Os australianos já não conseguem mais encontrar com tanta facilidade um alimento básico do café da manhã: o ovo. Passando por um surto de gripe aviária há pouco mais de um mês, o país teve de sacrificar cerca de 1 milhão de galinhas poedeiras (aquelas destinadas exclusivamente à produção de ovos), o equivalente a 10% do total em criação, para poder limitar a propagação da doença.
A escassez de ovos chegou a tal ponto que o McDonald's precisou reduzir o horário em que serve o seu café da manhã. Antes, o serviço ficava disponível até 12h. Agora, está sendo encerrado às 10h30. A companhia afirma que a decisão foi tomada "devido aos atuais desafios da indústria" e que ainda não há uma previsão de retorno à programação normal.
Entre os supermercados com operação local, nomes como Coles e Woolworths também relataram que foram afetados pelo surto, segundo informações da CNBC. As redes estão impondo um limite de duas caixas de ovos por consumidor. O próprio governo australiano tem incentivado os consumidores a comprarem ovos apenas por necessidade, e sem fazer compras por pânico.
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A primeira detecção de gripe aviária na Austrália foi confirmada no dia 22 de maio de 2024 em uma granja próxima de Meredith, no Golden Plains Shire, no estado de Victoria. Até o momento, de acordo com governo, 11 granjas foram atingidas com cepas de alta patogenicidade (HPAI) H7, oito em Victoria, duas em Nova Gales do Sul e uma no Território da Capital Australiana.
Em seu site, o governo australiano afirma que vírus está sendo "contido com sucesso", mas ressalta que ainda existe a possibilidade de ter uma interrupção no fornecimento, impactando os setores de varejo, manufatura e hospitais. Até o momento, não foi identificada a variante H5N1 que é responsável pelo surto em vacas leiteiras nos Estados Unidos.
