Tokenização chega ao automobilismo: investidor poderá receber ‘dividendos’ com carreira de Fittipaldi

A estreia nessa modalidade é do Mercado Bitcoin, que lançou o token de renda variável EMMOF01, lastro nos direitos financeiros da carreira do piloto Emmo Fittipaldi, filho mais novo do bicampeão mundial de F1 e das 500 Milhas de Indianápolis, Emerson Fittipaldi.

Segundo nota da empresa, o token representa 3% dos direitos de imagem, patrocínios, prêmios de corrida e publicidade ligados ao piloto e pagará, até 2035, dividendos semestrais para os investidores. O valor mínimo do investimento é de R$ 100.

Os recursos captados com a venda dos tokens vão ser utilizados no “suporte financeiro necessário para que o piloto tenha o máximo de desempenho possível em sua jornada até chegar na Fórmula 1”, informa a nota. Em contrapartida, os detentores dos tokens receberão a porcentagem proporcional ao valor que investiram.

O MB esclarece ainda que, “para reforçar a estrutura legal da operação, foi criada uma empresa brasileira, assegurando um ambiente jurídico sólido, para todas as partes envolvidas na operação”.

Além de receberem parte dos ganhos, o investidor tem ainda a possibilidade de negociar o token no mercado secundário, na plataforma do MB. “Essa liquidez é muito importante para o investidor não se sentir amarrado ao token até o vencimento”, afirma Reinaldo Rabelo, presidente do MB, na nota.

Ainda segundo a empresa, a estruturação do token, em cooperação com a Nexto Finance e a Sapiensmind, contou com diversos cenários de retorno, utilizando o desempenho que o piloto poderá ter ao longo dos próximos anos. No mais otimista, os investidores poderiam ter um ganho de 42,54% ao ano. Já a projeção mais pessimista avalia que os detentores dos tokens poderiam ter uma perda de 5,09% ao ano.

No futebol, essa modalidade utiliza o chamado mecanismo de solidariedade da Fifa, pela qual o detentor do token recebe uma participação nas vendas de jogadores formados na base do clube emissor.

Vasco, Santos, Cruzeiro e Coritiba emitiram tokens de mecanismo de solidariedade da Fifa. Instituído em 2001, o objetivo do mecanismo é incentivar os clubes a formarem atletas. Em contrapartida, podem receber até 5% do valor total de cada transferência internacional desse jogador. Parte desse valor é repassado aos detentores dos tokens.

No ano passado, a transação entre o Paris Saint-Germain e o Al-Hilal por Neymar rendeu R$ 18 milhões que foram distribuídos aos detentores do token dos Santos, o Token da Vila (MBSANTOS01).