Saúde
 

Por Crescer online


Um dos maiores medos dos pais, quando percebem que uma criança está com febre, é a convulsão. Foi exatamente o que aconteceu com o pequeno Mason, 2 anos, no dia 20 de dezembro do ano passado. Em entrevista à People, sua mãe, Lindsay Miller, contou que ele teve febre e os pais o levaram ao hospital, porque ele também respirava com dificuldade. “Era inverno, era dezembro de 2022, e eu sabia que VSR, gripe, covid-19 estavam por aí”, diz ela, que é de Oklahoma, nos Estados Unidos.

Mason e sua mãe, pouco tempo antes de ele morrer, de repente, enquanto dormia — Foto: Reprodução/ People
Mason e sua mãe, pouco tempo antes de ele morrer, de repente, enquanto dormia — Foto: Reprodução/ People

“Eram apenas sintomas normais. Ele estava com calor e percebeu que não se sentia bem, mas não havia nada realmente sério”, lembra Lindsay. “Fomos ao hospital e eles fizeram todos os exames e tudo parecia bem, e apenas disseram que ele tinha uma infecção dupla no ouvido, receitaram-nos antibióticos e tivemos alta”, conta a mãe, que também tem uma filha adolescente, Emery, e espera um bebê, que deve chegar em janeiro. Segundo ela, Mason nem parecia doente e estava correndo e brincando. “Todos comentavam sobre como ele estava feliz e como isso realmente não parecia estar o afetando”, afirma.

Porém, cinco minutos depois de a família ter deixado o hospital, o cenário mudou e o menino de 2 anos teve sua primeira convulsão. A mãe conta que o menino estava no carrinho e não fez nenhum barulho. Ela simplesmente olhou e viu que ele estava no meio de uma convulsão. “O rosto dele ficou roxo”, lembra. Como eles ainda estavam de saída, no saguão do pronto-socorro, ela imediatamente o pegou no colo e o levou de volta para uma sala, onde todos entraram correndo. O médico perguntou por que ele estava lá antes e ela disse que ele tinha febre e sintomas respiratórios. Então, o profissional tranquilizou a família, dizendo que, provavelmente, era apenas uma convulsão por conta da febre e que era algo comum em crianças na idade dele. Apesar disso, a mãe não estava nada tranquila. “Eu estava em pânico. Foi extremamente traumatizante ver isso acontecer do nada”, detalha.

Então, eles ficaram mais algum tempo no hospital, enquanto o pequeno era monitorado. Depois de um período, foram orientados a ver o pediatra da criança no dia seguinte e liberados, de novo, para ir para casa.

“Antes, eles fizeram alguns exames e tudo estava normal. Disseram que isso era comum e que não era fatal", ressalta. “O pediatra disse para ficaríamos de olho em Mason para ver se ele tinha mais convulsões, para ter certeza de que não evoluiria para algo mais grave, como epilepsia”, diz Lindsay.

“O pediatra nos disse: 'Sim, eu sei que é assustador, mas pode acontecer. Algumas crianças são mais sensíveis à febre do que outras e ele deve ficar bem. Não faremos nenhum outro teste, nem nada, até vermos se ele começará a ter mais problemas com convulsões no futuro’”, lembra a mãe.

Mason com os pais, Jeremy e Lindsay — Foto: Reprodução/ People
Mason com os pais, Jeremy e Lindsay — Foto: Reprodução/ People

No mês seguinte, de fato, Mason ficou bem. “Não temos absolutamente nenhum histórico familiar de convulsões febris ou epilepsia ou qualquer tipo de convulsão”, explica ela. “Nunca aconteceu nada parecido com minha filha. Então foi extremamente assustador e surgiu do nada”, explica.

Então, depois do que parecia ter sido um dia totalmente normal, um mês depois daquela primeira convulsão, Lindsay colocou o filho para dormir, como fazia sempre. "Saí do trabalho e ele estava brincando com nossos cachorros. Então, na hora de dormir e eu o coloquei na cama, disse que o amava e dei boa noite”, relata. “Voltei para dar uma olhada e ele estava quase adormecendo, mas, quando entrei, isso meio que o despertou um pouco. Então, ele olhou para mim por cima do ombro e eu fechei a porta. Não queria acordá-lo completamente. Então, saí e disse para o meu marido que ele tinha se acalmado e que ia dormir”, conta.

“Fui ver como ele estava uma segunda vez e estava escuro. Apontei minha lanterna para ele e pensei comigo mesma: não tem como ele não estar respirando”, lembra. "Então, apontei a luz para o rosto dele e vi que ele estava de bruços na cama e tinha vomitado”, diz. Nesse momento, a mãe se desesperou.

“Eu simplesmente o agarrei e perdi a cabeça. Comecei a gritar porque meu marido e nossa filha estavam lá e viram tudo. De alguma forma, liguei para a emergência, enquanto corria com ele pela casa. Eles me perguntavam se ele tinha pulso e eu realmente não sabia dizer porque meu coração estava batendo tão rápido que, quando encostei no pescoço dele, eu disse: 'Acho que sinto alguma coisa'. Mas meu marido só falava: 'Ele está morto. Ele está morto'. E eu estava implorando para ele parar de dizer isso, e minha filha estava surtando”, conta, sobre o momento em que tudo aconteceu.

A mãe ainda tentou fazer manobras de ressuscitação cardiorrespiratória até a emergência chegar. Então, o garotinho foi levado ao hospital, onde “tentaram reanimá-lo por provavelmente uma ou duas horas”. Enquanto Mason foi levado, Lindsay e seu marido, Jeremy, tiveram que ficar em casa para falar com a polícia. “Quando finalmente nos deixaram ir para o hospital, fomos informados de que eles não conseguiram recuperar os batimentos cardíacos e que precisávamos ligar para eles para que pudessem interromper as tentativas”, relata, emocionada. “E isso foi horrível por si só, porque como você diz a eles para pararem de trabalhar com seu filho?”, questiona.

