Saúde
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Por Redação Glamour


Natália Deodato, do BBB 22, é modelo e mostra, com orgulho, sua pele com vitiligo, mas nem sempre foi assim. "Eu tinha vergonha, eu tampava... só depois eu entendi o que é e passei a me respeitar com a doença", declara no vídeo da Cadeira Elétrica do programa.

Natália Deodato, participante do BBB22 — Foto: Instagram @deonaty_
Natália Deodato, participante do BBB22 — Foto: Instagram @deonaty_

O preconceito e a desinformação rondam (e muito) o assunto. “O vitiligo é uma doença autoimune que faz com que ocorra a perda de pigmentação da pele”, explica a dermatologista Daniela Antelo. As manchas claras aparecem pelo corpo causadas pelo excesso ou pela falta de melanócitos (as células produtoras de melanina), podendo evoluir de forma progressiva ou gradual. “Fatores genéticos ajudam na indução do vitiligo. Porém, a influência emocional, como o estresse e o medo, faz essa genética entrar em atividade − é a maneira com que o corpo avisa que não está bem”, explica o dermatologista Paulo Luzio, membro da Global Vitiligo Foundation.

Vale dizer que o vitiligo possui a mesma incidência da psoríase e da dermatite atópica e está presente em 1% a 2% da população mundial. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, afeta 0,5% da população. Ou seja, cerca de 1 milhão de pessoas. “A falta de conscientização e o preconceito fazem a doença ser muito mais do que é”, diz a modelo baiana Carine Guimarães. Concordamos e ajudamos a desfazer os estigmas a seguir.

Dois tipos

As manchas claras do vitiligo têm tamanho variável e podem estar isoladas ou espalhadas

1. NÃO SEGMENTAR OU BILATERAL: é o tipo mais comum de vitiligo. Nele, as manchas se apresentam nos dois lados do corpo, começando pelas extremidades, como nariz, boca ou mãos e pés. Caracteriza-se pelas formas localizadas de mucosa (região genital ou labial), comum (manchas bilaterais e simétricas) ou universal (mais raro, acomete mais de 70% do corpo).

2. SEGMENTAR OU UNILATERAL: manifesta-se em um lado do corpo, geralmente em pessoas mais jovens. Além da pele, pelos e cabelos também podem perder a coloração. Neste caso, a pessoa já carrega a predisposição em certas áreas específicas do corpo.

Carine Guimarães — Foto: Carlos Sales
Carine Guimarães — Foto: Carlos Sales

Por dentro do diagnóstico

Ainda rola muita confusão sobre o vitiligo e outras doenças de pele, como a psoríase e outras dermatites. Atenta, pois elas são doenças de pele bem diferentes, assim como seus tratamentos.“O vitiligo se caracteriza pelo surgimento de manchas claras, enquanto as outras doenças carregam lesões com vermelhidão e descamação”, explica a dermatologista Daniela Antelo. E, claro, é essencial marcar uma consulta com profissionais para um diagnóstico correto, combinado?

Fato ou fake?

Os experts explicam o que é mito e o que é verdade

É contagioso. Este é um dos maiores mitos sobre o vitiligo. Então, de uma vez por todas: vitiligo não é transmissível, ok?

É uma doença autoimune. A despigmentação acontece quando as células que produzem pigmento morrem ou deixam de funcionar.

É letal. Apesar de alterar a pigmentação da pele, a doença não traz prejuízos ao funcionamento do organismo do paciente.

Tem tratamento. O tratamento consiste em medicamentos locais, orais e fototerapia com radiação UVB (disponíveis no SUS).

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