Bulking e cutting: quais as diferenças entre as dietas

Ao ingressar no mundo fitness, seja fazendo musculação ou praticando algum outro esporte, é comum ouvir os termos bulking e cutting ligados à alimentação. Mas afinal, o que eles significam e quais as diferenças? A GQ Brasil conversou com nutricionistas que explicaram como estas dietas funcionam e quem deve segui-las.

O termo vem do inglês "bulk", que significa "massa" ou volume". É uma estratégia dietética com o objetivo principal de aumentar a massa muscular e o ganho de peso, geralmente recomendado para pessoas que praticam treinamento de força ou musculação. O foco está em realizar um superavit calórico, garantindo que haja calorias suficientes para estimular o crescimento muscular.

"A fase de bulking é o momento em que o planejamento alimentar estará em maior calorias, distribuindo os macronutrientes - carboidrato, proteína e gordura - de maneira “limpa”, com o mínimo de industrializados e mais comida de verdade, para que esse ganho de massa muscular seja esteticamente 'bonito', com mínimo de retenção de líquido e ganho de gordura", explicou a nutricionista Vanessa Agripino.

A também nutricionista Alice Paiva acrescenta que é preciso garantir que o ganho de peso seja principalmente magro. Deve-se também monitorar a ingestão de calorias, para evitar ganho excessivo de gordura corporal.

O cutting seria justamente o contrário - derivado do "cut", que em inglês significa "cortar". Nesse caso, o objetivo da dieta é reduzir a gordura corporal enquanto mantém a massa muscular conquistada.

"É frequentemente seguido por atletas, fisiculturistas ou pessoas que desejam atingir um percentual de gordura corporal mais baixo para definição muscular. É criado um déficit calórico, consumindo menos calorias do que o corpo gasta, para promover a perda de gordura", acrescenta Alice.

Neste caso, é importante manter a ingestão adequada de proteínas para preservar a massa magra, enquanto se reduz a ingestão de calorias de forma gradual e monitorada para evitar perdas musculares indesejadas.

As profissionais ressaltam que a decisão depende dos objetivos individuais e a composição corporal de cada pessoa. Para quem deseja ganhar massa muscular, o bulking é o mais indicado, enquanto o cutting é apropriado se o objetivo é reduzir gordura.

"Em uma consulta nutricional, é feita uma avaliação para entendermos em que momento e tempo de treino a pessoa está e como é a alimentação. Fazemos a avaliação física e os objetivos para entender a partir do percentual de gordura qual será a melhor estratégia a seguir", explica Alice.

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A nutricionista acrescenta que, na maioria das vezes, inicia o tratamento com o cutting, para reduzir o percentual de gordura e seguir posteriormente o bulking, mas não é uma regra. É necessário consultar um nutricionista para descobrir a estratégia mais apropriada.

FONTES:

Vanessa Agripino é formada na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) em 2015, com duas pós graduações: 1. Nutrição Ortomolecular, pela Fapes; 2. ⁠Nutrição Esportiva Funcional, pela VP funciona.

Alice Paiva é nutricionista esportiva funcional, especialista na área de emagrecimento, esportes e estética.