A gravidez é acompanhada de muitas transformações e sintomas - uns mais desconfortáveis que outros. E se tem uma coisa nada agradável que acomete a maioria das gestantes é a azia - aquela sensação de queimação no estômago, que sobe até a garganta. Ela é causada por alterações hormonais, especificamente pelo hormônio progesterona, que relaxa a válvula que separa o esôfago do estômago e pode facilitar a subida dos ácidos gástricos. Mas, afinal, quando as gestantes podem esperar que este incômodo apareça?
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2022/2/l/nn4Fe2RbSylaKxjSb2Mg/2021-02-23-gettyimages-1058377616-ygvq9yd.jpeg)
Isso pode variar bastante. No entanto, a azia é mais comum principalmente no segundo e terceiro trimestres de gravidez, mas é possível que algumas mulheres sofram com este desconforto já no início da gestação. No geral, no primeiro trimestre, apenas 22% das mães têm sintomas de azia; no segundo, 39%; e no terceiro, o valor chega a 72%.
Este aumento no último trimestre se dá por conta do crescimento do útero. Com o desenvolvimento do feto, o útero cresce progressivamente e, ao final dos 9 meses, pode ter de 500 a 1.000 vezes o seu próprio tamanho, o que aumenta a pressão intragástrica, torna o esvaziamento do estômago mais lento e facilita o refluxo dos líquidos entre o órgão e o esôfago. Mas, se você apresentar este sintoma, fique tranquila! A azia durante a gravidez não é grave, nem oferece riscos para a mamãe ou para o bebê.
Quem é mais predisposta a ter azia na gravidez?
Existem alguns fatores que podem aumentar as chances da mulher ter azia durante a gestação. Um deles é o número de partos que a grávida já teve: quanto mais partos realizados anteriormente, maior a chance de a mãe ter refluxos na gravidez atual. Além disso, a quantidade de episódios de azia em gestações anteriores também pode influenciar: se ela já teve os sintomas, a possibilidade de apresentar novamente é maior.
Como aliviar?
A boa notícia é que a azia pode ser amenizada com algumas atitudes bem simples. Veja algumas delas:
- Evite frituras e alimentos gordurosos;
- Priorize os itens saudáveis e de fácil digestão, como frutas (deixe as ácidas de lado), verduras, iogurtes e grãos integrais;
- Coma em pequenas quantidades, várias vezes ao dia e sempre mastigue bem;
- Beba água meia hora antes ou duas horas depois de se alimentar;
- Evite se deitar logo depois de comer, espere pelo menos 1 hora até que a digestão tenha se completado;
- Não se alimente próximo ao horário de dormir e, quando for se deitar, procure ficar com a cabeça elevada.
Fontes: Jaime Zaladek Gil, gastroenterologista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
- 📲 Siga o canal da Crescer no WhatsApp
- 📧 Quer ficar por dentro das notícias sobre o universo da maternidade/paternidade? Assine grátis a newsletter semanal da CRESCER, com as principais notícias da semana
- ✅ Saiba como assinar a Crescer para ter acesso a nossos conteúdos exclusivos
