Beleza

Por Da Redação


Daxi é neurotoxina que veio para substituir o botox (Foto: Foto: Divulgação) — Foto: GQ
Daxi é neurotoxina que veio para substituir o botox (Foto: Foto: Divulgação) — Foto: GQ

O botox, antigo composto químico conhecido para o tratamento anti-idade, está ficando para trás em seu tempo. Daqui para frente, o daxi promete substituí-lo nos procedimentos estéticos daqui para frente. Será que tem futuro? Desvendamos.

O que é o daxi?

O daxi (abreviatura do inglês “daxibotulinumtoxinA-lanm”) é também uma toxina botulínica do tipo A (similar a outras como botox, dysport, xeomin e jeuveau) injetável e que paralisa o músculo onde for aplicada a fim de reduzir as rugas ou marcas de expressão.

O efeito de sua aplicação causa um up na pele e sua principal diferença está no tipo de proteína inserida, que promete ter uma durabilidade ainda maior do que a do botox.

Daxi dura mais que o botox e permite mais tempo de lifting da pele (Foto: Foto: Divulgação) — Foto: GQ
Daxi dura mais que o botox e permite mais tempo de lifting da pele (Foto: Foto: Divulgação) — Foto: GQ

Esse tipo de injetável pode ser usado em diferentes áreas para a melhora e revigoramento da pele, como sobrancelhas, pescoço, lateral dos olhos, lábios, para frisar o tecido e dar o tônus que o paciente procura, suavizando as marcas de expressão associadas ao envelhecimento.

Diferenças entre daxi e botox

A grande diferença da formulação do daxi é que a toxina que congela o músculo está associada a uma proteína, o que estende ainda mais o seu efeito. Isso significa menos visitas ao dermatologista e menos retoques durante o tempo.

A médica dermatologista Dra. Fernanda Bombonatti conta que a eficácia da nova neurotoxina se deve ao seguinte fator: "a tecnologia empregada na fabricação do daxi permite uma maior estabilidade e duração do produto por meio de peptídios e não com o uso de soro humano ou animal", afirma.

Enquanto o botox e outras toxinas do gênero tendem a durar de 3 a 4 meses enquanto aplicadas, os resultados com o daxi revelaram uma eficácia de 6 meses, ou seja, os músculos só começaram a ceder ao produto depois de 28 semanas.

Dra. Fernanda conta que a ideia é usar a nova neurotoxina apenas duas vezes ao ano e para quais tipos de tratamento ela serve.

"A ideia inicial era de usar o daxi para o tratamento de rugas glabelares, ou seja, na testa e entre as sobrancelhas, mas ele pode ser usado em todas as indicações de toxinas do tipo A, tanto do ponto de vista estético quanto terapêutico", explica a doutora.

O daxi no Brasil

Lá nos Estados Unidos, o novo medicamento foi aprovado na última quinta-feira (8) pela Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta o uso desses neuromoduladores injetáveis disponíveis. A decisão permitirá que a sua fabricante Revance Therapeutics possa comercializar o daxi para médicos dermatologistas e demais instituições que utilizam do recurso para tratamentos estéticos.

No Brasil, ainda não temos indícios da utilização da neurotoxina e da permissão da ANVISA, mas sabemos que há bastante expectativa e relevância de sua eficácia no tratamento com preenchedores endérmicos.

"Todas as novidades tecnólogicas de medicação e aparelhos no mundo chegam rapidamente ao Brasil, mas a gente não tem ainda disponível para a venda porque ela está em fase final de aprovação nos EUA. Acredito que em torno de 6 meses ela já possa estar aqui no nosso mercado", completa Dra. Fernanda.

Daxi é seguro?

Um estudo publicado pela dermatologista norte-americana Michele Green apresenta testes com pacientes americanos, e, segundo o mesmo, cerca de 97% mostraram ótima aceitação ao daxi durante os ensaios clínicos, sendo maior do que a média de todos os concorrentes na mesma categoria, incluindo o Botox.

Em contrapartida, a própria fabricante teve pequenos percausos ao aprovar a comercialização do Daxi junto à FDA. Em 2020, quando tentou a primeira liberação, foi preciso apresentar um relatório com diagnósticos da eficácia do composto e também de seus pontos de alerta.

Segundo a própria Revance Therapeutics, 6% dos usuários testados com o Daxxify (nome comercialmente divulgado) apresentaram dores de cabeça após aplicação e apenas 2% tiveram problemas com caimento de pápebra. Nada de muito grave, mas isso dificultou a liberação do daxi por mais dois anos, muito também por conta da pandemia.

Fernanda revela que é possível alguns desses efeitos colaterais surgirem, por se tratar de uma toxina botulínica de características semelhantes:

"Com o daxi, tivemos mais efeitos colaterais como cefaleia (dor de cabeça) e queda da sobrancelha em alguns casos. São, sim, semelhantes aos do botox e das neurotoxinas da mesma família, por serem do tipo A, apesar do daxi ter uma tecnologia diferente com peptideos e não com soro humano ou animal", completa Bombonatti.

Em breve, teremos mais detalhes do daxi e da sua utlização no mercado estético e clínico também em outros países pelo mundo.

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