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Por Geiza Martins


Ser mãe é padecer no paraíso? Graças à atitude de mulheres que decidiram revelar as dificuldades existentes abaixo do manto da maternidade, sabemos que a visão idealizada (ou até mesmo sagrada!) não cabe na realidade de toda e qualquer mãe.

Hoje em dia, é comum vermos conceitos de perfeição serem derrubados por mulheres corajosas o suficiente para expor erros, lágrimas, doenças e sentimentos dignos de seres humanos – e não das “moms” perfeitas que muitos tentam pintar por aí.

Muitas famosas decidiram engrossar esse caldo e contaram suas experiências com os filhotes. Essas, sim, viraram deusas só por quererem tocar a real! Vem ver...

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1. Adele (mãe de Angelo Adkins, 4 anos)

Adele (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour
Adele (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour

Ela deu à luz a Angelo Adkins em outubro de 2012. Cinco anos depois, a britânica deu uma entrevista à Vanity Fair e abriu o coração sobre seu sentimento em relação à maternidade, revelando que sofreu com depressão pós-parto: "Tudo que eu sabia sobre depressão pós-parto era que você talvez não quisesse ficar com seu filho; que você temesse machucá-lo. Mas eu era obcecada pelo meu filho. Eu me sentia muito inadequada, como se tivesse tomado a pior decisão da minha vida. [Depressão pós-parto] pode surgir de maneiras muito diferentes. Eu chorei todos os dias por três meses depois que meu filho nasceu. Estava me preparando para engravidar havia cinco anos. Mas, quando eu finalmente pari meu filho, quando eu olhei para ele, aquele raio de amor que todo mundo fala simplesmente não me atingiu. Fiquei arrasada. Eu pensava: não sou uma mãe de verdade, o que há de errado comigo? Eu odiei o comecinho da maternidade. Odiava as noites sem dormir. Odiava não saber se eu estava fazendo alguma coisa certa. Odiava todo mundo falando coisas como 'não é incrível?'. Não era incrível. Foi o período mais difícil da minha vida".

Hoje, o sentimento de Adele por Angelo mudou completamente. Ainda assim, ela não é aquela mãe que é só elogios à maternidade. "Eu amo meu filho mais do que tudo nessa vida. Mas, todo dia, se eu tenho um ou dois minutos, eu fico pensando em como seria bom se eu pudesse simplesmente fazer o que eu quisesse na hora que quisesse".

2. Mariana Ferrão (mãe de Miguel, 4, e João, 2)

Mariana Ferrão (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour
Mariana Ferrão (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour

A apresentadora do “Bem Estar”, da Globo, fez um desabafo nas redes sociais sobre amamentação e a dificuldade de voltar ao trabalho após a licença maternidade em suas redes sociais. Foi emocionante. O post foi feito em abril de 2017

"Este é o texto que não tive coragem de escrever para o Miguel. Eu estava de luto. Como seria voltar ao trabalho com um coração dividido? Perdi as contas de quantas vezes chorei ao deixá-lo na escola... Como seria voltar ao trabalho com os seios doloridos de leite, e os mamilos me avisando a horinha que ele estava com fome? Ninguém me disse que a saudade doía no corpo. Chorei várias vezes no banheiro da Globo. Medo de não ser mais necessária ali. Medo de não conseguir novamente fazer tão bem o meu trabalho. Medo de estar sendo negligente como mãe. Medo. Medo. Medo. Pra mim, a amamentação começou a ficar gostosa depois que ele passou a comer bem a papinha. O leite já não era essencial para mantê-lo vivo, mas era aquele momento mais puro, mais íntimo em que realmente só nós dois existíamos no mundo", escreveu Mari.

3. Rafa Brites (mãe de Rocco, 1 ano e 3 meses)

Raba Brites e Rocco (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour
Raba Brites e Rocco (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour

O filhote da jornalista já completou um aninho, mas na época em que o bebê tinha acabado de chegar ao mundo, a mamãe botou a boca no trombone em suas redes sociais. O tema? Amamentação, claro.

"Expectativa X Realidade. Acho que as campanhas de amamentação são desenvolvidas por homens. Só pode ser. Toda a mãe durante a gestação fica sonhando com esse momento tão especial. Afinal quando vemos fotos sobre esse assunto elas são sempre assim: uma cara plácida um bebê lindo... Mas verdade seja dita: o começo dói demais! É de ver estrelas. Mas calma, é só acertar a pega! Ahhh como se fosse fácil. Eles choram, colocam as mãos na frente, escorrega, aí mordem. Dói as costas, o pescoço, os braços. E quando você vai ver está com o peito em carne viva. No meu caso, sangrando. Mas eu não queria desistir. Quando me vi estava amamentando e chorando de dor. Literalmente deixando o bebê molhado de tanta lágrima".

