Fazia um tempo que não ia ao cinema. Para o desespero dos cinéfilos, confesso que prefiro assistir um filminho no conforto da minha casa. Arrisco a dizer, que esse seja disparado um dos meus programas preferidos. Só mesmo quando o filme é bom, me rendo e vou ao cinema. Nessas ocasiões, raramente me arrependo, devo admitir. Me jogo e curto o programa por completo. E vale tudo. Da comédia ao drama e tudo mais que estiver entre esses dois extremos. No começo desse mês foi uma dessas ocasiões.
Fui convidada para a pré-estreia de um documentário e o programa todo foi bem peculiar. Primeiro porque eram 10h da manhã de uma terça-feira. Não me lembro de ter ido a qualquer cinema num horário desses. Segundo, porque sai de lá convicta de que acabara de assistir a um drama – daqueles de fazer chorar qualquer a plateia – e não um documentário como tantos que já assisti na vida, dado que me senti, como brasileira contribuinte, parte integrante do elenco.
E aqui vale a definição sobre o que é um drama para a sétima arte: “Os filmes dramáticos, procuram uma resposta emotiva no público; as cenas são comoventes, com personagens que sofrem grandes problemas ou que vivem conflitos passionais. Regra geral, o drama centra-se no amor e nas suas possíveis consequências trágicas. *”
O tema não era amor, nem em conflitos passionais. Mas seus personagens certamente sofrem grandes problemas, e as consequências são pra lá de trágicas.
O filme em questão é o documentário chamado INSS: A Bomba Relógio do Brasil, idealizado e produzido pela AGF (Ações Garantem o Futuro), uma plataforma com foco de tornar a educação financeira e os investimentos em ações acessíveis a todos. Lançado oficialmente nessa semana, a produção tem o intuito de dar visibilidade a esse gargalo sistêmico que envolve o sistema previdenciário no Brasil. Ele traz a visão de especialistas sobre os desafios e complexidades enfrentados pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).
O documentário aponta questões como o descasamento entre a contribuição feita e o benefício recebido; as consequências de um sistema cheio de regras especificas que beneficiam determinados grupos e concede privilégios à poucos. Traz estatísticas e convoca para uma reflexão sobre a necessidade de reformas contínuas que respondam às mudanças da nossa sociedade.
Se você está aí pensando o que fazer nesta sexta-feira e não quer ficar horas escolhendo o que assistir no seu canal de streaming, fica a dica. Essa tragicomédia, ao melhor estilo Dantesco, está disponível gratuitamente no canal do Youtube da AGF (https://www.youtube.com/watch?v=T3YlvX6qhtM) e vai te fazer ir do paraíso ao purgatório em menos de 45 minutos.
*Fonte: site Conceito.de
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