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Medicamento age rapidamente contra sintomas da depressão pós-parto (Foto: Pexels)

Novidades sobre a depressão pós-parto (Foto: Pexels)

Um estudo recente indica que as mulheres podem ter depressão e ansiedade pós-parto a qualquer momento, até três anos após o parto. Segundo os especialistas, a depressão pós-parto pode durar mais do que o esperado e começar mais tarde. “Isso é algo que sabemos e que vejo todos os dias: mulheres chegando com sintomas persistentes um ano depois do parto - ou mais - e até mais tarde”, disse Andrea Favini, psiquiatra da Allegheny Health Network, de Pittsburgh, em entrevista ao Today Parents. “É muito importante ter estudos como este para realmente mostrar que há variação e como os sintomas progridem ao longo do tempo”, completou.

A diretora do Centro de Transtornos do Humor da Mulher da Universidade da Carolina do Norte, Samantha Meltzer-Brody, concorda, mas acrescenta que o artigo não explica se os sintomas passaram despercebidos na época da gravidez e parto ou se simplesmente apareceram mais tarde. “Para algumas mulheres, o início da depressão pós-parto é provavelmente mais crônico e persistente. Mas uma das coisas que não sabemos sobre isso é quantas dessas mulheres estavam deprimidas antes da gravidez?”, questionou.

A psiquiatra Andrea Favini observa que no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5 (DSM5), o período de transtorno de humor perinatal é de apenas quatro semanas após o nascimento. Já o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas defende que o transtorno de humor pós-parto pode durar ou começar a qualquer momento até um ano após o nascimento. Mas a especialista diz que mesmo em estágios posteriores, algumas mães sentem uma tremenda culpa quando experimentam os sintomas mais tarde. “Mulheres que buscam tratamento um pouco mais tarde ou seus sintomas apareceram quase dois anos após o parto não acreditam que possa ser depressão pós-parto. É muito válido ter uma definição mais ampla do período perinatal”, disse.

As descobertas podem ajudar mulheres e médicos a entenderem melhor como a gravidez afeta os transtornos de humor no longo prazo. “A força do estudo é que você tem 5 mil mulheres rastreadas ao longo do tempo e o que ele sugere é que certamente a experiência de ser mãe durante aqueles poucos anos após o parto é um desafio. Devíamos dar mais apoio às mulheres e mães", finalizou Samantha.