Saúde
 

Por Maria Clara Vieira


Dor de garganta; criança; pediatra (Foto: Edith Held/ Corbis) — Foto: Crescer
Dor de garganta; criança; pediatra (Foto: Edith Held/ Corbis) — Foto: Crescer

"Ai, dói aqui.” Se a frase vier acompanhada de testa franzida e mãos pequenas no pescoço, os pais experientes já sabem a saga que terão de encarar: a dor de garganta se anuncia. A crise pode incluir falta de apetite, dificuldade para engolir, choro, febre, mal-estar e, provavelmente, resultará em falta às aulas.

Ela geralmente é provocada por infecções virais ou bacterianas, que acometem as estruturas da garganta, principalmente a faringe (daí o nome faringite) – canal de comunicação entre o nariz, a boca, a laringe e o esôfago – e as amídalas (daí o nome amidalite) – formações de tecido em cada lado da garganta, no fundo da boca, e que protegem a porta de entrada do corpo dos micro-organismos. Mas, por que, afinal, a dor de garganta é tão comum na infância?

Primeiro, porque o sistema imunológico ainda está amadurecendo e o organismo não formou suas defesas para combater alguns agentes. Em segundo lugar, o contato próximo com outras crianças e a partilha de objetos na escola favorecem a contaminação. Se o seu filho ainda não passou por essa experiência desagradável, prepare-se. Mesmo uma criança supersaudável geralmente tem pelo menos três episódios desses nos primeiros cinco anos de vida. As características da crise dependem do tipo de micróbio responsável – vírus ou bactéria – e o tratamento varia de um caso para outro. Entenda, a seguir, e saiba contornar o problema.

INFECÇÃO VIRAL

A infecção dura cerca de três dias e atinge o trato respiratório, porém, com sintomas brandos. É mais comum em crianças de até 2 anos e normalmente acompanha gripe. Ocorre, em média, até três vezes por ano na maioria dos casos, principalmente em épocas frias, quando a aglomeração de pessoas em ambientes fechados facilita a transmissão e a temperatura baixa fragiliza o sistema imune.

O contágio se dá por contato com saliva infectada ou outras secreções. Não há comprovação científica de que o consumo de bebidas e alimentos gelados contribua para o surgimento da doença. Porém, o frio e a baixa umidade diminuem as defesas das vias respiratórias, sensibilizando-as. Por isso, a incidência é maior no inverno. Andar descalço e tomar sorvete em dias quentes está liberado — desde que com equilíbrio.

Sintomas

Além da dor, pode haver coriza, espirro, tosse, febre baixa e ronco no nariz. No geral, a criança mantém boa vitalidade e raramente apresenta falta de apetite, desânimo e febre alta.

Tratamento

Espontaneamente, o quadro regride e o tratamento é apenas sintomático. Ou seja, os médicos podem prescrever analgésicos e antitérmicos, para aliviar dor e febre, além de anti-inflamatórios, quando necessário.

Prevenção

Embora não seja possível blindar seu filho completamente, existem estratégias para diminuir os riscos de contágio. Mantenha a criança bem alimentada, incentive-a a fazer atividades ao ar livre, ensine-a a lavar corretamente as mãos, especialmente depois das brincadeiras, e procure deixar as janelas de casa abertas.

INFECÇÃO BACTERIANA

O quadro costuma ser mais intenso e afetar muito as amídalas. Acontece especialmente entre 3 e 6 anos e a transmissão ocorre via oral, da mesma forma que o vírus. Diversas bactérias estão por trás da doença. A mais grave é a Estreptococo beta-hemolítico do grupo A, que, se mal curada, pode levar a complicações como a febre reumática, uma doença que compromete articulações e coração.

Sintomas

Febre alta, desânimo, falta de apetite e placas brancas com pus nas amídalas são os principais. Diante deles, a recomendação é levar a criança imediatamente ao médico.

Tratamento

É feito com antibiótico e suas doses e intervalos devem ser seguidos à risca, assim como o período total de administração, mesmo que os sintomas melhorem em 48 horas. Caso contrário, bactérias mais resistentes poderão atacar novamente. Mantenha a criança hidratada e alimentada. Se estiver difícil de engolir, ofereça alimentos pastosos, em temperatura ambiente. Os médicos podem receitar analgésicos e antitérmicos para amenizar o mal-estar. Fique atento à amidalite recorrente. Se houver mais de três episódios anuais, consulte um otorrinolaringologista para que ele avalie a necessidade de fazer a retirada das amídalas.

Prevenção

É difícil prevenir a contaminação por bactérias, mas manter ambientes ventilados e boa higiene das mãos reduz os riscos.

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