Após o parto do primogênito, Lucca, a administradora Kathielen Quintela, 34 anos, de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, decidiu optar pela colocação do DIU como contraceptivo. "Na época, eu não me adpatei com a pílula anticoncepcional específica para o período de amamentação", lembra. Mas meses depois, passou a sentir desconforto durante a relação sexual. Foi quando o médico pediu uma ultrassonografia e veio a surpresa.
"Durante o exame, o médico disse que o DIU estava completamente fora do lugar e já não estava mais 'funcionando'. E continuou: 'Olha, e tem gestação aqui. E não é uma só, são duas, são gêmeos'. A nossa reação foi de choque total. Na época, meu bebê tinha apenas 6 meses", conta. Davi e Daniel nasceram saudáveis, mas com pouco mais de um ano de diferença do irmão mais velho, Lucca. "Ficamos com praticamente trigêmeos", conta.
Hoje, os meninos estão com 11 e 10 anos, e depois, ela ainda teve Noah, 5 anos. Em entrevista à CRESCER, a mãe de quatro relembrou a história surpreendente. Confira!
"Na época, resolvi colocar o DIU porque meu filho mais velho ainda era um bebezinho, e eu não me adpatei com a pílula anticoncepcional específica para o período de amamentação. Então, veio a sugestão de colocar o DIU. Acabei optando pelo modelo de cobre, porque era o que o plano de saúde cobria. Coloquei no fim de novembro mas, no início de janeiro, comecei a sentir um incômodo durante a relação sexual, e fui fazer um ultrassom.
Durante o exame, o médico disse que o DIU estava completamente fora do lugar e já não estava mais 'funcionando'. E continuou: 'Olha, e tem gestação aqui. E não é uma só, são duas, são gêmeos'. A nossa reação foi de choque total. Na época, meu bebê tinha apenas 6 meses. Saimos, entramos no carro e passamos o caminho todo mudos, sem conseguir falar um com o outro.
Lembro que quando cheguei em casa, minha mãe estava cuidando do Lucca, e a única coisa que eu fiz foi sentar na cozinha e chorar. Minha mãe ficou assustada, achando que eu estava com alguma coisa, uma doença... Eu disse: 'Não, mãe, eu tô grávida. E são gêmeos'. Ela quase morreu do coração também. Foi aquele susto!
Eu descobri a gestação bem no início. Depois, fomos ao ginecologista, ele fez a retirada do DIU no consultório mesmo, pois já estava quase saindo, e depois correu tudo bem. Ficamos com praticamente trigêmeos, na época, mas foram nossas bênçãos, nossas maiores surpresas e, hoje, são as nossas alegrias. Inclusive, nomeamos os meninos de Davi e Daniel, com D, em homenagem ao DIU (risos).
Depois dele, eu cheguei a tomar injeção antinconcepcional por um período. Só que acabava com a minha libido. E como eu não tive uma boa experiência com os outros contraceptivos, comecei a fazer uso de tabelinha e camisinha. Foram cinco anos assim até que, quando fiz um tratamento para emagrecer, acabei engravidando novamente. Dessa vez, do nosso caçula, que é o Noah. Descobri a gravidez com quase cinco meses, pois ainda menstruava e achava que alguns sintomas eram da dieta. Só comecei a desconfiar porque passei a enjoar com alguns cheiros. Fiz um teste de gravidez de farmácia e veio a confirmação.
Depois dessa última gestação, resolvi fazer laqueadura. Mas a gente brinca aqui em casa que quando Deus quer, não tem método que funcione. Quem manda é ele (risos). Por mais que a gente faça planos, nem sempre acontece da forma como imaginamos. Deus nos surpreende!"
Sobre o DIU de cobre
O Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre possui uma taxa de eficácia (99,3%) e longa duração — 10 anos em média. Para efeito de comparação, a laqueadura é, em média, 99,6% eficaz e a pílula anticoncepcional, na prática, pode falhar em até 6% das vezes, devido a esquecimentos, uso inadequado ou interação com outros medicamentos.
O DIU de cobre causa uma inflamação no endométrio, tecido que reveste internamente o útero, e deixa o muco cervical com grande concentração de cobre, criando uma substância tóxica ao espermatozoide, o que impede que ele fecunde o óvulo. Em caso de deslocamento, não haverá ação hormonal para completar a proteção. Ele deve ser introduzido dentro do útero sem analgesia por um ginecologista/obstetra e é necessário fazer o controle anual por meio de um ultrassom.