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Por Amanda Moraes


Para a cantora Karinah, 41, de Curitiba (PR), a jornada da maternidade foi essencial para a carreira dela como artista. Mãe de quatro — Eduardo, 25, Sara, 20, e os gêmeos Lilian e Gerd, 5 —, ela sente que os filhos são a sua inspiração. “Meus filhos são a minha base. Eles trazem a emoção para a minha música. Dentro do estúdio, é solitário, não tem ninguém. Tem que ter alguma coisa que traz um sentimento diferente. São as memórias com os filhos que fazem isso”, diz Karinah, em entrevista exclusiva à CRESCER.

Karinah e seus filhos — Foto: Arquivo pessoal
Karinah e seus filhos — Foto: Arquivo pessoal

A boa relação dela com as crianças fez toda a diferença na sua trajetória. “Os meus filhos têm um impacto muito grande na minha vida, tanto na parte artística quanto na minha construção pessoal. É muito inspirador para mim. Tudo que eu faço, tudo que eu batalho e vivo hoje é por eles”, afirma.

Por isso, o maior objetivo de Karinah é ser um exemplo para os filhos. “É por eles que eu procuro fazer uma boa entrega. Seja um ato de amor, seja uma ação solidária, seja uma música bonita… Temos que ter dentro do nosso coração que nós, mães, seremos referência para os nossos filhos”, destaca.

As dores e delícias da maternidade

Desde pequena, a artista sempre quis ser mãe. “Quando eu era criança, minha mãe teve mais três filhos depois de mim, por isso, na adolescência, eu ajudei a cuidar do meu irmão mais novo. Vendo o cuidado da minha mãe comigo e com os meus irmãos aguçou em mim essa coisa maternal. Foi ali que senti o gostinho de ser mãe”, afirma. Não demorou para ela realizar este desejo, aos 16 anos, ela engravidou do primeiro filho, Eduardo.

“Eu sempre fui muito namoradeira e acabei sendo mãe bem cedo. Apesar de ter uma conexão muito forte com a minha mãe, a gente não falava sobre assuntos mais íntimos, isso é algo que eu procuro ser muito aberta com as minhas filhas”, relata. No início, não foi nada fácil lidar com a gravidez. “Eu via minhas amigas curtindo a vida e eu em casa me preparando para ser mãe. Também deixei de fazer a minha faculdade de música em Curitiba, que era um grande sonho meu. Eu tive que amadurecer muito cedo”, lembra.

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Mas, felizmente, sempre recebeu muito apoio da família, o que a ajudou a entrar na maternidade de uma forma mais tranquila. “Foi tudo muito acolhedor. Só depois que eu compreendi porque aquilo aconteceu naquele momento. Ser mãe me fortaleceu muito para outras coisas que estavam por vir, principalmente na minha carreira. Meu filho sempre foi meu porto seguro. É a sensação de que você nunca vai estar sozinha nessa vida”, destaca.

Karinah seguiu com sua carreira como cantora, sempre com o primogênito, Eduardo, ao seu lado. Mas, aos 22 anos, teve mais uma surpresa: engravidou da sua segunda filha, Sara. “Eu não conseguia acreditar. Dois filhos e eu muito jovem. Mas na minha família as mulheres sempre foram de ter muitos filhos e sempre foram guerreiras e independentes”, diz.

Com a nova gestação, ela também recebeu o apoio da família e conseguiu continuar trabalhando. “Colocava a criança no colo, do lado da barriga, e ia. Dava de mamar, estudava, fazia shows, trabalhava na rádio, tudo com o filho nos braços. Eu acho que nasci para esse negócio da maternidade, sempre foi uma delícia para mim ser mãe, mesmo com todos os desafios”, garante.

Karinah com família — Foto: Arquivo pessoal
Karinah com família — Foto: Arquivo pessoal

Lilian e Gerd

Os anos foram se passando, as crianças foram crescendo e a carreira de Karinah como cantora foi se consolidando. Aos 35, ela engravidou novamente, dessa vez dos gêmeos Lilian e Gerd. “Foi uma gravidez um pouquinho mais planejada. Eu estava fazendo tratamento para congelar óvulos. Mas não consegui me segurar no prazo que a médica me pediu. Quando eu vi, já não estava mais conseguindo tomar minha champanhe”, brinca.

Infelizmente, esta gestação teve algumas complicações. “Eu tive descolamento no início, tive que fazer uma série de acompanhamentos. Passei a gestação quase toda em repouso”, recorda. No meio da gravidez, os médicos também suspeitaram que um dos bebês, o Gerd, tinha uma anomalia linfática. Devido às complicações, os bebês nasceram prematuros.

Depois do parto, descobrimos realmente que ele tinha uma imperfeição nos vasos linfáticos. Conseguimos fazer todo o acompanhamento depois que ele nasceu, até hoje ele faz esse tratamento”, explica. No meio da pandemia, outra preocupação surgiu quando Karinah percebeu que o filho já tinha quase 3 anos e ainda tinha dificuldades para falar.

“Primeiro, investigamos a parte auditiva e toda a estrutura da face para ver se não era alguma deficiência. Mas não havia nada. Nós conseguimos levá-lo para fazer mais exames, pegamos um bom neurologista e descobrimos que ele é uma criança autista”, relata. Com isso, além do tratamento para a condição linfática, Gerd também faz outras terapias. “Ele não é um grau de autismo severo, mas precisa fazer fonoaudiologia para lidar com sua dificuldade de fala. Ele também faz fisioterapia, porque ele anda na pontinha do pé, que é uma característica do autismo”, conta.

Com estes acompanhamentos, Gerd está crescendo e se desenvolvendo bem ao lado dos irmãos. “Acima de tudo, ele é uma criança amorosa. Eu sempre disse para minha mãe que, independentemente do que acontecer, um dia eu vou adotar uma criança especial, porque elas são as primeiras que são excluídas de uma família ou escondidas da sociedade. Então, eu tinha isso no meu coração e Deus me mandou um anjo. Isso, para mim, é algo muito especial”, salienta.

Karinah com Lilian e Gerd — Foto: Arquivo pessoal
Karinah com Lilian e Gerd — Foto: Arquivo pessoal

‘Ser mãe é um aprendizado constante’

Karinah diz que procura sempre ter um diálogo aberto com os filhos e tem uma boa relação com todos. “Eu levei minha filha num bom ginecologista. Conversei com os meus filhos sobre o amor na adolescência. Hoje, vejo que tudo que aconteceu comigo poderia ter sido diferente. Eu procurei resgatar o que faltou da minha infância e trazer para a educação dos meus filhos”, reforça.

Para ela, o mais importante é encontrar o equilíbrio entre ensinar sobre limites, mas sem ser autoritária, o que é algo que precisa ser exercitado sempre. “Ser mãe é um aprendizado constante. É algo que você enfrenta todos os dias da sua vida. Ser mãe é algo sublime mesmo. Você carrega no seu sorriso a força, a alegria e a vontade”, finaliza.

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