Comportamento
 


A dentista ⁠Lívia Marques, 34 anos, de Fortaleza, no Ceará, sempre quis ter uma grande família — e conseguiu! Em apenas 8 anos, ela já teve 6 filhos. Ela costuma compartilhar sua rotina nas redes sociais e tem impressionado a web ao mostrar como é seu dia a dia rodeado de tantas crianças. Um vídeo em que apresenta todos os pequenos — ⁠Davi, 8, ⁠Mariana, 6, ⁠Lara, 5, ⁠Catarina, 4, ⁠Eduarda, 3, e Isabela, 11 meses — alcançou mais 8,3 milhões de visualizações no Instagram.

Lívia e os seis filhos — Foto: Arquivo pessoal
Lívia e os seis filhos — Foto: Arquivo pessoal

"Eu sempre quis ser mãe sempre desde criança, eu brincava de boneca até adolescente, porque eu sonhava em ter a minha família e eu sempre quis ter muitos filhos", diz Lívia em entrevista exclusiva à CRESCER. Mas, na adolescência, foi diagnosticada com síndrome do ovário policístico (SOP), uma condição que pode afetar a fertilidade, pois uma das principais caracterísitcas é a menstruação irregular, o que torna difícil a identificação do período fértil e da ovulação.

Síndrome do ovário policístico (SOP)

"Ela provoca o aumento de hormônios, como a testosterona, e isso desregula a produção hormonal ovariana. Os ciclos podem se tornar escassos levando a um quadro de anovulação, que é quando a mulher não ovula. Ou seja, se a síndrome não estiver sob controle, ela pode prejudicar a fertilidade", explica o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli. Mas, também é possível que, embora a mulher fique alguns ciclos sem ovular, ovule mais vezes em outros. "O ideal é procurar um especialista para fazer uma correção dos níveis hormonais e controlar os efeitos da síndrome para que a mulher possa ovular regularmente e ter maior probabilidade de engravidar", acrescenta.

Lívia logo foi atrás de uma ginecologista quando decidiu que queria engravidar. "Ela disse que eu não conseguiria tão cedo por causa do ovário policístico", lembra. No entanto, parece que a sorte estava do lado dela. Um mês depois da consulta e antes mesmo de iniciar o tratamento, Lívia descobriu que estava grávida aos 25 anos. Foi um momento muito celebrado. "Sempre rezei para engravidar nova. Tanto eu quanto meu esposo sempre quisemos ter muitos filhos. Mesmo antes de conhecê-lo, eu dizia que queria ter no mínimo uns seis e ele, no mínimo uns cinco. Deus uniu duas pessoas com o mesmo propósito", comemora.

Vale destacar que uma vez que a mulher tenha engravidado, a síndrome do ovário policístico não interfere no desenvolvimento da gravidez, mas também não é certeza que irá resolver o problema. "Porém, em alguns casos, há a possibilidade de o ciclo se normalizar", afirma a ginecologista Ana Elisa Dias.

Seis gestações

Em 2015, nasceu Davi, depois de 10 horas de trabalho de parto, trazendo uma enorme alegria para o casal. Pouco depois, eles logo quiseram começar a expandir a família e Lívia engravidou novamente, mas, infelizmente, sofreu um aborto espontâneo. Quando se recuperaram da dolorosa perda, voltaram com as tentativas.

Em seguida, ela engravidou de Mariana, que nasceu em 2017. "Nessa gravidez, eu tive três sacos gestacionais, mas meu corpo absorveu dois, eu fiquei sangrando por um tempo no início [da gestação] e ficou só a Mariana, que é a minha segunda nascida viva. Eu sempre pedi para Deus para ter gêmeos ou trigêmeos, mas não fazia parte do plano dele", lembra. A menina nasceu com 36 semanas, depois de 14 horas de trabalho de parto.

Apenas dois meses depois, ela descobriu que estava grávida de novo. Mas, essa gestação foi um pouco mais complicada. "A partir daqui, cada gravidez minha teve uma surpresa", brinca. Lívia teve hérnia de disco, condição em que os discos intervertebrais saem da posição normal e comprimem as raízes nervosas da coluna. Ela também teve descolamento na placenta, o que causou um sangramento no início da gravidez. Felizmente, o descolamento foi pequeno e, com monitoramento e repouso total, o quadro se reverteu e ela conseguiu levar a gestação até o fim.

Lara nasceu em 2018, mas a mãe precisou fazer uma cesariana. A menina não virou de cabeça para baixo — conhecida como posição cefálica, que é a mais indicada para um parto normal — e, somado ao histórico de Lívia, a médica orientou que o melhor era agendar a cirurgia. "Fiz a minha primeira cesárea com lágrimas no rosto, porque eu não queria, mas foi o que a médica considerou mais seguro", desabafa. Assim, Mariana e Lara têm apenas 10 meses de diferença. "Elas passam uns dois meses quase com a mesma idade. Tanto que me perguntam muito se elas são gêmeas", diz.

