Saborosa e nutritiva, a uva é um alimento muito presente na alimentação brasileira. Mas, será que o consumo dessa fruta é liberado na gravidez? Segundo a nutricionista Alice Coca, do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (SP), a gestante pode, sim, comer essa fruta, sem problemas, mas com alguns cuidados.
No caso das gestantes com diabetes gestacional, é preciso ter atenção à quantidade. “É recomendado apenas três porções de frutas ao dia e nunca mais de uma porção no mesmo horário. A uva contém frutose como qualquer outra fruta, por isso, a recomendação se mantém a mesma como para qualquer outra”, afirma a especialista. Já, se a gestante não tiver diabetes gestacional, é possível aumentar de três porções de frutas ao dia para até cinco, de forma espaçada.
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Consumida com cautela, a uva oferece benefícios tanto para o desenvolvimento do bebê quanto para a saúde da mãe, tornando-se uma poderosa aliada. Entre suas substâncias se destaca o resveratrol, um fitonutriente presente em plantas conhecido por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, prevenindo doenças como o câncer.
Quais são as melhores frutas para comer na gravidez?
Na medida certa, as frutas são recomendadas para as gestantes porque possuem concentração elevada de água, carboidratos, vitaminas e sais minerais. Muitas grávidas relatam uma preferência pelas versões mais ácidas, como abacaxi ou tangerina. “O que acontece é uma mudança da acidez da saliva e um aumento das papilas gustativas, que ficam na língua. O paladar da mulher fica alterado e, em geral, ela busca alimentos que causam o aumento da salivação. Quanto mais saliva ela tiver e quanto mais ácido ela ingerir, mais facilidade ela vai ter para fazer a digestão”, esclarece o obstetra Alberto D’Auria.
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O abacaxi, por exemplo, parece bem mais ácido no paladar do que ele verdadeiramente é. Por outro lado, por ter uma boa quantidade de fibras, tem digestão fácil, diminuindo a absorção de gorduras em até 30%. Frutas ricas em vitamina C, como a laranja e o kiwi, auxiliam na na absorção do ferro. Por isso, ao comer carne, feijão ou outros alimentos ricos nesse nutriente, combine a refeição com uma fruta que contenha a vitamina. Assim, os benefícios são potencializados.
Já para quem precisa reforçar a hidratação, a melancia é uma ótima opção. A fruta possui vários minerais importantes, mas se destaca pela grande quantidade de água e, por isso, tem baixo teor calórico. O abacate, ao contrário, tem mais calorias, mas isso não significa que ele deve ser banido do cardápio. Quando consumido com moderação, ele pode trazer benefícios – principalmente no final da gestação. “Ele tem um índice grande de magnésio e, por isso, pode ajudar nas cãibras, na fadiga e no cansaço”, explica Bottini.
