Saúde
 

Por Crescer


A história da bebê britânica de oito meses Indi Gregory ganhou muita repercussão na imprensa nos últimos dias. A pequena faleceu na madrugada do dia 13 de novembro nos braços de sua mãe, após a retirada do suporte de vida, encerrando uma prolongada batalha judicial. Em entrevista ao tabloide inglês Mirror no último sábado (18), o pai da menina, Dean Gregory, revelou como foram os momentos finais da filha, que morreu após uma dura luta contra uma doença mitocondrial incurável, que impedia a produção adequada de energia nas mitocôndrias de suas células.

Segundo o pai, a bebê faleceu ouvindo seu ursinho musical favorito. Emocionado, ele lembra que a bebê deu seu último suspiro enquanto estava deitada nos braços de sua mãe Claire à 1h45 - menos de 48 horas depois que seu aparelho de suporte de vida foi removido.

Indi Gregory — Foto: Reprodução Mirror
Indi Gregory — Foto: Reprodução Mirror

As três irmãs já tinham se despedido e a pequena passou a noite ao lado do pai e da mãe Claire Staniforth. “Seu pequeno cordeirinho musical e Toniebox [caixa de som] estavam tocando. As meninas puderam abraçá-la, beijá-la e deitar na cama, o que nunca tínhamos conseguido fazer antes. Claire e eu conseguimos segurá-la várias vezes e ela teve algumas horas de estabilidade. Não saímos do lado dela — um de nós ia comer e o outro ficava. Nós simplesmente não podíamos suportar deixá-la, só por precaução", Dean relatou.

Segundo os pais, a bebê aparentou estar sofrendo em seus últimos momentos. "Nas semanas anteriores, ela estava calma e relaxada e não parecia estar sentindo dor alguma - mas tudo mudou depois que o suporte de vida foi desligado", revelou Dean. "No último dia dela, ela estava em uma dor intensa. O estômago dela se contraía por alguns segundos de cada vez. Ela sofreu. Foi horrível assistir. Depois que ela se foi, nem conseguíamos suportar tirar a máscara do ventilador porque ver o rosto dela teria nos traumatizado ainda mais. Fico feliz que a Claire teve a coragem de segurar a Indi, pois eu não consegui fazer isso... Eu continuava conectando o monitor cardíaco na esperança de ver um sinal. Mas depois que ela faleceu, demos um beijo nela e dissemos que a amávamos."

A irmã se despedindo de Indi — Foto: Reprodução Mirror
A irmã se despedindo de Indi — Foto: Reprodução Mirror

Dois dia antes, a bebê tinha sido transferida do hospital Queen’s Medical Centre em Nottingham, na Inglaterra, para uma casa de cuidados paliativos. Isso porque o juiz determinou que os aparelhos não poderiam ser desligados na casa da família, em Derbyshire.

A morte da bebê marcou o fim da longa batalha da família para reverter a decisão de limitar o tratamento da pequena. Os pais chegaram a recorrer ao governo italiano que concedeu cidadania italiana para Indi ser levada para um hospital pediátrico em Bambino Gesu, em Roma. No entanto, os médicos ingleses insistiram que não seria bom prolongar o sofrimento da bebê.

O caso da menina também chamou a atenção do Papa Franscisco que descreveu a bebê como: "um ser humano inocente e frágil, que em seu silêncio só pedia amor, relacionamento e cuidado". A ministra italiana, Giorgia Meloni, também acrescentou que seu país tinha feito "tudo o que podia", mas "infelizmente não foi o suficiente". Sobre a oferta do governo italiano de pagar pelo funeral de Indi, Dean destacou: "É incrível. Isso me emociona, mas também me entristece, já que você questiona o que este país [Inglaterra] fez para ajudar. A resposta é nada."

Relembre o caso de Indi

Indi tinha uma doença mitocondrial, que impede que as células do corpo produzam energia. Os médicos do NHS, o sistema público de saúde do Reino Unido, disseram que a enfermidade não tinha cura. A pequena também sofria de outros problemas médicos, como um buraco no coração, e passou por operações no intestino e no crânio para drenar líquidos logo depois de nascer, em fevereiro. Especialistas disseram que ela estava morrendo e que não existia um tratamento eficaz para a condição genética que ela possuía.

Em outubro, na audiência do Tribunal de Recurso, os pais da bebê alegaram que a profundidade do inquérito realizado pelo juiz não tinha sido adequada. Eles também argumentaram que o julgamento foi “processualmente injusto” e disseram que o juiz se recusou a dar a eles uma “oportunidade efetiva” de conseguirem suas próprias provas médicas especializadas. A conclusão da Justiça, no entanto, foi de que os pais não tinham um caso discutível e que não há “perspectiva real” para eles ganharem algum recurso.

Na sua decisão escrita no início deste mês, o juiz disse: "Com o coração pesado, cheguei à conclusão de que os encargos do tratamento invasivo [de Indi] superam os benefícios. Em suma, a dor significativa sentida por esta adorável menina não se justifica quando ela enfrenta um conjunto de condições incuráveis, uma vida muito curta, nenhuma perspectiva de recuperação e, na melhor das hipóteses, um envolvimento mínimo com o mundo ao seu redor." Ele acrescentou: "Na minha opinião, depois de pesar todas as considerações concorrentes, os melhores interesses dela serão atendidos ao permitir que o hospital retire o tratamento invasivo. Sei que isso será um duro golpe para os pais".

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