• Texto Luciana Mastrorosa | Produção Ellen Annora
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Os diferentes tipos de alface (Foto: Alex Silva / Editora Globo)

Os diferentes tipos de alface (Foto: Alex Silva / Editora Globo)

Não falta alface na mesa do brasileiro: barata, ela é base de saladas e guarnições. Se antes o mercado vendia só os tipos liso e crespo – os mais populares de acordo com a Embrapa Hortaliças –, hoje é possível escolher entre dezenas de variedades, com muitas nuances de sabor e cor (as roxas possuem antocianina, antioxidante que combate os radicais livres). Todas são varietais de uma mesma espécie, a Lactuca sativa, originária de climas temperados. Ingrediente frequente em dietas de redução de peso, a alface tem apenas 10 calorias a cada 100 gramas.

Ricas em fibras insolúveis, as folhas colaboram com a sensação de saciedade e com o bom trânsito intestinal. O vegetal tem também fama de estimular o sono, graças à presença da lectucina, substância com efeitos calmantes, que se concentra principalmente na seiva do talo. Para conservar melhor a alface, o chef Carlos Ribeiro, do Na Cozinha, em São Paulo, dá a dica: “Lave as folhas e seque-as bem na centrífuga. Acomode-as em potes com tampa, intercaladas com papel absorvente levemente umedecido”, diz ele. Dessa forma, as folhas duram até quatro dias na gaveta da geladeira.

1. Crespa
De folhas compridas, soltas e arredondadas nas pontas, com muitas ondulações, é usada em saladas e em sanduíches com carnes e frios. A alface crespa roxa tem textura ligeiramente mais macia que a verde.

2. Mimosa
Macia e tenra, esta variedade de alface agrada muito aos chefs por seu formato e coloração. Verde ou roxa, tem folhas compridas e onduladas, mais finas que os demais tipos. Combina com saladas mistas, em casamento com outras verduras como rúcula, escarola e agrião. Fica muito saborosa com molho vinagrete com mostarda e mel, sugestão do chef Carlos Ribeiro.

3. Frisée
De folhas mais finas e rígidas e cor que varia do verde ao amarelado, tem ligeiro amargor em comparação com as demais. Fica interessante em saladas compostas, como as que levam queijo de cabra, molho de mostarda e nozes. Vai bem ainda com o sabor adocicado das frutas.

4. Romana
De todas, é a que chega a uma coloração verde mais escura. As folhas compridas e firmes têm sabor intenso, textura rugosa e agradável. Além do clássico uso em saladas, vai bem em sopas ou, como fazem os italianos, refogada com pancetta.

5. Lisa
Bastante consumida no país, possui folhas bem soltas no maço, meio onduladas, grandes e arredondadas. Seu uso mais comum é no preparo de saladas de tomate e cebola. Seu sabor varia: no miolo, de folhas menores, é suave; as folhas externas e escuras são mais fortes no paladar. Quanto mais novas, mais delicadas.

6. Americana
Muito usada pelas redes de fast-food, é riquíssima em água, crocante e suave. Carlos Ribeiro é adepto dessa variedade. Diferentemente das demais, suas folhas são grudadas umas nas outras, formando uma bola, como um repolho. Como suas folhas são grandes, redondas e bem firmes, a americana pode receber recheios variados. Se bem acondicionada, dura mais tempo na geladeira que os outros tipos.