Comportamento
 

Por Crescer online


Os primeiros anos de vida das crianças são repletos de fortes sentimentos, desafios e aprendizados para as mães, com suas dores e delícias. Apesar do amor pelo filho e da alegria por todos os momentos gratificantes que vivem juntos, a realidade vivida por muitas mulheres é de sobrecarga e invisibilidade. Em um depoimento ao site autraliano Kidspot, a mãe Sophea Manzl falou sobre a desvalorização que sente em torno do papel de mãe e todos os impactos da maternidade na rotina — o que, para ela, pode gerar um sentimento controverso.

"Algumas vezes, não gosto de ser mãe", diz Sophea Manzl  — Foto: Reprodução/Kidspot
"Algumas vezes, não gosto de ser mãe", diz Sophea Manzl — Foto: Reprodução/Kidspot

"Alguns dias, não gosto de ser mãe. Sim, eu disse isso. E, honestamente, acho que é hora de todos admitirmos", começou Sophea em seu relato. "Você chegará no trabalho atrasada, mesmo que esteja acordada desde às 4h30, após aproximadamente duas horas de sono. Mas você vai continuar com o malabarismo. Porque é isso que as mães fazem", disse em outro trecho. Abaixo, confira o desabafo dela íntegra:

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"Alguns dias, não gosto de ser mãe. Sim, eu disse isso. E, honestamente, acho que é hora de todos admitirmos.

Eu estava colocando minha filha para dormir uma noite, ela olhou para mim e disse: 'Mãe, quando eu crescer, posso, por favor, ser um pai?'. A princípio, não soube o que responder e sem pensar respondi: 'Não, querida, você não pode, mas pode ser uma mãe'. 'Mas eu não quero ser uma mãe. Eu quero ser pai'. E tudo em que consegui pensar foi: 'Eu também, querida, eu também'.

Eu queria contar a verdade para ela. Mas, em vez disso, não consegui pensar em nada para dizer.
Tudo que queria falar era: 'Sim,
é incrivelmente difícil trabalhar sendo uma mãe. Algumas vezes, eu também não quero ser'.

Existem as óbvias provações físicas. Nós geramos os bebês, literalmente drenando os nutrientes do nosso corpo por meses ou até anos. Somos cortadas, suturadas, machucadas e deixadas em pedaços. Nosso cabelo cai. Sangramos. Vazamos. Sofremos com anos de noites sem dormir.
Batalhamos contra
mudanças hormonais insanas. Nossos corpos esticam e se tornam flácidos.

Sim, querida, e isso só para citar algumas das mudanças físicas.

E não me faça entrar na carga mental. Que, em vários casos, termina em depressão pós-parto, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático pelo nascimento. Ah, e não posso esquecer de mencionar a 'culpa materna'. Você nunca vai sentir que está fazendo o suficiente. Mesmo que você segure toda a família e sua carga física, mental e cognitiva.

Você vai ser a planejadora predominante da família. Vai organizar as refeições, a limpeza e todo o resto. Não porque seu parceiro não quer ajudar, ele irá. Mas porque você será aquela que dá à luz o bebê e, então, passa a licença-maternidade em casa. Sua vida está completamente mudada, muito mais do que a do seu parceiro.

Você vai ser quem terá dificuldades de retornar ao trabalho. Que terá de descobrir como balancear querer estar com seu bebê, mas também querer voltar a trabalhar. Sua carreira vai sofrer por causa disso. Sim, você vai tentar fazer tudo. Vai tentar ser uma mulher forte e empoderada que pode dar conta de tudo. Vai retornar ao trabalho e fazer um malabarismo louco apenas para se manter no mercado e não 'ficar para trás'. Mas vai ficar mesmo assim.

Quando seu bebê estiver doente na creche, vão ligar para você primeiro. Você estará tão esgotada que vai pegar todo tipo de doença existente. O que significa que estará afastada por doença semana sim, semana não. Você chegará no trabalho atrasada, mesmo que esteja acordada desde às 4h30 , após ter aproximadamente duas horas de sono.

Mas você vai continuar com o malabarismo. Porque é isso que as mães fazem.

Ah, sim, não se preocupe, seus amigos e família vão lembrar você de 'cuidar de si mesma'. Então é provável que você compre alguns produtos de skincare ou uma máscara facial. Talvez até vá receber uma massagem. Mas isso realmente ajuda? Honestamente, ainda estou tentando descobrir o que autocuidado significa e como praticá-lo.

Então, sim, algumas vezes também não quero ser mãe, querida. É o trabalho mais difícil e desvalorizado do mundo. Claro, não disse isso a ela.

Dei uma olhada na minha filha e ela já dormia profundamente. Mas realmente me peguei me sentindo frustrada que as mães são tão incrivelmente desvalorizadas. E fui me lembrada do porquê eu realmente quero me comprometer a exaltar outras mães ao meu redor. Quero ser o melhor suporte e o ouvido mais gentil para minhas amigas que são mães. Porque, honestamente, essa m*rda é difícil."

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Além do baixo salário, as responsabilidades incluíam transportar as crianças, preparar refeições e manter a limpeza da casa. A babá também deveria estar disponível de domingo à noite até quinta-feira à noite e possuir carteira de motorista válida, veículo confiável, verificação de antecedentes limpa e certificação em Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e primeiros socorros

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