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Quando Rocco estava com 6 meses, ela voltou a falar como foi sofrido o processo para ela. “Amamentar é dar a melhor fonte de alimento possível e traz um contato muito íntimo entre mãe e filho. Mas para ambas há soluções igualmente lindas caso ela não aconteça. Digo isso porque pra mim, não foi fácil. E se eu mesma não tivesse conseguido chegar aos 6 meses, teria me perdoado. Primeiro porque nunca ninguém havia me falado que eu sentiria dor... Depois me falaram que quando acertassemos a pega tudo ficaria bem. Hoje posso afirmar que não passei duas semanas seguidas sequer sem alguma complicação. FIcava tudo lindo ... Depois de um tempo, algum outro probleminha. Leite eu sempre tive muito, até de sobra mas o processo: Cortou, feriu, queimou, empedrou, mastite,tendinite de ordenhar, candidas mamárias, mais cortes mais dor, com 3 meses e pouco vieram os dentes e mordidas e sulcos e sangue, que gruda no sutiã e quando tá quase formando casquinha, num descuido, uma puxada começa tudo outra vez”

4. Thaís Fersoza (mãe de Melinda, 1 ano e 9 meses, e Teodoro, 10 meses)

Michel Teló e Thais Fersoza posam com Melinda e Teodoro (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour
Michel Teló e Thais Fersoza posam com Melinda e Teodoro (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour

A atriz e o maridão, Michel Teló, gostaram tanto de virarem pais, que praticamente emendaram uma gravidez na outra. Melinda e Teodoro tem apenas 11 meses de diferença. Porém, nem tudo foram flores. Quando Teo chegou, Tatá compartilhou com seus seguidores do Instagram um pouquinho da nova rotina. "Com dois bebês em casa, não vou dizer para vocês que está mil maravilhas. Mil maravilhas está a emoção, o sentimento que só dobrou, mas essa noite, por exemplo, a Melinda está com um dentinho nascendo atrás e meio gripadinha, então foi uma sinfonia de choro...Chora lá, chora cá", contou a mamãe.

5. Pitty (mãe de Madalena, 1 ano e 8 meses)

Pitty e Madalena (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour
Pitty e Madalena (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour

Desromantizando a maternidade, a cantora baiana levantou uma bandeira contra a cultura de transformar a mãe em algo abençoado, e falou sobre o puerpério, período que decorre desde o parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação.

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"A maternidade é tão idealizada, tão associada a um negócio divino, sagrado, como se a mulher virasse meio santa quando está grávida, que eu acho que as pessoas esquecem que tem uma pessoa real ali passando por isso. O puerpério é uma coisa sobre a qual ninguém fala. Não é fácil, é foda. Você está sem dormir, seu corpo está diferente, num tsunami hormonal. Ao mesmo tempo você está fascinada e apaixonada por aquela pessoa ali com você", disse Pitty em entrevista à coluna de Mônica Bergamo em junho de 2017. Ela ainda lembrou de momentos da maternidade que ficaram marcados em sua memória: "O dia que o leite desce é o mais louco. Eu não me reconhecia, olhava no espelho e não sabia quem era aquela pessoa. É uma abnegação enorme. E passei por isso com estrutura, sendo bem cuidada, com meu marido ao lado. Imagina as pessoas que não têm estrutura? A gente precisa pensar em dar um suporte melhor para essas mulheres."

6. Jessica Biel (mãe de Silas, 3 anos)

Jessica Biel (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
Jessica Biel (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour

A musa de Hollywood consegue manter seu glamour mesmo sendo mamãe do pequeno Silas. Mas ela também já garantiu em entrevista à revista “Ok” que ser mãe é estressante. "Às vezes é difícil encontrar palavras para descrever a maternidade. Incrível. Muito adorável. Estou fora da realidade. Honestamente, eu diria que ser mãe é o papel mais difícil que já tive. É provavelmente o trabalho mais difícil do mundo. É provavelmente o trabalho mais desafiador do mundo, mas também o mais feliz", disse.

Ela também disse que sua rotina mudou, que vive na “correria, atrasada, fazendo muitas coisas ao mesmo tempo e não dando o melhor em todas elas”. Sobre horário em que acorda, disse que depende muito do filhote. “Ele varia, mas posso afirmar, com certeza, que é sempre duas horas antes do que eu gostaria”, comentou.

7. Fernanda Gentil (mãe de Gabriel, 2 ano e 9 meses)

Fernanda Gentil e Gabriel (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour
Fernanda Gentil e Gabriel (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour

A apresentadora sofreu por não conseguir amamentar o filhote e quis dividir todo o processo com seus seguidores no Instagram

“Eu achei que amamentar fosse tão automático quanto ser mãe: se quando nasce um filho, nasce uma mãe, então essa mãe vai amamentar. Não necessariamente. Não se tiver mamilos invertidos, prótese, redução de mama, se sentir muita dor, o leite não descer ou se secar – e o meu secou. Para uma mãe que sempre sonhou em viver o momento mágico-de-filme do filho mamando no peito, do olho no olho, da mãozinha segurando o nosso dedo, a notícia da mamadeira cai como uma bomba. Chorei, me julguei e repassei a gravidez inteira na minha cabeça tentando descobrir onde errei – se foi o chocolate que comi, a noite que não dormi ou aquela longa escada que subi. O meu sofrimento durou até eu dar a primeira mamadeira. Foi quando descobri duas coisas: eles também olham no nosso olho e a mãozinha também segura o nosso dedo quando mamam na “dedêra”. Descobri também que esse é um assunto polêmico e não estou aqui para polemizar. Se eu posso usar minha imagem para ajudar minimamente que seja, escrevo por isso – principalmente para mulheres na mesma situação que eu. E se você é uma delas, aí vai a minha terceira e melhor descoberta: o amor que bate no peito, bate também na mamadeira.”

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