Gravidez
 


Engravidar usando algum tipo de contraceptivo é raro. Ainda mais com o DIU (Dispositivo Intrauterino), que tem apenas 0,2% de chance de gravidez, no caso do hormonal, e 0,7% de chance, no caso do de cobre, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Olhando para essas probabilidades parece que é algo impossível de acontecer. Mas, apesar de ser bem difícil, acredite, é possível. Como prova, reunimos 5 relatos de mães que passaram por isso e contaram com exclusividade à CRESCER todos os detalhes. Confira!

1. Mãe que teve bebê com DIU engravida após laqueadura

Cecília om o DIU, que foi retirado logo após seu nascimento (Foto: Reprodução/Instagram) — Foto: Crescer
Cecília om o DIU, que foi retirado logo após seu nascimento (Foto: Reprodução/Instagram) — Foto: Crescer

A mineira Brenda Nathielle, 29 anos, e o marido, Lucas Lopes, de Nova Serrana, já tinha Arthur, 7 anos, e Beatriz, 4, quando decidiram pelo uso de um dispositivo intrauterino (DIU). No entanto, cinco meses depois, um atraso menstrual acendeu um alerta: "Decidi fazer um teste e... positivo", conta. "O susto foi enorme. Para nós, para a família e para minhas seguidoras também (risos)! Ninguém esperava! Demorou dias e dias pra cair a minha ficha, mas eu já entendia que era uma vontade de Deus, pois com o DIU, as chances [de gravidez] são mínimas. Além disso, eu tive uma ovulação tardia, fora da minha tabelinha", completou.

Cecília, 1 ano e 11 meses, nasceu saudável. No entanto, no parto da caçula, a mãe resolveu, então, pela laqueadura. "Achei que seria muito seguro. A médica que fez meu parto e a laqueadura, tem quinze anos de experiência, é bem renomada na cidade e nunca havia acontecido uma falha em uma laqueadura feita por ela", conta. "Os pedaços das trompas retiradas foram enviadas para laboratório, para comprovar que realmente se tratavam das minhas trompas", completou.

Mas, novamente, um novo atraso menstrual seguido de enjoos, chamou atenção. Ela resolveu fazer outro teste e quanto viu o resultado, não conseguia acreditar: positivo de novo! "Jamais imaginei que poderia acontecer duas vezes com a mesma pessoa", disse. Segundo Alexandre Pupo, é raro, mas pode, sim, acontecer. "A taxa de falha é de 0,3% a 0,5%, principalmente no primeiro ano após o procedimento. Isso significa que uma em cada 200 mulheres submetidas ao procedimento pode engravidar", diz.

2. Mãe engravida de trigêmeos enquanto estava usando o DIU

Mãe já tinha um filho quando engravidou de trigêmeos  — Foto: Arquivo Pessoal
Mãe já tinha um filho quando engravidou de trigêmeos — Foto: Arquivo Pessoal

Ariely Delagiustina, do interior de São Paulo, se mudou para Boston, nos Estados Unidos, onde conheceu seu marido, Andrei Mendes. Os dois tiveram um menino, Bryan, e Ariely decidiu que queria ter mais filhos, mas planejava uma segunda gestação apenas para o futuro. Por isso, um mês depois do nascimento de seu primogênito, decidiu colocar o DIU de cobre. “O médico me disse que ele teria a validade de 10 anos, mas que faríamos o acompanhamento para ver se ele estava no lugar”, explicou.

Ariely ficou com o DIU por um ano e seis meses até a menstruação dela atrasar. “Eu comecei a desconfiar da gravidez, pois o meu ciclo estava atrasado em 10 dias, então fui à farmácia e comprei dois testes. Os dois deram positivo, então liguei no hospital para marcar minha primeira consulta. Lá, a enfermeira fez o teste de sangue e deu positivo e me falou que gravidez com o DIU era comum, mas que provavelmente minha gestação seria fora do útero”, a mãe relatou", lembrou.

