Saúde
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Por Geiza Martins


Gravidez (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour
Gravidez (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour

Anda pensando em engravidar ou tem desejo de ser mãe no futuro? Então esta matéria é para você -- que precisa conhecer melhor o seu organismo e como ele funciona.

Numbers, numbers... E fertilidade
Nos tornamos férteis logo após a primeira menstruação e, por volta de dois anos depois dela, atingimos o ponto alto da nossa capacidade de ser mãe, explicou o ginecologista Paulo Gallo, especialista do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D’Or.

O que isso significa? De modo geral, que o auge da fertilidade feminina ocorre entre os 15 e 25 anos. Para se ter ideia, uma mulher saudável de 25 anos tem 86% de chance de engravidar. Dos 25 aos 30, este número cai para 78%. Até os 34, ele atingirá 63%.

De repente 30
Atualmente, grande parte das mulheres não quer saber de engravidar antes dos 30 -- sem ao menos ser capaz de vislumbrar uma carreira estável ou um parceiro fixo. E não é só nossos experts que dizem. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 32% -- ou seja, um terço! -- das mulheres que foram mães em 2015 tinham mais de 30, sendo quase 20% delas entre 30 e 34 e pouco mais de 10% entre 35 e 39 anos.

O problema desta equação é que boa parte das mulheres está apostando em uma loteria de números arriscados. As chances de gestação aos 35 estão em torno de 52% -- e reduzem para 36% aos 39. “A reserva ovariana vai diminuindo, já que não só se reduz o número de folículos que produzem óvulos, como também a qualidade deles”, explica Paulo.

Como acontece esta queda tão significativa no nosso potencial de ser mãe? A conta é simples: na puberdade, temos cerca de 300 mil óvulos em nossos ovários. Mas, para cada óvulo que atinge a maturidade durante um ciclo menstrual, outros mil são perdidos.

Não existe uma medida exata de perda de óvulos por ano, depende de cada paciente. Algumas apresentam uma velocidade mais acentuada, outras ocorrem mais lentamente”, explica a ginecologista Maria Cecília Erthal.

Relógio biológico (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour
Relógio biológico (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour

Aos 40
Não é nada difícil imaginar que a chance caia ainda mais depois dos 40. Se ao início da década, nossa taxa de fertilidade é de 36%, ela facilmente atinge 5% (!) aos 45. Claro que não é impossível engravidar naturalmente, ou ainda com a ajuda de tratamentos, mas é preciso estar atenta ainda a outros números...

“Após os 40, cresce o risco de a criança nascer com doenças cromossômicas. A mais comum é a Síndrome de Down. Aos 30 anos, probabilidade é de 1 caso a cada 2 mil nascimentos; aos 40 anos, este número é de 1 para 200; aos 42 anos, 1 para cada 50 nascimentos”, conta Maria Cecília. Além disso, aumentam também as chances de complicações obstétricas, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, prematuridade, baixo peso ao nascer, etc.

É hora de engravidar?
Se decidiu ter um baby, é preciso ter em mente que o tempo para conseguir engravidar depende de cada casal. A partir dos 35 anos, geralmente, se leva mais tempo (e cada ano que passa faz diferença, viu?). Mas não é uma regra.

Você pode engravidar com a mesma rapidez que uma garota de 20. Para mulheres até 35 anos, os médicos indicam que se tente ao menos por um ano e somente depois disso procure ajuda especializada. Se tiver mais de 35 anos, vale a pena buscar um especialista antes de um ano. Os médicos também indicam que se tente manter a frequência sexual: uma transa a cada dois ou três dias ao longo do ciclo.

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