Segurança
 


Durante o verão, não há nada melhor do que tomar um banho de mar, de rio ou de piscina para se refrescar do calor. Mas quando o assunto é água, os pais precisam tomar um cuidado redobrado. O afogamento é um dos acidentes mais preocupantes para quem tem crianças pequenas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ele é a segunda principal causa de morte acidental no mundo na faixa etária entre 1 e 4 anos e a terceira de 5 a 14 anos. No estado de São Paulo, houve uma alta significativa recentemente. Segundo dados do Corpo de Bombeiros, em 2022 foram registrados 3,1 mil afogamentos, um aumento de 11,7% em relação a 2021, quando ocorreram 2,81 mil casos.

Bebês de seis meses já podem fazer natação (Foto:) — Foto:  Thinkstock
Bebês de seis meses já podem fazer natação (Foto:) — Foto: Thinkstock

Para evitar que os filhos corram algum risco, muitos pais já querem matricular as crianças em aulas de natação desde bebês. Mas afinal, saber nadar pode reduzir o risco de afogamento na infância?

Em grande parte, sim. Segundo a American Medical Association, aulas de natação podem reduzir o risco de afogamento em até 88%. “Este dado se explica devido à capacidade das crianças de aprender a nadar cedo, de desenvolver técnicas de sobrevivência e de defesa em um meio aquático. Quanto antes começarem, melhor, pois aprenderão a respeitar suas próprias limitações, a não se desesperar e a entender que não podem colocar sua segurança em risco”, diz Hamilton Robledo, pediatra na Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo.

Porém, as crianças nunca devem entrar na água sem supervisão, mesmo que já saibam nadar bem. Também vale lembrar que não é preciso uma grande quantidade de água para que os pequenos sejam colocados em uma situação perigosa. “Apenas 2,5 cm de altura de líquido em um recipiente pode ser o suficiente para a criança se afogar”, destaca Monique Pinheiro, pediatra do Grupo Prontobaby. Por isso, os pais precisam também tomar outras medidas de prevenção para evitar uma tragédia.

Para esclarecer as dúvidas sobre a natação na infância, conversamos com especialistas que explicaram quando as crianças podem começar a frequentar as aulas, quais os principais benefícios e quais outros métodos de prevenção os pais devem adotar para prevenir afogamentos. Confira!

A partir de que idade a criança pode fazer natação?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os bebês já podem começar a prática após seis meses de vida. “Nessa idade, o ouvido está em um estágio de desenvolvimento que reduz o risco de entrada de água e infecções, além da criança já ter recebido as primeiras vacinas de imunização”, explica Monique.

O pediatra Hamilton Robledo destaca que os pais devem buscar profissionais com experiência com crianças desta faixa etária, que podem praticar de duas a três vezes na semana, com aulas de até 60 minutos. “O filho sempre deverá estar acompanhado de um adulto de seu convívio e confiança, normalmente o pai ou a mãe, o que facilitará sua adaptação e ludicidade”, completa Luana Candido, educadora física do Centro de Estudos e Pesquisa Dr. João Amorim (CEJAM), de São Paulo.

Durante as aulas, os pequenos começam a aprender habilidades fundamentais. “O bebê que inicia a ambientação na água desenvolve técnicas para evitar o afogamento, como virar de barriguinha para cima e bater as perninhas”, pontua Monique. Mas isso não significa que um bebê que ainda nem sabe andar sairá nadando. “Quando falamos sobre a introdução de bebês ao meio aquático, podemos dizer que estamos incentivando-os a conhecer e sentir seus corpos em outro contexto, com outro peso, com outra velocidade, ampliando seu repertório motor e de interação com o mundo”, destaca Luana.

Segundo os especialistas, somente a partir dos 3 anos é que as crianças começam a aprender a nadar de fato. A partir dessa idade, elas terão maturidade suficiente para repetir os movimentos ensinados, nadar e mergulhar sozinhas. Também é quando as escolas e academias deixam de exigir a presença dos pais nas aulas.

Já a prática da natação como esporte só é indicada a partir dos 5 anos. “A introdução ao esporte e às diferentes modalidades de nado tem seu tempo certo e devem ocorrer conforme a própria adaptação ao meio e ao desenvolvimento motor de cada criança”, destaca a educadora física. A vantagem de começar a prática o quanto antes é que os pequenos se acostumarão com o mundo aquático desde cedo e terão mais facilidade em aprender a nadar e manter a calma dentro da água, o que ajuda na flutuação.

Quais são os principais benefícios da prática?

Além de reduzir riscos de afogamento, a natação é ótimas para outros aspectos. “Ela é muito eficiente para trabalhar a resistência cardiorrespiratória e desenvolvimento motor global — o que influencia no desempenho de outras práticas —, além de ajudar no combate a doenças respiratórias, principalmente a asma, por melhorar a circulação de ar nos pulmões”, ressalta Luana.

