Saúde
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Por Geiza Martins


A personagem de Jennifer Lawrence em "O Lado Bom da Vida" sofre de depressão no decorrer do filme (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour
A personagem de Jennifer Lawrence em "O Lado Bom da Vida" sofre de depressão no decorrer do filme (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour

Muita gente acredita que o depressivo é aquele ser triste, que vive isolado e tem vontade de passar o dia trancado em seu quarto. Mas é importante fazer um alerta: tristeza nem sempre é depressão e, apesar de esta ser uma imagem difundida em filmes e séries, a realidade nem sempre é bem assim quando se sofre da doença. Isso porque o processo de cada um é diferente. “O tratamento da depressão varia assim como as causas e os sintomas”, explica o psicólogo clínico Alessandro Vianna.

Mas, afinal, como saber se é depressão?


Não há avisos do corpo, como uma dor aguda, por exemplo, que indiquem a depressão. Mas há alguns sinais claros que não devem ser ignorados: alteração repentina do humor, desinteresse por coisas ou situações antes prazerosas, distúrbios de sono, mudanças no apetite, perda ou ganho de peso, falta de concentração, cansaço contínuo e, finalmente, pensamentos suicidas.

Para Alessandro, é importante sempre estar atento porque, de forma silenciosa, a depressão pode se instalar e não ser diagnosticada ou tratada. “O melhor a fazer quando você ou alguém que você ama apresentar esses sintomas é procurar ajuda de um especialista para um diagnóstico preciso.”

Não há um tratamento ideal para todos


Como dissemos antes, alternativas de tratamento que são ideais para uma pessoa podem ser ineficientes para outra. O tempo de recuperação também varia. Segundo Alessando, só uma avaliação física e psicológica criteriosa pode determinar qual é o caminho mais adequado a seguir para sair dessa. “Na maioria dos casos, a melhor abordagem envolve uma combinação de apoio social, mudanças no estilo de vida, desenvolvimento de habilidades emocionais e ajuda profissional de psicólogo e psiquiatra”, comenta.

Vale ressaltar que, se diagnosticada e tratada corretamente, é possível haver melhora significativa do paciente. No entanto, de acordo com o profissional, mais de 50% das pessoas que sofrem de depressão têm alguma recaída em determinado ponto da vida. “Essa recaída pode ser um novo episódio ou múltiplos. Mas quando temos uma vida equilibrada, nosso organismo funciona melhor em todos os aspectos. Inclusive, a parte física e emocional. Portanto, saber gerenciar a nossa vida, o dia a dia é fundamental”, lembra. O objetivo, portanto, é o controle. E ele é possível.

Ferramentas para manter o equilíbrio


Terapia e aconselhamento médico são aliados poderosos no melhor gerenciamento da nossa rotina, porque nos ensinam ferramentas para manter a qualidade de vida. Alessandro sugere algumas delas aqui:

1) Exercite-se regularmente
Os exercícios físicos funcionam como um antidepressivo natural. De acordo com o profissional, atividade física e terapia comportamental cognitiva podem ter efeitos parecidos aos de alguns medicamentos.
2) Tente respeitar seu horário de sono
Além de ajudar o corpo a funcionar melhor, o sono (ao menos, 7h dele!) é um regulador de humor. Você se torna mais propensa a depressão e outros distúrbios mentais ao dormir pouco com frequência.
3) Mantenha uma alimentação saudável
Consumir alimentos pobres em gordura e ricos em vitaminas, nutrientes, ômega 3 (encontrado em peixes), além de ácido fólico podem ajudar a regular e a equilibrar seu humor.
4) Monitore sua saúde geral regularmente
A depressão está associada ao risco de doenças do coração e ao diabetes, por exemplo. Além disso, quem sofre de doenças emocionais como a depressão tende a ter mais chances de desenvolver doenças físicas. E o contrário também é verdadeiro.
5. Seja próximo de pessoas e situações positivas
Somos como esponjas de sentimentos e sensações. Ou seja, estar com quem só olha o copo “meio vazio”, pode levá-la a perceber a vida assim também.
6. Procure ajuda profissional
Se sentir que algo não vai bem no seu emocional, na dúvida, consulte um médico ou psicólogo. Ele pode esclarecer se existe um diagnóstico e tratamento adequado a ser seguido.

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