Capas
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Por Renata Garcia (@renatagarciac)

A música nos acompanha, nos conecta, nos acalma, nos inspira, nos motiva. Ela não apenas é um dos fenômenos mais surpreendentes e misteriosos de todo o universo, pelo menos do que dele conhecemos, como também tem a capacidade de tocar nossas emoções mais profundas, moldar memórias e perspectivas sobre o mundo que nos cerca.

Ao escrever esta carta, revivo as cenas de quando explorava, na infância, a coleção de discos dos meus pais e o encanto ao ouvir Louis Armstrong em "What a Wonderful World". Resgato as viagens à praia embaladas por Rita Lee, Chico Buarque e Maria Bethânia. Os encontros e as coreografias com as amigas ao som de Madonna. A empolgação com o axé dos anos 1990 e a adolescência embalada pelo pop de Britney Spears ou pela melancolia roqueira de Green Day.

Cada fase da minha vida (e, aposto, também da sua) se mistura com inevitáveis descobertas sonoras. E como não mencionar a maneira pela qual a música atua como uma poderosa e revolucionária forma de expressão, um catalisador para mudanças sociais e políticas? Pelas páginas desta edição, celebramos o poderio musical em uma partitura constituída por imagens e palavras, começando pelas jornadas repletas de hits das nossas estrelas de capa.

Abrindo o line-up, trazemos Ludmilla, cuja mescla de batidas funk, pop e R&B mais performance potente a transformaram em uma das maiores cantoras do Brasil. A fluminense foi fotografada pelo imagemaker Hick Duarte, num ensaio que celebra a brasilidade no momento em que embarca também por conquistas internacionais. "Descobri que o mundo é dos destemidos. Você tem que mergulhar e viver essa aventura louca, se divertir com a música por aí", diz a artista de Duque de Caxias em papo com Bruna Cambraia. Ao superar 3 bilhões de streams, nossa superestrela simboliza superação e, de quebra, na guinada mais recente, ainda desafia a heteronormatividade do pagode com uma narrativa que abraça as próprias vivências.

Na faixa seguinte, o som contagiante de Pabllo Vittar.Sem medo de mostrar suas vulnerabilidades e camadas, a maior drag queen do Brasil se despiu da personagem ao relembrar a vida antes da fama, os altos e baixos com os fãs e as descobertas sobre a própria existência. "Gosto do processo de transformar meu pensamento nessa fantasia. A Pabllo é uma fantasia, sei que ela ajuda as pessoas a se aceitarem do jeito que são, mas não é quem eu sou de verdade. Quero ser respeitada, que entendam que tenho um coração que bate, que fica doente, triste, e que também sou forte e feliz", comenta na entrevista lindamente conduzida por Thalita Peres. Para o editorial com perfume surrealista clicado por Guilherme Nabhan, uma espiral de vários de seus sucessos, com Pabllo vestindo looks fantásticos de marcas emergentes de todo o mundo.

O play continua com o pop autoral de Giulia, que você conhece como Giulia Be, mas que, a partir de agora, adota como nome artístico o que leva na certidão. Aos 24 anos, entrega emoção a cada passo de sua trajetória: na fala, nas letras, na voz, nas telas e no shooting por Thais Vandanezi. Neste semestre, além de dar start à primeira turnê, decidiu se arriscar na internacionalização da carreira e realizar cada um dos sonhos de criança. "Os melhores momentos, situações e conversas da minha vida vieram quando me permiti sentir uma intensidade, e eu tento trazer isso nas minhas músicas. Eu não quero que o medo trave nenhuma mulher de amar", reflete na conversa de 64 minutos com Carolina Merino.

O show segue com Espelho d'Água, editorial que traz a cantora baiana Melly, nova aposta do R&B, vestindo as tendências mais quentes do verão. Já em Alta Sintonia, embarcamos emu ma fashion trip com corpos que se conectam com looks de alta potência. E como seria a girl band dos nossos sonhos? Com edição de Isabella Marinelli, o ensaio de beleza Dream Girls é inspirado pela magia dos palcos trazendo as apostas da vez em um passeio entre o lúdico e a contemporaneidade.

Música também vira moda, como investigamos em uma linha do tempo de Cher a Beyoncé ou no movimento de revival dos anos 2000 que transformou nostalgia em comebacks de bandas que seguimos amando. Nossa celebração não poderia deixar de aplaudir três fenômenos que romperam barreiras na MPB e deixaram saudade, além de um legado inestimável para as mulheres na indústria: Elza Soares, Gal Costa e Rita Lee, que recebem homenagem emocionante da célebre Teresa Cristina.

Partindo das memórias mais pessoais ou das transformações que a música proporciona, tomo emprestadas as palavras de Zebradaa — cujos traços preenchem nossa ilustração colecionável — como guia para folhear esta edição: ouvindo o que quiser, sentindo o que precisa.

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