Amor & Sexo
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Por Redação Glamour


Fantasias e fetiches vão muito além do já clássico “50 Tons de Cinza”. A mais conhecida (e pesquisada) segue sendo o BDSM, mas termos como “cuckold” e “chuva dourada”, por exemplo, estão entre os mais pesquisados pelos brasileiros. Uma pesquisa realizada pelo site adulto Vivalocal, em maio deste ano, encontrou 201.000 pesquisas mensais para BDSM, enquanto “cuckold” foi buscado 110.000, seguido por “fantasia”, “swing” e “látex/couro”.

Mas, afinal, o que é fetiche?

De origem francesa, o termo fétiche significa "um objeto enfeitiçado". Na prática, consiste na excitação e prazer por uma fantasia sexual, objeto material ou até uma parte do corpo.

O ato de realizar algum fetiche no sexo é uma forma de se libertar de padrões - e vale investir nos desejos desde que não ultrapassem limites ou afetem negativamente quem também está envolvido neles.

Para te deixar por dentro do assunto, a seguir, com a ajuda de Lelah Monteiro (@lelahmonteirooficial), sexóloga clínica e psicoterapeuta de casal, a Glamour destrinchou os 10 principais fetiches dos brasileiros – e ainda te conta como introduzir o assunto para @ parceir@!

Fetiches e fantasias: descubra os 10 mais comuns (Foto: Giphy) — Foto: Glamour
Fetiches e fantasias: descubra os 10 mais comuns (Foto: Giphy) — Foto: Glamour

1. BDSM


O fetiche que aparece no filme “50 Tons de Cinza” lidera o topo desta lista. “É a bondade, a dominação, submissão e o próprio ménage. Lembrando que aqui temos sempre uma palavra de ordem para trazer segurança para os participantes. Tem que se ter a questão do são (sim, estamos conscientes), saudáveis (a saúde orgânica está boa) e consensual (estamos de comum acordo)”, explica Lelah.

2. Cuckold


Em tradução literal, corno. “É o homem observar a sua parceira transar com outro. É um termo antigo, que vem dos anos 60, mas que até hoje é um grande fetiche”, diz a sexóloga.

3. Fantasia


Aqui, temos o termo fantasia, que pode ser algo muito amplo e complexo – desde aquilo que fica apenas na imaginação, quanto a fantasia em si. “É a roupa de enfermeira, doméstica, policial, bombeira... Tudo o que vem do inconsciente coletivo. Dentro delas, ainda temos o salto alto e lingerie, por exemplo.”

4. Swing


“Não é apenas a troca de casal. No Brasil, o swing se confundiu com baladas mais liberais, onde pode ‘sair da casinha’, observar o outro e sem acontecer a troca, de fato, do casal. As pessoas estão ali mais para o lugar do fetiche, do que para ele na prática”, explica Lelah.

5. Látex/couro


Roupas e acessórios, como calça e saia, que tem como objetivo delinear o corpo. São muito usadas no BDSM, por exemplo.

Cena de "50 Tons de Cinza" (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Cena de "50 Tons de Cinza" (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

6. Anal


O sexo anal que, apesar de ser um tabu, é uma crescente nas buscas pelos brasileiros. “Tem-se aumentando muito também o número de homens que transam com outros homens, mas que não são homossexuais. E, claro, também na relação heterossexual onde se tem o estímulo anal das pessoas envolvidas”, conta a sexóloga.

7. Cross dressing


Na tradução, o termo significa “travesti”. É o fetiche onde o homem gosta de usar as roupas de sua mulher. Lelah diz que a prática é muito comum nos Estados Unidos e tem crescido no Brasil: “É uma fantasia que não é apenas para o momento da cama. Muitos homens, em uma relação heterossexual, optam por sair para jantar com roupas da mulher porque isso o excita”.

8. Chuva dourada


Aqui, a excitação acontece ao urinar no outro. “A dica é nunca fazer a chuva de ouro com o primeiro xixi da manhã. É uma escolha para quando, por exemplo, você está em uma balada e já tomou bastante cerveja”, aconselha Lelah.

9. Spanking


A palmada, em tradução literal, também está entre os fetiches mais pesquisados entre os brasileiros. “É a chicotada, o castigo... O spanking está muito relacionado com a dominação e submissão, mas precisa estar muito acordado para não acabar em uma relação equivocada. É preciso cuidado”, ressalta a sexóloga.

10. Dominatrix


Por fim, dominatrix é a mulher que exerce o papel dominante em práticas de BDSM. “Quando se fala em fetiche, dominatrix é a própria figura da dominação. Aqui, se tem o látex, as roupas de couro, as algemas, os cintos, amarrações e muitas vezes até a chibatada”.

Como sugerir para @ parceir@?

(Foto: Getty Images/iStockphoto) — Foto: Glamour
(Foto: Getty Images/iStockphoto) — Foto: Glamour

Não existe um fetiche certo ou errado para “se começar”. Fantasias são individuais e distintas – alguns até estão relacionados, mas o gosto é particular. “Para começar a falar de fetiche, de desejo, de fantasia, é importante a pessoa ter claro o que ela gostaria de fazer com o outro, de receber, de ver... Com essa clareza do que é agradável para ela, conhecendo o outro, aí existe o manejo de como conversar”, introduz a sexóloga.

Para ela, a melhor forma é sempre a mais leve possível. “Assim como a gente convida alguém para tomar um sorvete, sabe? É preciso falar: estou com vontade, sonhei, li em algum lugar, quero apimentar a relação... E muitas vezes acaba sendo mais simples do que a gente imagina. A gente acha que o outro não vai querer, e vice-versa, e no fim os dois queriam o mesmo”, brinca Lelah.

O importante para a relação (e em todos os aspectos) é conversar sobre. “Quanto menos tabu em primeira pessoa se tiver, mais fácil esse assunto vai ser introduzido. Então, escolha uma conversa com leveza e objetividade”, indica.

Por fim, uma visita a uma sexóloga ou terapeuta de casal também pode ser uma opção. “Muita gente me procura exatamente para isso, para intermediar a conversa entre o casal – e o resultado é muito bacana!”.

Quando o fetiche prejudica a saúde e como cuidar?

Como já falado, investir em experiências que fujam do óbvio é um pensamento válido dentro de uma relação sexual - desde que o parceiro em questão esteja de acordo com o ato que será praticado. No entanto, é preciso ficar alerta e tratar essa busca por desejo como um transtorno quando prejudica afazeres, gera dependência, fuga da realidade, sofrimento e violam a lei e a liberdade de terceiros.

Em situações do tipo, a dica é recorrer à terapia cognitivo comportamental e, dependendo do caso, fazer uso de remédios indicados por um psiquiatra para controlar a impulsividade durante as relações sexuais.

Além de transtornos, também vale o alerta de cuidado e informação - além do consentimento - para práticas que podem trazer risco para o parceiro sexual, como é o caso de algumas técnicas de dominação/submissão, uso de objetos cortantes ou asfixiantes, fisting (que é a introdução do punho na vagina ou ânus) e outros.

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