos US$ 66 mil

"Visto que já foram emitidos mais de 19,6 dos 21 milhões de bitcoins disponíveis e que o restante, cerca de 6,6% da oferta total, será emitido ao longo dos próximos 116 anos, o impacto de cada halving na oferta será cada vez mais reduzido", avalia Taiamã Demaman, líder de análise da Coinext.

"Próximo ao momento em que aconteceu o halving, o preço do bitcoin se manteve estável e sem grandes emoções, atingindo a mínima nos US$ 62.953", observa Ana de Mattos, analista gráfica da Ripio."Após o evento, o preço continuou trabalhando de forma lateral em um canal secundário de alta."

Hoje, por volta de 17h50 (horário de Brasília), o bitcoin (BTC) era negociado a US$ 66.400, variação positiva de 3%, nas últimas 24h, segundo a média das plataformas de dados CoinDesk, CoinGecko e CoinmarketCap. A máxima do período foi de US$ 66.900 e a mínima de US$ 64.500.

Na semana passada, o bitcoin registrou uma desvalorização acumulada de 5%, acompanhando aversão a ativos de risco em todos os mercados.

"Caso o preço do bitcoin supere a resistência dos US$ 67.650, com bastante fluxo comprador, as próximas resistências estão nas faixas de preços de US$ 70.700 e US$ 73.777", aponta Ana. "Se retomar o movimento de baixa, os suportes de curto e médio prazo estão em US$ 59.700 e US$ 57.200."

O ethereum (ETH), segunda cripto mais negociada, valia US$ 3.100, praticamente estável nas últimas 24 horas. O token nativo da maior blockchain do mundo também anotou uma queda de 5%, no acumulado da semana passada.

A força vendedora foi alimentada pelas tensões geopolíticas no Oriente Médio e pela repercussão de que provavelmente não haverá corte de juros nos Estados Unidos, conforme os operadores esperavam. Índices acionários das bolsas de Nova York recuaram diante do cenário pessimista, enquanto o ouro renovou seu recorde de preço.