Após a ressaca pós-lançamento dos ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) com exposição direta a bitcoin no mercado norte-americano, a principal criptomoeda do segmento inicia a semana com pouca oscilação, no patamar dos US$ 42 mil.
Por volta de 12h20 (horário de Brasília), o bitcoin (BTC) era negociado a US$ 42.366, variação negativa de 1%, nas últimas 24 horas. A mínima do período foi de US$ 41.696 e a máxima de US$ 42.987, segundo dados do CoinDesk. No Brasil, valia R$ 208.535, no mesmo horário, com queda de 1,15%.
Analistas apontam que o movimento é resultado do chamado “sell the fact” (vender no fato), isto é, enquanto a expectativa pela aprovação dos ETFs pela Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM dos EUA) alimentou a força compradora, a efetivação do processo leva os investidores a embolsar os lucros, aproveitando os preços em suas máximas em mais de dois anos.
No entanto, analistas gráficos apontam que o preço do bitcoin pode continuar caindo, até encostar no suporte de US$ 38 mil, nível observado no início de dezembro, quando já era consenso que a SEC não teria opção que não fosse a aprovação da listagem de ETFs nas bolsas.
Um dos principais motivos de uma possível queda mais intensa é a migração dos investidores de gestoras que têm maior taxa de administração, como é o caso da Grayscale, para outras com custos menores.
Uma “guerra de tarifas” já se iniciou no mercado americano, quando BlackRock anunciou uma taxa de administração do ETF de 0,25% ao ano. Para comparação, a Grayscale cobra, atualmente, 1,5% ao ano.
Em paralelo, grandes gurus do mercado têm feito suas projeções de preço para o futuro. Em entrevista à rede CNBC, na quinta-feira, Cathie Wood, presidente da ARK Invest, afirmou que avalia que o preço do bitcoin pode atingir US$ 1,5 milhão em 2030, impulsionado pelos ETFs.
O ARK 21Shares Bitcoin ETF (ARKB) está listado na Chicago Board Options Exchange (CBOE, uma das bolsas de Chicago).