Alguns meses mais tarde, Lívia começou a sentir os sintomas da gravidez de novo e, ao fazer o teste, descobriu que estava esperando sua quarta filha. Essa gestação também teve alguns desafios. "Eu tive uma crise de pedra na vesícula, tanto que precisei tirar a vesícula", recorda. Catarina nasceu em 2019, também por cesárea. E, logo depois, ela já estava grávida mais uma vez. "Durante a quinta gestação, eu tive covid, o que fez minha pressão aumentar muito e não baixava com medicação. Por isso, Eduarda nasceu um pouco antes da hora, com 36 semanas, por cesárea, em 2020", afirma.

Três anos depois, veio Isabella. "Nessa minha última gestação, eu comecei a ter uns problemas maiores de estômago. Eu sempre tive refluxo desde nova, mas atacou muito a gastrite, eu ia para o pronto-socorro com dor no estômago, tanto que agora estou fazendo exames para investigar e talvez tenha que fazer uma cirurgia", diz Lívia.

"Não gosto de ficar grávida, mas amo dar à luz"

Apesar de amar ter uma família grande, o processo da gestação não agrada muito Lívia. "Por mais incrível que pareça, não gosto de ficar grávida, detesto, acho muito desconfortável, sinto vários sintomas da gravidez de forma muito intensa e em cada uma sempre teve algum outro probleminha que apareceu", afirma. Mas, tem um momento que é sempre muito especial para ela. "Eu amo viver o parto. Sinto-me maravilhosa quando 'dou a luz' e vejo aquela perfeição de Deus nos meus braços. Sempre me emociono. Eu e meu esposo sempre choramos", diz. "A gente ama neném. Cada filho é único e especial para a gente", completa.

Lívia, os filhos e o marido — Foto: Arquivo pessoal
Lívia, os filhos e o marido — Foto: Arquivo pessoal

Rotina agitada

Logo após a sua primeira gestação, Lívia parou de atuar como dentista. "Meu esposo me ofereceu essa possibilidade, pois tinha condição de sustentar a família. No começo, não foi fácil, isso causou um pouco de confusão na minha cabeça, porque eu tinha uma formação, tinha uma carreira. Mas eu me senti muito privilegiada de poder ser tão presente na vida dos meus filhos. Hoje, minha vida gira totalmente em torno deles", destaca.

A rotina é bem agitada. "Geralmente, eles vão para a escola de manhã e voltam na hora do almoço. Eles tomam banho, almoçam, brincam um pouco, fazem tarefa e depois desço no parquinho do meu prédio para eles brincarem para gastar energia. Eu os deixo ao ar livre para correr, pular e serem crianças", conta a mãe. Por volta de umas 17h30, eles sobem para o apartamento de novo. "Nessa hora, todos já estão cansados. Eles tomam banho, jantam e, às 19h, já estão dormindo para acordar às 6h no dia seguinte e começar tudo de novo. Inclusive, eles são super tranquilos para acordar, não é aquela luta", afirma. A caçula também participa de toda a rotina e já está se acostumando com os horários de sono dos irmãos.

Na casa de Lívia, telas são quase proibidas para as crianças. "Durante a semana, eles não brincam com telas de jeito nenhum. Só no fim de semana que os deixo assistir TV por um tempo limitado e sempre supervisiono os conteúdos que eles assistem", afirma. Por isso, ela incentiva brincadeiras fora de casa e atividades artísticas. "Todo dia recebo um desenho ou uma cartinha de um deles", comemora.

Lívia e os filhos ao ar livre — Foto: Arquivo pessoal
Lívia e os filhos ao ar livre — Foto: Arquivo pessoal

Todos os seis se dão muito bem. "Claro que, de vez em quando, há uma disputa por um brinquedo ou alguma coisa. Mas, no geral, eles são muito amigos, se ajudam e brincam o dia inteiro quando estão juntos", diz. Todos são muito atenciosos com Isabela também. "Eles amam bebê, inclusive, já estão me pedindo outro irmão", ressalta. E Lívia pretende atender os pedidos, pois ainda quer ter mais filhos.

"Quanto à minha relação com eles, eu procuro ser firme e, ao mesmo tempo, carinhosa. Eles precisam seguir a rotina, tenho que ser firme quanto à isso, mas também sou aquela mãe que faz carinhos e cócegas. Eles brincam muito entre si, mas estou sempre perto da brincadeira e tento participar de alguma forma", conta. Embora nem sempre seja fácil, ela tenta passar um tempo com os filhos individualmente sempre que possível. "Se algum deles tem uma consulta médica, por exemplo, eu já aproveito para levá-lo para tomar um sorvete e viver aquele momento com aquela criança sozinha. Mas, no geral, saímos a família toda junta", diz.

Lívia acredita que muita coisa mudou desde a sua primeira gestação. "Hoje, eu me preocupo com o que realmente importa, não fico me preocupando com besteira. Antes, qualquer tosse já ficava desesperada, achando que ficaria doente... Eu tinha medo de tudo. Agora, depois de seis filhos, eu já me sinto mais confiante, mais preparada mais tranquila e segura", finaliza.

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