"Parece que, desde que começou a ir para a escola, meu filho está sempre doente." Quem nunca ouviu ou fez um comentário como esse que atire a primeira pedra. É muito comum ver pais e cuidadores reclamando do aumento repentino de idas ao pediatra ou ao pronto-socorro depois do começo das aulas. Mas, afinal, que doenças são essas que tanto tiram as crianças do colégio?
![Carteira em sala de aula vazia — Foto: Freepik](https://cdn.statically.io/img/s2-crescer.glbimg.com/VqWR2jIBp3qNIATyqNya9h_sE2Q=/0x0:1500x1200/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2024/r/9/UEX2v8SUiUl6lDshOp9A/2148204823.jpg)
Uma pesquisa conduzida pela plataforma de saúde escolar Coala Saúde mostrou quais são as questões que mais afetam a saúde dos alunos. Depois de analisar 1.250 atendimentos de telemedicina, feitos com estudantes de 82 escolas de todas as regiões do Brasil, chegou-se a uma conclusão: conjuntivite, gripe e gastroenterite são as doenças campeãs em tirar as crianças da sala de aula.
Segundo o relatório, a conjuntivite é a principal causa de afastamento dos alunos por causa doenças. Ela lidera o ranking com 18,1% dos casos. Em seguida, vêm os quadros de síndromes gripais (12,5%) e os de gastroenterite (10,4%):
- Conjuntivite (18,1%)
- Síndromes Gripais (12,5%)
- Gastroenterite (10,4%)
- Síndrome Mão-pé-boca (4,7%)
- Escarlatina (4,7%)
Esse afastamento por doenças infectocontagiosas costuma acontecer com mais frequência entre alunos da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: eles representam 83,6% dos casos analisados no relatório. "Nessa faixa etária, temos uma imunidade e um corpo mais suscetível a trocas com o ambiente, criação de mecanismos de defesa e, consequentemente, maior prevalência de doenças infecciosas, sejam elas virais ou bacterianas", explica médico Rafael Kader, CEO da Coala Saúde.
E de nada adianta "colocar as crianças numa bolha", na tentativa de protegê-las. Ficar doente depois de começar a frequentar a escola faz parte do processo. "O desenvolvimento natural da criança e do adolescente envolve passar por essas etapas, mas isso não significa que a gente não possa tomar os devidos cuidados" afirma Kader.