A prática também previne outros problemas de saúde. “Contribui para evitar obesidade infantil, pois é um esporte com grande consumo calórico, assim como doenças cardiovasculares, pois fortalece a musculatura cardíaca e elimina gordura ao redor do coração”, afirma Robledo.

A lista de benefícios ainda vai longe. “A natação melhora o sono e relaxa a criança, contribuindo para evitar o estresse. Também auxilia na melhora da postura, agilidade e noções de tempo e espaço”, acrescenta o pediatra. Além dos benefícios para a socialização dos pequenos. “A interação da criança com as demais durante as aulas ajudam no desenvolvimento e na autonomia. É uma ótima forma de aprender aspectos sociais como liderança, respeito ao próximo, companheirismo, solidariedade e cooperação”, destaca o especialista.

Existe alguma contraindicação?

Antes de começar a prática, é importante que a criança seja consultada por um pediatra, para avaliar sua condição de saúde e orientar a forma mais adequada para que ela desenvolva a atividade física proposta. Em algumas situações, não é recomendado que a criança faça natação. “Casos de infecções agudas, como pneumonia, broncopneumonia, sinusites, faringites, otites e as alergias, principalmente rinite, podem piorar devido à presença de produtos químicos. Sendo ideal para estes pacientes as piscinas salinizadas (mais próximas do natural e mais benéficas para saúde) ou ozonizadas (com menos cloro)”, explica Hamilton Robledo.

Quais precauções os pais devem tomar para que os filhos estejam seguros na natação?

Além de consultar o pediatra de confiança, os pais também devem tomar outros cuidados antes de matricular o filho em aulas de natação. “Avalie se o local onde a família propõe colocar a criança está apta a receber crianças para prática da atividade, se o local tem autorização dos órgãos fiscalizadores para exercer essas atividades e se a quantidade de profissionais é adequada ao número de crianças”, destaca a pediatra Monique Pinheiro.

Também é importante tirar dúvidas sobre o tratamento da água. “As piscinas tratadas com salinização e ozônio têm grandes vantagens em relação às tratadas com cloro, pois dificilmente provocarão irritação de pele e/ou sistema respiratório”, afirma Luana Candido.

Quais outras formas de prevenir afogamentos na infância?

Embora a natação seja fundamental para ajudar a reduzir os riscos de afogamento, os pais também devem tomar outros cuidados com os filhos. Os especialistas separaram algumas dicas para proteger as crianças de situações perigosas na água. Confira:

Sempre de olho
“O afogamento é rápido e silencioso, então, a vigilância é o principal cuidado. Não deixe nunca a criança sozinha em praias, piscinas e banheiras. Também não deixe recipientes com água ou outros líquidos onde a criança possa submergir, pois apenas 2,5 cm de altura de líquido em um recipiente pode ser o suficiente para causar um desastre”, destaca Monique. Isso vale também para as crianças que já sabem nadar bem. “A função dos pais é sempre exercer intensa monitorização. É fundamental que não se distraia com celular ou conversando com outras pessoas”, completa Robledo.

Longe do banheiro
O banheiro pode ser um dos cômodos mais perigosos para as crianças em relação ao risco de afogamento. “Mantenha sempre portas de banheiros fechadas, banheiras vazias e recipientes como bacias e baldes vazios e virados ao contrário”, recomenda Monique.

Cuidado com a privada
Principalmente para os filhos pequenos, o objeto pode se tornar um perigo. “Coloque trava na tampa do vaso sanitário, pois crianças que engatinham e já estão conseguindo se levantar com apoio podem cair de cabeça dentro do vaso sanitário”, alerta Robledo.

Colete salva-vidas
Quando for levar a criançada para a praia ou para a piscina, sempre coloque um colete salva-vidas nelas, que são mais indicados do que as boias de braço. “O uso dos coletes de segurança são excelentes, mas podem causar a falsa sensação de segurança, mesmo em uso destes equipamentos, crianças nunca devem ser deixadas sem supervisão em piscinas e praias”, reforça Monique.

Piscinas cercadas
Segundo o pediatra da Rede de Hospitais São Camilo, quem tem piscina em casa precisa tomar ainda mais cuidado com as crianças. "As piscinas devem ser cercadas totalmente, sem aberturas e com altura em torno de 1,5m de altura, contendo pisos antiderrapantes ao seu redor. O mesmo cercamento deve ser realizado se tiver poços em casa ou em chácaras e sítios. Além disso, a piscina deve ser coberta com várias travas laterais seguras, que criança não consiga retirar", recomenda.

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