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Por Por Paula Jacob (@pjaycob); Fotos Getty Images; Divulgação


Sempre presente na lista de mais vendidos da Amazon, a escritora brasileira Nana Pauvolih faz sucesso com seus romances eróticos. Agora, sua obra de maior sucesso, Ferida, da série Segredos, está disponível em audiobook pela Storytel. A plataforma de streaming de livros dá outra dimensão para a experiência da narrativa envolvente de Nana. “A história se torna mais vivo e palpável, mais real”, comenta a autora em entrevista à Glamour. Ferida acompanha o encontro entre Theo Falcão e Eva, jovem mulher que possui motivos o suficiente para querer se vingar da família dele. Dramas, segredos do passado, tentações e disputas ganham destaque na narração de quinze horas. A seguir, ela conta um pouco sobre o processo criativo e reflete sobre a sexualidade feminina.

Pop Art style comic book panel gossip girl whispering in ear secrets with speech bubble, rumor, word-of-mouth concept vector illustration (Foto: Getty Images/iStockphoto) — Foto: Glamour
Pop Art style comic book panel gossip girl whispering in ear secrets with speech bubble, rumor, word-of-mouth concept vector illustration (Foto: Getty Images/iStockphoto) — Foto: Glamour

O que uma história erótica pode ajudar/inspirar na vida das pessoas durante a quarentena?
Inspira muito! Tanto no sentido de levar a pessoa a outra realidade, muito mais prazerosa e longe dos problemas da vida real, quanto para distrair, criar expectativas, criar sonhos muito mais interessantes. Também ajuda a fazer emoções se tornarem mais palpáveis, assim como estimular o desejo. O romance erótico apimenta o cotidiano.

Como a experiência do audiobook pode ajudar nos livros eróticos?
É bem interessante como o audiobook leva os livros a outro patamar. Com o livro erótico vai além, pois dá vida ao personagem, ele cria voz, nuances e tons, sussurros. Excita. Se torna mais vivo e palpável, mais real. É só fechar os olhos, ouvir e mergulhar em um mundo novo que mexe com todos os sentidos.

Quais são as suas principais inspirações para escrever os livros?
Essa pergunta é muito difícil de responder. Sou uma pessoa muito observadora e sensível, tudo me inspira, me faz imaginar coisas diferentes. Pode ser um som, uma visão, algo que me contaram, uma música. Dali eu crio mundos diferentes e é natural seguir neles, sentir novas coisas, ter mais inspiração. No caso dos romances eróticos, as cenas picantes surgem como consequência dos personagens e dos enredos. Eu os sinto como parte da minha vida, escrever é natural, tanto uma cena mais dramática quanto outra mais quente.

Romance erótico de Nana Pauvolih ganha versão em audiobook (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Romance erótico de Nana Pauvolih ganha versão em audiobook (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

Como você enxerga a sexualidade feminina hoje? O que ainda pode mudar para melhor?
Eu vejo com grandes avanços, mas ainda precisa mais. As mulheres estão muito mais livres para decidirem tudo em suas vidas, inclusive o prazer. Há um tempo atrás era difícil imaginar uma mulher entrando na livraria e comprando literatura erótica. Nem tinha como achar. Hoje tem bancadas só de eróticos, lemos no metrô, em celulares, ouvimos na intimidade dos nossos fones a qualquer momento do dia. A mulher se torna mais exigente com seus desejos e com muito mais liberdade. Falta quebrar alguns preconceitos, avançar, mas estamos no caminho certo.

Quando você cria personagens para as histórias, o que você leva em conta?
Eu sempre levo em conta o que eu gosto, o que me dá prazer. Preciso querer ler o livro que estou escrevendo, nunca posso trabalhar me direcionando para os outros, ou não fica bom. Agradando muito a mim mesma, ficando satisfeita, eu sinto que posso agradar outras pessoas também. Nunca foi meu objetivo alcançar todos, mas os que se identificam com o melhor que posso dar.

Como foi para você fazer tanto sucesso com seus livros? Você esperava tudo isso?
Nunca esperei nem ao menos viver da minha escrita. Sempre pareceu um sonho. Escrevo desde os 11 anos de idade, somente para mim. Quando tive coragem de mostrar o meu trabalho em 2011, temi que ninguém gostasse. Foi uma felicidade quando vários leitores apareceram e continuam se multiplicando. Eu posso dizer que meu sonho se tornou realidade e que não trabalho um dia sequer na minha vida, não por obrigação. Eu faço o que amo, me divirto, me empenho e recebo em troca muito carinho das minhas nanetes e dos meus leitores.

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