Parto
 


Ao longo da gravidez, é natural que as mulheres se deparem com dúvidas relacionadas ao parto, e uma delas é sobre o momento ideal para realizar a cesárea. É importante ressaltar que, em gestações com risco habitual, os profissionais de saúde recomendam o parto vaginal por ser mais seguro para a mãe e benéfico para o bebê. No entanto, desde 2016, o Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu que a cesariana eletiva pode ser realizada a partir da 39ª semana.

Antes de optar por uma cesárea, é importante que a gestante tenha acesso às informações abrangentes sobre qual via de parto é mais adequada para o nascimento do seu bebê. Segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cesárea é recomendada para os casos em que o parto normal seja um risco. No entanto, quando realizada sem indicação, a OMS alerta que a intervenção cirúrgica pode aumentar o risco de mortalidade materna e neonatal. Já o parto normal, segundo o Ministério da Saúde, diminui o tempo de internação hospitalar e de recuperação no puerpério, tem menores chances de infecções e hemorragias e reduz a probabilidade de depressão pós-parto.

Cesárea é indicada para gestações de alto risco  (Foto: Getty Images) — Foto: Crescer
Cesárea é indicada para gestações de alto risco (Foto: Getty Images) — Foto: Crescer

Além disso, o parto normal ainda incentiva o protagonismo da mulher no trabalho de parto e na maternidade, aumenta as chances do aleitamento materno, diminui os riscos de internações por prematuridade e transtornos respiratórios, favorece vínculo entre a mãe e o bebê, o desenvolvimento normal da microbiota e a adaptação neurológica dos bebês nas primeiras 48 h de vida. “Fazer uma escolha consciente acerca da via de nascimento é fundamental. Hoje lidamos com uma medicina que pode ser bastante capitalista, inclusive distorcendo indicações de cesariana para que caibam na agenda do profissional. Uma mulher que deseja uma cesariana deve ser respeitada tanto quanto uma mulher que deseja um parto normal. Ambas devem receber a melhor assistência possível, seja no público ou no particular. Infelizmente, o que vemos é que muitas mulheres acabam sendo submetidas a cesarianas desnecessárias e indesejadas – e um dos motivos para isso é o desconhecimento. Ter acesso às informações baseadas em evidências é fundamental para tomar a melhor decisão”, ressalta a médica carioca Ana Jannuzzi e colunista da CRESCER.

Quando a cesárea é necessária

  • Quando a placenta cobre o colo do útero, impedindo a saída do bebê – a chamada placenta prévia. A cirurgia é agendada antes de o trabalho de parto ter início, para não haver risco de sangramento. O diagnóstico só acontece a partir da 30ª semana. 

  • Quando há descolamento prematuro da placenta. 

  • Quando a mãe tem AIDS. Se a carga viral for alta ou desconhecida, a cesárea deve ser agendada. Se a carga viral for indetectável, pode ser parto normal. 

  • Se a mãe tem herpes genital, com uma lesão ativa até 1 mês antes do parto. Quem tem a doença pode prevenir as lesões tomando medicamentos. 

  • Em alguns casos raros de doenças cardíacas. 

  • Se o bebê está atravessado. Antes, o médico pode tentar ajudá-lo a ficar na posição correta. 

  • Quando o cordão penetra no canal de parto antes da cabeça do bebê. Também só será possível perceber isso depois de o trabalho de parto ter começado. 

  • Quando o bebê apresenta uma redução drástica no fluxo de oxigênio ou nos batimentos cardíacos. Isso acontece apenas em torno de 1% dos casos. 

  • Se a abertura do colo da mãe é pequena para o bebê, algo que ocorre em menos de 5% dos partos.


Casos que devem ser estudados com o médico

  • Se o bebê estiver sentado e a mulher já tiver tido parto normal antes. 

  • Quando foram feitas duas ou mais cesáreas anteriores. 

  • Se a mulher tem defeitos na bacia, algo que provavelmente ela já descobriu antes de engravidar, por meio de um simples exame de toque. 

  • Se a criança está frágil demais, ou seja, se há retardo do crescimento. 

  • Se o parto para de progredir. Nesse caso, há recursos para estimular a continuidade, como o hormônio ocitocina.
  • Se há alteração na circulação do sangue entre mãe e bebê, medida pelo exame de dopplerfluxometria. 

