Os atletas que irão competir na Olimpíada de Paris pelos Estados Unidos vão dispor de um benefício em particular para os Jogos: ares-condicionados enviados pelo Comitê Olímpico e Paralímpico estadunidense. O mesmo gesto será realizado pelas equipes do Reino Unido, Alemanha, Austrália, Itália e Canadá. Informações vêm de apuração da agência Associated Press e do jornal Washington Post.
À GQ Brasil nesta segunda-feira (24), o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) comentou que se organizou da mesma forma. "O COB proverá ar-condicionado para os atletas brasileiros", diz porta-voz em troca de e-mails com a reportagem.
Com o começo dos Jogos no dia 27 de julho, os cerca de 15 mil atletas e equipes técnicas que estarão na Vila Olímpica irão enfrentar temperaturas fora do normal na capital francesa, que começaram em maio e vão até agosto, de acordo com o serviço meteorológico nacional Météo France. A situação na França ocorre após outras ondas de calor que afetaram países europeus este ano, como Grécia, Chipre, Turquia e Itália.
Há quem aposte que esta será a Olimpíada mais quente da história - ocorrendo inclusive após os Jogos de Tóquio em 2020, afetados na época pelo intenso verão local.
“Como você pode imaginar, este é um período em que consistência e previsibilidade são críticas para o desempenho da equipe”, diz Sarah Hirshland, diretora executiva do Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA, à Associated Press. “Em nossas conversas com os atletas, [o calor] era uma prioridade muito alta e algo que os atletas sentiram ser um componente crítico na sua capacidade de desempenho.”
No entanto, medidas como as do comitê estadunidense e brasileiro vão na contramão do protocolo verde adotado pela organização da Olimpíada este ano. O plano incluí não usar unidades de ar-condicionado nos apartamentos e cortar gastos intensos de energia; no lugar, cada acomodação terá temperatura controlada por meio de ventiladores e de um sistema de refrigeração alimentado por água fria - mesma técnica empregado no Museu do Louvre para aplacar altas temperaturas em 2022.
A meta da organização com Paris é cortar pela metade as emissões de gás carbônico e realizar a Olimpíada mais sustentável da história. A meta surge em um contexto no qual os Jogos vem se tornando menos verde com os anos.