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Por Flávia Bezerra


No Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado nesta quinta, 10.10, tudo o que queremos é: manter a saúde mental em dia. Ah, tá! Mas como? É o que as psicanalistas Renata Bento, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, e Marena Petra, psicóloga da Clínica Penchel, ensinam abaixo:


1. Lembre-se: você não é uma máquina...
... nem a Mulher-Maravilha. Então, não, você não dará conta de tudo – e está tudo bem! “A nossa mente não dá conta de processar tudo o que ocorre a nossa volta na mesma velocidade da tecnologia. Somos humanos e gente é diferente de máquina. Gente tem um mundo de emoções e sentimentos e que, se não observados e respeitados, podem gerar sintomas físicos decorrentes de uma estafa mental e comprometer a produtividade”, diz Renata. Ou seja: não se cobre tanto, miga.

2. Respeite os seus limites
Você não é uma máquina, nem a Mulher-Maravilha, nem tem que ser perfeita em tudo. Se conhecer e reconhecer seus limites (pessoais e profissionais) é “A” chave, segundo Renata, para o equilíbrio emocional: “É muito importante conhecer os gatilhos que te desiquilibram emocionalmente e, assim, saber até onde você pode avançar, recuar e/ou delegar”. Marena ainda complementa: “Trabalhar sempre no limite do que faz mal para você, pode, sim, colocar sua saúde em risco, te fazendo adoecer devido à cobrança e pressão externa e interna”.

Como vai a sua saúde mental? (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
Como vai a sua saúde mental? (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour


3. Saiba que ninguém é bom em tudo
Repita isso até gravar e, se preciso, tatue na pele: ninguém é bom em tudo. “Aceitar as limitações e entender que não somos excelentes em tudo é a saída para se cobrar menos e gerar menos frustrações”, aconselha Marena.

4. Não tenha medo de delegar
E nem de pedir ajuda quando achar necessário. “Vejo muitas mulheres no consultório dizendo que precisam ser perfeitas em todos os setores da vida. Porém, no fundo, estão totalmente estafadas e infelizes por nunca atenderem a uma expectativa utópica. É preciso entender que não dá para dar conta de tudo e que, sim, as vezes precisamos de ajuda”, explica Renata.

5. Autocobrança? Esquece isso, miga!
Esqueça também a crítica excessiva, a culpa, o perfeccionismo, a Síndrome do Impostor... Renata aconselha: “Somos seres frágeis e precisamos dos outros. Por isso, vale sempre se perguntar: ‘por que me cobro tanto? Será que o que fiz não ficou bom mesmo?’ Estes questionamentos podem te ajudar a refletir e, consequentemente, diminuir o medo de não frustrar o outro e de receber críticas”.

6. Não acredite em tudo o que vê nas redes sociais
É óóóbio que no Instagram a ‘grama do vizinho’ vai sempre parecer mais verde do que a sua – mas isso não quer dizer que aquela sua amiga que aparenta ter uma “vida perfeita” tem realmente a vida perfeita. “É difícil constatar o grau de realidade do que está nas redes e é importantíssimo ter consciência disso”, afirma Renata.


7. Tenha um hobby (e um hobby sem metas!)
É exatamente isso: seu hobby não pode ter metas de evolução ou crescimento na atividade. Ele tem que ser puramente diversão e entretenimento. Decidiu fazer aulas de cerâmica porque ama, mas não possui talento nato? Faça, oras! “As pessoas precisam descansar fisicamente e psicologicamente para conseguirem conciliar as outras atividades da vida que exigem metas. O equilíbrio desses momentos faz toda diferença na busca de uma vida mais saudável e leve”, diz Marena.

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