  • Pressão alta na gravidez (acima de 13 x 9). Em muitos casos, o ideal é acelerar o parto com o uso de ocitocina. 

  • Quando a mãe tem pré-eclâmpsia, doença típica da gravidez que eleva a pressão arterial, o parto também deve acontecer rápido. Mas é possível prevenir a doença com um bom pré-natal, dieta balanceada e aspirina para quem tem risco. 

  • Quando a cesárea não é necessária
  • Cordão enrolado no pescoço do bebê (não importa quantas voltas), desde que o bebê esteja bem. 

  • Falta de dilatação. Pode ocorrer por um distúrbio raro no colo do útero (menos de 1% das mulheres o têm), mas, na maioria das vezes, se não dilatou é porque não chegou a hora mesmo.
  • Se passou da semana número 40 da gravidez. É normal esperar até 42 semanas, monitorando o bebê. 

  • Se a mulher tem mais de 35 anos. 

  • Se a mulher teve uma cesárea anterior. 

  • Se o trabalho de parto está demorado. A mulher pode passar vários dias sentindo algumas contrações, sem ter entrado em trabalho de parto. Os médicos só consideram trabalho de parto quando há mais de 3 cm de dilatação e contrações regulares. Aí, então, o processo pode levar entre 8 e 18 horas. 

  • Bacia estreita (esses casos são raríssimos e, em geral, a mulher já descobriu a alteração antes).
  • Bebê grande demais (um bebê precisa ter mais de 4,5 quilos para ser considerado grande. É bem raro). 

  • Se a mulher tem verrugas genitais, mioma ou HPV (a não ser que obstruam a passagem do bebê).

Mais recente Próxima Mãe de 25 anos dá à luz gêmeos duas vezes em dois anos: "Já estou quase formando um time de futebol"
Mais de Crescer

Logo nos primeiros dias depois da fecundação, o corpo da mulher começa a dar os primeiros sinais de que ela está grávida. Veja quais sinais são esses e a partir de quando eles aparecem

Quais são os primeiros sintomas de gravidez?

“É fácil ser um bom pai para uma criança tranquila, cujas necessidades são supridas pela mãe. É tudo uma ilusão"

"Meu marido está me fazendo detestar ser mãe"

Os avós querem que a neta vá de cabelo curto para que a menina de 7 anos consiga lavar e cuidar do cabelo sozinha

"Meus pais disseram que só vão ficar com a minha filha se ela cortar o cabelo"

"Ele não quis me contar o nome porque não queria que eu o roubasse se eu tivesse uma menina antes deles. De jeito nenhum eu usaria esse nome", desabafou a tia

"Meu irmão quer dar a sua filha ainda não nascida o nome da sua música favorita"

Uma mulher ficou indignada ao descobrir que sua sogra a bloqueou nas redes sociais para continuar postando fotos de seus filhos, burlando assim sua regra de "não tirar fotos"

"Proibi minha sogra de tirar fotos dos meus filhos", diz mãe

A mais nova das seis irmãs tem 88 anos e a mais velha, 101. Juntas, elas somam mais de 570 anos!

Recorde mundial: juntas, irmãs somam mais de 570 anos de idade

Ela postou a foto do produto e divertiu a web. ““Achei que fosse o rosto de um demônio”, comentou uma pessoa

Mulher encomenda bolo de aniversário da Hello Kitty e recebe “demônio”

A chamada "chupeta virtual", segundo os pesquisadores, impede que as crianças aprendam a controlar suas emoções, gerando ainda mais raiva: “Eles precisam da ajuda dos pais durante esse processo de aprendizagem, não da ajuda de um dispositivo digital”, disse a autora principal do estudo

Eletrônicos não devem ser usados para acalmar birras, alertam cientistas. Entenda

"Ajudar alguém a criar a família dos seus sonhos não tem preço", disse a mãe de dois norte-americana Lauren Brown, 36 anos. Ela e a esposa tiveram seus dois filhos com esperma de doadores e agora estão "retribuindo" a ajuda que receberam

Mãe que engravidou com esperma de doador, se torna barriga de aluguel de casal gay