Gastar Bem

Por Isabel Filgueiras, Valor Investe — São Paulo


O aplicativo de apostas BetMGM, que pertence ao grupo dono do cassino MGM, teria gastado US$ 50 milhões (cerca de R$ 250 milhões) em um comercial exibido na final da liga de futebol americano dos Estados Unidos, o Super Bowl LVIII. De acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal (WSJ), o anúncio estava planejado há dois anos.

De acordo com agências internacionais, o custo para anunciar na televisão durante a partida deste ano era de US$ 7 milhões (ou R$ 35 milhões) por cada 30 segundos no ar. Mas, segundo a matéria do WSJ, este passou longe de ser o maior custo na produção e veiculação do anúncio que conta com estrelas como Tom Brady, ex-jogador da National Football League (NFL) e sete vezes vencedor do Super Bowl. A peça publicitária que traz o mote de que o aplicativo é para todos, menos Tom Brady, foi curta, de 30 segundos, mas contou com outras formas de divulgacão que começaram pelo menos duas semanas antes do grande dia.

Além dos cachês, os custos envolveram uma corrida entre agências de publicidade e distribuição antecipada de uma versão mais longa do comercial na Internet (veja vídeo). Também houve gastos para projetar o anúncio nas ruas de Las Vegas. O planejamento antecipado teve a ver com o local do jogo, onde fica a sede do enorme cassino MGM.

O evento anual da NFL dos Estados Unidos costuma atrair mais de 100 milhões de telespectadores, com a edição de 2023 ultrapassando os 115 milhões, de acordo com a empresa de métricas Nielsen. O preço do anúncio subiu bastante nos últimos anos, indo de US$ 4,5 milhões em 2019 para os atuais US$ 7 milhões por 30 segundos no ar.

Na partida do último domingo, 12, o time Kansas City Chiefs levou a melhor após virar o jogo nos segundos finais, deixando o San Francisco 49ers em segundo lugar.

Os números de espectadores ainda não foram divulgados. Mas havia uma expectativa de audiência ainda maior para este ano, impulsionada pela legião de fãs da cantora Taylor Swifty, os chamados "swifters". A cantora namora Travis Kelce, jogador do Chiefs, e acompanhou a partida.

Tendo em mente a massa de fãs de Swifty, os anunciantes se voltaram para o público feminino, que representava 37% dos espectadores dos jogos da temporada regular da NFL, conforme a Nielsen, e correspondiam a 47% do público do Super Bowl no ano passado.

A transmissão deste domingo no canal CBS contou com uma série de anunciantes nacionais estreantes, como Drumstick, o sorvete, a campanha "Stand Up to Jewish Hate" de Robert Kraft, o refrigerante Starry da PepsiCo, o marketplace Etsy, a marca de chocolate Lindt e a marca de cosméticos Elf Cosmetics. Marcas que já costumam anunciar no evento, como M&Ms, Budweiser e Google, também tiveram peças publicitárias no ar.

A marca Dove, da Unilever, mostrou meninas que praticam esportes, enquanto a empresa farmacêutica Astellas destacou um produto usado no tratamento para reduzir ondas de calor e suores noturnos durante a menopausa.

Um anúncio de 2022 do Amazon, que na época promovia o dispostivo Alexa, foi considerado o mais caro da história, segundo sites especializados em mídias. A peça, estrelada pela atriz Scarlett Johansson, teve 130 segundos de transmissão. A estimativa não inclui custos de produção. Antes disso, em 2020, comerciais do Google e do Amazon já tinham custado mais de US$ 16 milhões só para exibição.

Futebol Americano — Foto: Getty Images
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