Após dois dias, a mãe fez mais um ultrassom e recebeu a notícia de que sua gravidez não era ectópica, mas que três bebês estavam a caminho. Em seu perfil do Instagram, Ariely postou um vídeo sobre a situação e acabou viralizando. A postagem alcançou mais de 3 milhões de visualizações e muitas pessoas ficaram surpresas.

3. Bebê nasce com DIU, no RJ, e mãe já havia engravidado com pílula anteriormente

Bebê nasceu com  DIU no Rio de Janeiro (Foto: Michelle Oliveira/@mi_oliveira_photography) — Foto: Crescer
Bebê nasceu com DIU no Rio de Janeiro (Foto: Michelle Oliveira/@mi_oliveira_photography) — Foto: Crescer

Quando a carioca Paula dos Santos Escudero Alvarez, 32, engravidou do primeiro filho, Gabriel, 3 anos, ela tomava pílula anticoncepcional. Depois que o primogênito nasceu, ela resolveu, então, optar por outro método: o DIU (dispositivo intrauterino). Mas nem ele — que é considerado um dos métodos anticoncepcionais mais seguros — foi o bastante para impedir a chegada do caçula. Bernardo nasceu em julho de 2021, no Rio de Janeiro. O DIU saiu logo depois do bebê e a fotógrafa Michelle Oliveira fez um lindo registro do pequeno segurando o dispositivo.

"Coloquei o DIU porque queria testar outro método contraceptivo, sem hormônio. Já que havia engravidado com pílula. Coloquei o DIU em maio de 2018, alguns meses após o nascimento do meu primeiro filho", lembrou Paula. Três anos depois, mesmo com DIU, ela deu à luz Bernardo, seu caçula. "Descobri que estava grávida, pois minha menstruação havia atrasado e meus seios ficaram inchados, assim como na primeira gestação", recordou.

"O início da gestação foi angustiante por não saber se o DIU traria algum tipo de problema ou malformação para o meu filho. Mas logo após as consultas médicas, fiquei mais tranquila. Todos diziam para eu não me preocupar, pois a gestação ocorreria normalmente. Mesmo assim, eu fiz um certo repouso no primeiro trimestre. Apesar disso, eu tive alguns sangramentos. Mas sempre com acompanhamento", contou.

4. Mãe de três engravida de gêmeos usando DIU

O casal já tinha três filhos quando Cibele engravidou de gêmeos — Foto: Arquivo pessoal
O casal já tinha três filhos quando Cibele engravidou de gêmeos — Foto: Arquivo pessoal

"Estou tentando entender, aceitar e até acreditar", desabafou a dona de casa Cibele Cristina Rodrigues Candido, 27 anos. Afinal, Cibele, que já mãe de três meninos — de 12, 8 e 3 anos — engravidou usando DIU. Ela compartilhou nas redes sociais, com muito bom humor, como ficou sabendo sobre a gestação.

"Optei pelo DIU, pois não me adaptei a nenhuma pílula. Aí tô de boa, feliz da vida, fazendo academia, me sentindo maravilhosa e sinto muitas cólicas. Ah, beleza, vai descer, todos os meses atrasa, é normal. Aumentei o treino, senti mais dores. Mas é porque o peso aumentou, é normal. Até que senti meus seios sensíveis. Mas não tem como, eu tenho DIU. Comprei um teste de farmácia e, já de cara, deu positivo. Ainda não acreditando, comprei outro. Positivo de novo. Ai, vou enlouquecer", escreveu.

