Saúde
 

Por Crescer Online


Cidades mineiras estão em alerta após três crianças morrerem no município de São João Del Rey em um intervalo de apenas um mês, desde 24 de setembro. A Fundação Ezequiel Dias, ligada à Secretaria de Saúde de Minas Gerais, ainda investiga as causas das mortes e de internação de outras crianças da região. Uma das suspeitas investigadas é a infecção pela bactéria estreptococos do grupo A (Streptococcus pyogenes), causadora da escarlatina — doença que provoca manchas avermelhadas pelo corpo e deixa a língua com o aspecto de uma framboesa.

"As amostras relativas aos casos ocorridos no município seguem em análise para complemento das investigações epidemiológicas, tanto no laboratório referência do estado, quanto no município”, afirmou a nota da fundação. Diante da situação, as aulas também foram suspensas pelas prefeituras São João Del Rey, de Tiradentes, Santa Cruz de Minas, Ritápolis e Conceição da Barra de Minas. A Prefeitura de Felício dos Santos, a 370 quilômetros ao norte de Belo Horizonte, também notificou a Secretaria de Saúde do estado sobre um surto de escarlatina no município e suspendeu as aulas.

Foto ilustrativa: Febre é um dos sintomas da escarlatina  — Foto: Crescer
Foto ilustrativa: Febre é um dos sintomas da escarlatina — Foto: Crescer

No entanto, em nota encaminhada à Agência Brasil, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais diz que “não recomenda o fechamento de escolas. Segundo a pasta, “não há critérios que comprovem surto ou risco à saúde da população, bem como nenhuma evidência epidemiológica que justifique a alteração na rotina das atividades da população”.

Mas o que é a bactéria estreptococos do grupo A?

A Streptus A é uma bactéria conhecida como estreptococo do grupo A ou Streptococcus pyogenes, muito comum em humanos, no mundo inteiro e também foi responsável pela morte de crianças no Reino Unido no final do ano passado. Muitas pessoas têm a bactéria, mas não desenvolvem nenhum sintoma. Outras desenvolvem infecção por streptus na garganta ou na pele. A bactéria também está relacionada à escarlatina, doença infecciosa que causa febre e erupções vermelhas na pele. Mais raramente, pode causar a chamada infecção invasiva por streptus do grupo A, conhecida como iGAS.

Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, a infectologista Luana Araújo explicou a bactéria estreptococo do grupo A costuma causar quadros leves e moderados nas crianças, dependendo de onde o agente infeccioso se instala. Caso chegue à garganta, pode provocar uma amigdalite bacteriana. Já se instala na faringe pode levar a uma faringite bacteriana.

Sintomas

Ao se infectar com a bactéria, as crianças podem ter dificuldade para engolir, dor local, febre, prostração e lesões na pele. Dentre os casos dos pacientes que desenvolvem a faringite estreptocócica — que afeta principalmente jovens e crianças de 5 a 15 anos — é possível ocorrer uma evolução para um quadro de escarlatina. Nesse caso, além dos sintomas locais, a criança fica com a pele vermelha e áspera e a língua com o aspecto de uma framboesa. Em geral, os pacientes se recuperam bem serem medicados.

No entanto, em alguns raros casos, dependendo da imunidade da pessoa e da virulência da própria bactéria, é possível evoluir para um quadro mais agressivo. "A bactéria pode invadir a corrente sanguínea, fazer lesões em outros órgãos, como rins cérebro. A gente pode ter síndrome do choque tóxico, que é um quadro gravíssimos que pode levar ao óbito", afirmou a infectologista.

Como a streptococcus A é transmitida?

A bactéria está presente na saliva e no muco nasal. Pode ser transmitida por gotículas ao espirrar, tossir e falar ou ao compartilhar objetos como copos e talheres, com uma pessoa infectada. As medidas de prevenção são as mesmas que já conhecemos e ampliamos, por conta da pandemia de covid-19: evitar compartilhar objetos de uso pessoal, usar máscaras, higienizar as mãos e as superfícies e manter o distanciamento social.

O que fazer ao suspeitar da infecção?

A médica ressalta que crianças que estão com suspeita de infecção pela bactéria não devem ir para a escola e precisam ficar isoladas. Após uma avaliação médica, pode ser indicado o uso do antibiótico. No entanto, fique atento! Não é recomendado o uso de antibióticos como indicação profilática, esse tipo de uso pode trazer mais malefícios do que benefícios. Sempre consulte um médico.

Com informações Agência Brasil e Dr Luana Araújo

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