Saúde
 

Por Crescer


Uma criança que frequentava a escola St. John, em Ealing, região oeste de Londres, na Inglaterra, morreu depois de contrair a bactéria streptococcus A. De acordo com o Daily Mail, autoridades de saúde consideram a situação controlada e não relacionam a fatalidade a ocorrências anteriores, embora outros dois alunos tenham perdido a vida em decorrência da infecção, uma em Surrey e outra, no País de Gales, com menos de uma semana de diferença.

Hannah, do País de Gales, foi uma das vítimas fatais da infecção por strepto A, no País de Gales — Foto: Reprodução/ Go Fund Me
Hannah, do País de Gales, foi uma das vítimas fatais da infecção por strepto A, no País de Gales — Foto: Reprodução/ Go Fund Me

A infecção pela bactéria streptococcus A costuma ser inofensiva e nem causar sintomas para a maioria das pessoas. Em outras, causa uma inflamação leve na garganta e a pele. Em casos raros, pode levar à escarlatina e até ser fatal.

“Ficamos extremamente tristes ao saber da morte de uma criança na St John's Primary School, e nossos pensamentos estão com sua família, amigos, a escola e a comunidade”, declarou o médico Yimmy Chow, consultor de proteção à saúde da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA). “Trabalhando com a equipe de saúde pública do Conselho de Ealing, fornecemos conselhos de prevenção à comunidade escolar para ajudar a prevenir novos casos e continuamos monitorando a situação de perto. As infecções estreptocócicas do grupo A geralmente resultam em doença leve e as informações sobre os sinais e sintomas foram compartilhadas com os pais e funcionários. Os sinais incluem dor de garganta, febre e pequenas infecções de pele e a doença pode ser tratada com um curso completo de antibióticos, prescrito pelo médico de família. Em casos raros, pode ser uma doença grave e qualquer pessoa com febre alta, dores musculares intensas, dor em uma área do corpo e vômitos ou diarreia inexplicados deve ligar para a emergência e buscar ajuda médica imediatamente”, orientou.

A transmissão da bactéria, que é inofensiva para grande parte das pessoas, acontece por contato próximo, com beijo ou toque, por exemplo. Diante dos casos, a agência de saúde britânica enviou um comunicado aos médicos de família locais, alertando sobre a disseminação das infecções virais e bacterianas nas escolas primárias.

Segundo o Daily Mail, a St John's School não quis fazer comentários sobre o possível surto, mas, além do aluno que perdeu a vida, um outro estudante está no hospital, com doença não confirmada, depois de ter uma série de infecções, incluindo escarlatina. Para a UKHSA, os dois casos não estão relacionados.

A criança que morreu na semana passada, em Surrey, tinha 6 anos. Ontem à noite, foi confirmada a morte de uma menina, no País de Gales. “Hanna era uma alma linda”, disse a mãe. “Nossos pensamentos estão com todos vocês neste momento trágico”, afirmou. Um amigo acrescentou: “Ela era a pessoa mais linda, alegre, engraçada e adorável. A família dela está com o coração partido”.

Em uma declaração ao Daily Mail, a médica Ardiana Gjini, consultora em controle de doenças transmissíveis do Departamento de Saúde Pública de Gales, disse que o órgão está trabalhando com especialistas de universidades para analisar a questão e explicou que não pode comentar casos individuais. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com a escola para aumentar a conscientização, conforme necessário, sobre a doença invasiva por streptococcus do grupo A. Embora seja improvável que seu filho seja afetado pela infecção, indivíduos relevantes estão sendo avisados de que devem se familiarizar com os sintomas e o que fazer se eles ocorrerem. Contrair a doença é muito raro. A maioria das pessoas que entram em contato com a infecção estreptocócica do grupo A permanecem bem e sem sintomas, ou desenvolvem infecções leves na garganta ou na pele”, explicou.

A agência de saúde UKHSA também foi notificada de casos de Strep A em alunos do primeiro ano e do sexto. Na escola vizinha, Echelford Primary School, outro estudante também contraiu escarlatina. Os pais das crianças da escola teriam recebido uma carta, informando que a administração havia desligado todos os bebedouros e que os alunos estavam sendo monitorados cuidadosamente.

Joanne Sexton, que representa a divisão de Ashford no Conselho do Condado de Surrey, disse que é necessário que os agentes de saúde realizem uma investigação completa. “É um choque e é uma notícia muito triste. Deus sabe como a família está se sentindo. Meu coração está com eles”, disse ela.

O que é escarlatina?

É comum que crianças, principalmente entre 3 e 8 anos, contraiam escarlatina. Nessa fase, o sistema imunológico delas está em desenvolvimento e a convivência na escola facilita a transmissão. Na maior parte dos casos, o problema surge como uma complicação da amigdalite. Como ocorre? A bactéria causadora da doença libera uma toxina: algumas pessoas têm uma reação à substância, por predisposição genética. Por isso, surgem as manchas avermelhadas. “A criança pode ser colonizada pela Estreptococo pyogenes e não demonstrar sinais. É como se o micro-organismo ficasse adormecido”, explica Milena de Paulis, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

Para descobrir se a criança está com escarlatina, procure ajuda médica. O diagnóstico é simples e pode ser feito por avaliação clínica, no consultório. Também é possível flagrar a presença da bactéria por meio de um teste rápido, disponível nos hospitais, em que um cotonete recolhe a secreção da garganta. Mas, como os sintomas são bem característicos, não é obrigatório fazer o exame para constatar a doença.

O tratamento também é simples: basta tomar o antibiótico receitado pelo pediatra. É esperado que, com a evolução do quadro, a pele dos dedos passe a descamar – não precisa se preocupar. E vale reforçar: a escarlatina pode ser facilmente curada, desde que o tratamento seja seguido corretamente. Embora a crise regrida naturalmente, esperar a remissão espontânea dos sintomas pode trazer complicações sérias, como febre reumática e problemas cardíacos crônicos.

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