A última esperança para quem se dedica a secar o Flamengo
Era para ser uma fase difícil, mas tudo foi por água abaixo para os secadores. O Flamengo, mesmo desfalcadíssimo por ocasião da Copa América, encontrou um atalho na tão antecipada travessia do deserto e deu de cara com água potável. Se faltava uma grande vitória fora de casa, não falta mais. Venceu o Atlético Mineiro com sobras, méritos e alegria.
O futebol vive dando bem na nossa cara provas de que é, antes de tudo, grupo. Um time de estrelas desunidas vale menos do que um time de bons jogadores unidos. A história recente do PSG de Neymar, Messi e Mbappé escancara essa realidade. A do Flamengo de 2023 também.
Agora, esse Flamengo que venceu o Galo fora de casa é, talvez, aquele que mais se aproxime do Flamengo de Jorge Jesus. Jogadores se entendendo com ritmo, Gerson voltando a ser o cara, BH melhorando a cada jogo, novatos entrando para decidir. Fez quatro gols no bom time de Milito e poderia ter feito mais.
Parece que o Flamengo está engatando uma quinta marcha e acelerando.
Aos secadores resta a esperança de que quando todos voltarem da Copa América esse elenco tão poderoso tenha problemas de vaidade porque aqueles que seguraram a travessia do deserto, acharam um atalho e construíram um resort ao redor do oásis não vão querer voltar para a sombra. Tite terá que ter habilidade para não deixar que as pontas desses relacionamentos escapem.
Se nada disso acontecer, eu diria que a torcida do Flamengo talvez esteja mais perto do que nunca de deixar ir o fantasma de JJ.
Por fim, uma constatação dolorida para muita gente: Gabriel Barbosa não faz mais falta nenhuma.
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