Saúde
 

Por Crescer Online


Ter um bebê em casa exige uma série de cuidados e uma vigilância atenta a possíveis anormalidades, o que deixa os pais bem apreensivos. Quem nunca foi checar se o filho estava respirando durante a noite com medo da síndrome da morte súbita? Para aqueles que não estão familiarizados, o termo é utilizado para descrever uma morte na infância que não pode ser explicada depois de investigações, tanto da cena (local onde o bebê dormia), autópsia e revisão da história clínica da criança.

Os motivos por trás da morte súbita ainda são um mistério, porém, os pesquisadores estão cada vez mais se aproximando dos fatores de risco e mecanismos que contribuem para esse tipo de falecimento repentino, que costuma ocorrer durante o sono do bebê. Em geral, na comunidade médica, os especialistas apontam três fatores possíveis para esse desfecho trágico: primeiro, o bebê está em um estágio crítico de desenvolvimento durante o primeiro ano de vida. Em segundo lugar, a criança ser exposta a um estressor, como dormir de bruços — o que pode diminuir a quantidade de oxigênio no sangue e aumentar o nível de dióxido de carbono. E, por fim, o bebê ter uma anormalidade subjacente que dificulta a sobrevivência.

Morte súbita pode estar relacionada com receptor cerebral específico — Foto:  Thinkstock
Morte súbita pode estar relacionada com receptor cerebral específico — Foto: Thinkstock

Publicado no dia 25 de maio, no Journal of Neuropathology & Experimental Neurology, um estudo trouxe novas evidências sobre as possíveis causas da morte súbita, informou o site americano Today Parents. Pesquisadores de dois hospitais infantis, em Boston e em San Diego, nos Estados Unidos, apontaram que um receptor cerebral específico, provavelmente envolvido na respiração dos bebês, tinha alterações em alguns pacientes que morreram de morte súbita. Esse receptor está associado à serotonina, neurotransmissor que desempenha um papel importante na regulação de funções involuntárias do corpo, como frequência cardíaca, respiração e pressão arterial.

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Com o objetivo de avaliar melhor a condição, os pesquisadores que lideraram o trabalho examinaram o tecido cerebral de 58 bebês que tiveram morte súbita entre 2004 e 2011 e, depois, compararam essas amostras com o tecido cerebral de 12 bebês que morreram de outras causas, como pneumonia ou doença cardíaca. Os resultados indicaram que as vítimas de morte súbita eram mais propensas a ter uma versão alterada do receptor cerebral relacionado à serotonina do que os casos do grupo controle.

Segundo Robin Haynes, principal autora do estudo e pesquisadora do Hospital Infantil de Boston, os bebês normalmente têm uma resposta protetora que os levam a buscar por ar quando não recebem oxigênio suficiente durante o sono. “Eles despertam e passam pelo que é chamado de autorressuscitação, onde a respiração começa”, disse a especialista. Em um caso de morte súbita, essa resposta pode não entrar em ação, talvez por causa do receptor cerebral alterado. Se um bebê não conseguir restaurar a respiração e a frequência cardíaca, o fluxo sanguíneo e o suprimento de oxigênio podem ser prejudicados.

O estudo

Os pesquisadores de Boston que lideram o estudo vêm investigando a relação entre morte súbita e serotonina por cerca de três décadas. Durante esse período, os cientistas publicaram vários artigos com base nas análises de amostras de tecido cerebral. No entanto, os cientistas admitem que é difícil fazer inferências fortes sobre possíveis causas ou fatores de riscos para a morte súbita, pois a amostra ainda é muito pequena.

De acordo com Debra Weese-Mayer, médica do Hospital de Chicago (EUA), é provável que a genética também afete a vulnerabilidade de uma criança à morte súbita. Outro fator também podem ser as infecções que os bebês contraem no início da vida, segundo Michelle Caraballo, pneumologista pediátrica de uma rede de hospitais infantis no norte do Texas. “As taxas de morte súbita são mais altas no inverno. É quando vemos as taxas mais altas de infecções virais em bebês”, afirmou a médica.

Como os pais podem reduzir o risco da morte súbita

Não existem testes para revelar se um bebê tem uma predisposição à morte súbita. Dessa forma, como nenhuma causa é confirmada, não há tratamentos para diminuir o risco de uma criança morrer subitamente. Mas a autora do estudo revelou que os pesquisadores não desistiram dessa perspectiva. “Depois de identificar uma criança com uma anormalidade específica, o objetivo um dia é fazer uma terapia preventiva”, ressaltou.

Embora as causas da morte súbita sejam um mistério, é possível proteger as crianças com algumas atitudes rotineiras. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, recomenda que os pais coloquem os bebês dormindo de barriga para cima o tempo todo. A área de dormir do pequeno também deve ser firme, plana e livre de brinquedos macios e roupas de cama, como cobertores, travesseiros e almofadas. As orientações incluem, ainda, não cobrir a cabeça do bebê durante o sono e manter a criança no quarto dos pais até os seis meses de idade.

Pesquisas já mostraram também que a amamentação reduz o risco de morte súbita, enquanto o uso de álcool ou tabaco durante a gravidez pode aumentar o risco. “Queremos que as pessoas sigam as diretrizes de sono seguro tanto quanto possível”, destacou a pneumologista Michelle Caraballo. "O mais assustador é que é possível fazer tudo certo e o bebê ainda morrer. No final das contas, não sabemos a causa exata da morte na maioria dos casos”, finalizou.

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