“Tivemos que ficar um pouco no hospital porque o médico legista viria e eles teriam que nos entrevistar. Foi uma entrevista de mais de uma hora sobre o histórico médico de Mason, o que foi extremamente difícil porque eles estavam falando sobre ele em termos atuais, 'Mason tem alguma alergia? Mason tem algum atraso?'”, recorda-se.

Em choque, a mãe esperava por respostas. "Ninguém nos disse no hospital que quando ele chegou estava com febre. Ninguém nos contou nada. Eu ficava repetindo: 'Ele não estava doente, não havia nada de errado com ele. Eu apenas o coloquei para dormir. Não entendo’. E eles continuavam dizendo: 'Teremos apenas que esperar até a autópsia e a investigação'. Ninguém nos disse que ele estava com febre. Se eles tivessem me dito isso, talvez eu somasse dois mais dois e percebesse que isso estava relacionado à convulsão febril novamente”, lembra.

Foi só muito tempo depois que a família finalmente obteve algumas respostas. “Durante cinco meses, não tínhamos ideia da causa da morte dele”, diz ela. "Foi tão repentino e inesperado. Não tínhamos ideia. Foi algo que fizemos que causou isso? Houve algo que perdemos? Não sabíamos. E essa foi provavelmente a parte mais difícil de tudo isso”, relata.

“Quando os resultados dos exames do médico legista chegaram fomos informados de que nosso filho faleceu devido a algo que os médicos tinham nos dito que era algo comum e que não precisávamos nos preocupar”, afirma. "Não fazia sentido. A causa da morte era 'complicações de suposta convulsão febril' com um vírus comum na infância como fator contribuinte (coronavírus HKU1). Mason estava com febre e um vírus comum no momento da morte, mas, por outro lado, estava completamente saudável de acordo com os resultados da autópsia", acrescenta.

“Ficamos arrasados ​​com os resultados”, diz Lindsay. "Foi doloroso e deixou muitas perguntas sem resposta. Nos disseram que esse tipo de convulsão era benigna e que ele acabaria superando. Começamos a fazer nossa própria pesquisa e encontramos estudos sobre convulsões febris e sua relação com a morte súbita inexplicável na infância. ... Isso nos levou à Fundação Sudden Unexpected Death in Child (SUDC) e eles desempenharam um papel importante em nossa jornada de luto desde a morte de Mason", diz a mãe.

“Eu queria compartilhar a história de Mason para divulgar a morte súbita infantil, bem como ajudar outras famílias que passaram por uma perda semelhante à nossa a se conectarem à fundação”, explica. Ainda assim, Miller diz que se sentiu “em conflito” ao compartilhar a história de Mason, pois “o que aconteceu com ele foi raro”. “Muitas crianças vão ter convulsões febris e ficarão perfeitamente bem e normais e vão crescer, sem problemas. E há famílias por aí em que esse não é o caso”, afirma.

“Se eu pudesse fazer algo diferente, talvez tivesse tentado aumentar o monitoramento do meu filho após a primeira convulsão. Eu simplesmente não sabia. Nunca tinha ouvido falar de algo assim”, acrescenta. “Se eu tivesse visto um vídeo como esse no TikTok, isso poderia ter me feito pensar sobre os diferentes tipos de monitores que você pode usar em uma criança. Se eu pudesse ajudar a salvar a vida de qualquer criança para que ela não tivesse que passar por isso, isso seria algo enorme", diz.

Enquanto espera a chegada do novo bebê, a mãe admite que há “muita ansiedade”, mas está “esperançosa”. Ela também observa que eles planejam homenagear Mason usando parte de seu nome como nome do meio do bebê. “Estamos entusiasmados, mas é uma sensação agridoce saber que nossa família nunca mais se sentirá totalmente completa”, ela compartilha. “Mason era uma criança linda e especial e sua memória vive em nossos corações”, finaliza.

O que é morte súbita?

Quem nunca foi checar se o filho estava respirando durante a noite com medo da síndrome da morte súbita? Para aqueles que não estão familiarizados, o termo é utilizado para descrever uma morte na infância que não pode ser explicada depois de investigações, tanto da cena (local onde o bebê dormia), autópsia e revisão da história clínica da criança.

Os motivos por trás da morte súbita ainda são um mistério, porém, os pesquisadores estão cada vez mais se aproximando dos fatores de risco e mecanismos que contribuem para esse tipo de falecimento repentino, que costuma ocorrer durante o sono do bebê. Em geral, na comunidade médica, os especialistas apontam três fatores possíveis para esse desfecho trágico: primeiro, o bebê está em um estágio crítico de desenvolvimento durante o primeiro ano de vida. Em segundo lugar, a criança ser exposta a um estressor, como dormir de bruços — o que pode diminuir a quantidade de oxigênio no sangue e aumentar o nível de dióxido de carbono. E, por fim, o bebê ter uma anormalidade subjacente que dificulta a sobrevivência.

Embora as causas da morte súbita sejam um mistério, é possível proteger as crianças com algumas atitudes rotineiras. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, recomenda que os pais coloquem os bebês dormindo de barriga para cima o tempo todo. A área de dormir do pequeno também deve ser firme, plana e livre de brinquedos macios e roupas de cama, como cobertores, travesseiros e almofadas. As orientações incluem, ainda, não cobrir a cabeça do bebê durante o sono e manter a criança no quarto dos pais até os seis meses de idade.

Assista ao vídeo abaixo (se não conseguir visualizar, clique aqui):

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