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Por Silvia Rosa — São Paulo


Em um cenário macroeconômico menos favorável para investimento em capital de risco, com juros mais altos e menor liquidez, não está fácil manter uma gestora de private equity em operação no Brasil. Ao longo dos últimos 10 anos, o número de instituições em atividade no país caiu de 54 para 29 e atingiu o menor nível em duas décadas, conforme aponta um relatório da Moody’s que toma como base um estudo elaborado pela gestora Spectra Investments em conjunto com o Insper.

Das 29 que terminaram o ano passado ainda ativas, 19 eram de investidores brasileiros e 10, de estrangeiros. Só em 2022, foram três a menos na lista geral, todas locais. Naturalmente, o volume de recursos em caixa dos fundos também caiu, saindo de R$ 26,9 bilhões em 2016 para R$ 17,4 bilhões ao final do ano passado.

Brasil tem hoje 29 gestoras de private equity em atividade, segundo relatório da Moody's — Foto: Unplash
Brasil tem hoje 29 gestoras de private equity em atividade, segundo relatório da Moody's — Foto: Unplash

Em busca de novos bolsos para repor a retração dos investidores tradicionais de private equity, algumas gestoras têm procurado captar recursos no segmento do varejo qualificado, que abrange investidores com no mínimo R$ 1 milhão investidos no mercado financeiro.

A XP Asset, por exemplo, já levantou dois fundos de private equity (XP Private Equity I FIP Multiestratégia e XP Private Equity II FIP Multiestratégia), sendo o segundo captado em março, no montante total de R$ 1,67 bilhão, e que contou com 16 mil cotistas aplicando a partir de R$ 25 mil.

Outro caso foi o da Aqua Capital, gestora focada em agronegócio e alimentos, que tem cerca de 20% dos seus R$ 2,5 bilhões captados com investidores desse perfil, segundo a Moody’s. A maior parte dos fundos (85%) é de portfólios multiestratégia, seguidos pelos veículos de investimento em infraestrutura (8%), empresas emergentes (4%) e capital semente (3%).

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