E continuou: "Corri para o médico e ele disse que podia não ser gravidez. Respirei fundo, tomara que não mesmo. Mas quando fui fazer um ultrassom, o médico disse: 'Nossa, em 16 anos você é o meu terceiro caso de gestação com DIU'. De repente, ele olha e fala: 'Espera, mudando. Você é o meu primeiro caso de gêmeos com DIU'. Como assim, doutor? Ele respondeu: 'Isso mesmo, são dois'. Apaguei na hora! Mas, agora, é hora de acordar e colocar a realidade para valer, pois sou mãe de gêmeos. Pirei"

5. "Apresento a vocês meu DIU Mirena, oficialmente se chama Maria Luísa"

Maria Luiza nasceu mesmo com a mãe tendo DIU — Foto: Arquivo pessoal
Maria Luiza nasceu mesmo com a mãe tendo DIU — Foto: Arquivo pessoal

Quando o primogênito, Isac, de 1 ano e 6 meses, nasceu, a estudante de enfermagem Maria Eduarda, 20, de Aracaju, Sergipe, decidiu que era o momento de colocar o DIU. Ela até tinha planos de engravidar novamente, mas não nesse momento. "Por enquanto, não queria mais filhos. A ideia era esperar meu menino crescer mais", conta.

"Sempre fazia as revisões e estava tudo certo, e como o DIU interfere na menstruação, nunca me preocupei com os atrasos", diz. No entanto, alguns "sinais" fizeram com que ela retornasse ao obstetra. "Meu filho ainda mamava e eu notei que a produção de leite tinha aumentado. Mas comecei a desconfiar mesmo quando senti algo mexer. Fui ao médico e ele me disse que eram gases, já que o DIU estava no lugar certo e os exames estavam 'ok'", lembra. Depois de Eduarda insistir, o médico pediu uma ultrassonografia. "Para a minha surpresa, lá estava a Maria, com 18 semanas e 4 dias. Foi um grande susto", conta.

Sobre o DIU de cobre

Um dispositivo em formato de "T", feito de cobre. Ele é colocado dentro do útero e pode ficar lá por até 10 anos. O cobre causa uma inflamação nas paredes internas do útero e altera as características do muco cervical. Isso cria um ambiente "ruim" para os espermatozoides, que não conseguem fecundar o óvulo.

Segundo o obstetra André Luiz Malavasi, diretor da Ginecologia do Centro de Referência da Saúde da Mulher do Estado de São Paulo - Hospital Pérola Byington, os DIUs são o que há de mais moderno em contracepção no mundo. "Mas é importante lembrar que não existe método 100% seguro. O risco de o dispositivo sair do lugar existe para os de cobre e de prata", ressalta. O obstetra Alexandre Pupo Nogueira, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, complementa afirmando que, quando a mulher engravida usando o dispositivo, basicamente, ele é removido ainda no início da gestação. "Ele possui um fiozinho guia que permite, com uma pinça, puxá-lo pra fora. E isso, via de regra, não afeta o desenvolvimento da gestação", destaca.

Porcentagem de mulheres que tiveram uma gravidez não intencional no primeiro ano de uso do método (perfeito uso): 0,6%.

Sobre o DIU hormonal

É um dispositivo em formato de "T", inserido dentro do útero. Ele pode ficar lá por até 8 anos e vai liberando, aos poucos, um tipo de progesterona sintética. Esse hormônio faz com que o muco cervical fique mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides e, consequentemente, impedindo a fecundação. O revestimento do útero (endométrio) também fica mais fino, atrapalhando que o óvulo se fixe na parede do órgão e que ocorra a nidação. "Embora libere hormônio, esse tipo de DIU não vai impedir a ovulação. Ele acaba agindo como se fosse um método de barreira, a ação dele é muito local", diz a especialista.

O obstetra André Luiz Malavasi explica que o risco do dispositivo sair do lugar só existe para os DIUs de cobre e de prata. Para o hormonal, não. "Ele só perde a eficácia se for expelido pelo organismo", afirma. O principal cuidado para as mulheres que optam por esse contraceptivo diz respeito às revisões.

Porcentagem de mulheres que tiveram uma gravidez não intencional no primeiro ano de uso do método (perfeito uso): 0,2%.

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