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Mariana Rios se prepara para um novo passo em sua carreira. Aos 38 anos, a atriz, cantora e apresentadora realiza nesta semana a primeira edição de sua própria imersão de autoconhecimento, batizada "Basta Sentir". O evento é resultado de um mergulho que tem feito em si nos últimos anos -- e que a fez, inclusive, começar os estudos em psicanálise.

"Estou exatamente onde gostaria de estar", diz. "Hoje, vivo no apartamento que queria ter, no relacionamento que gostaria de ter, na profissão alinhada ao meu propósito de vida, tocando projetos e trabalhos que são verdadeiros para mim, tenho saúde e não paro de ganhar maturidade. Sou uma mulher que sabe o que quer e o que não quer. Isso para mim é plenitude", continua.

O desejo de preparar uma imersão não foi ao acaso, mas uma construção. No Instagram, onde é seguida por mais de 9 milhões, ela compartilha conteúdos sobre vida, sofrimento, amor, frustração, família e muito mais. "Essa busca pela evolução pessoal sempre esteve comigo. A cada questão que enfrentei, procurei tirar um aprendizado", reflete. "Estou no meu primeiro semestre, no IPLA [Instituto da Psicanálise Lacaniana], dirigido pelo grande médico psiquiatra e psicanalista Jorge Forbes", revela, em primeira mão.

A troca com o público foi tamanha que revolucionou sua vida pessoal e profissional e trouxe resposta a uma pergunta que há tempos ressoava: "Qual é o meu propósito?". "Influenciar para o bem", concluiu. Sua imersão, com objetivo de promover autoconhecimento e expansão da consciência, acontece sexta e sábado (17 e 18 de maio), no Hotel Unique Garden, em São Paulo, e já está com os ingressos esgotados.

Em bate-papo com a Vogue, Mariana ainda fala sobre seus próximos projetos, que incluem dois livros e um filme, sua relação com as críticas, como está no amor -- em outubro do ano passado, ela tornou público seu namoro com o economista João Luis Diniz D'Avila, mais conhecido como Juca Diniz -- e o desejo de ser mãe: "Não passar por isso nessa vida seria algo estranho para mim".

Veja a conversa na íntegra abaixo:

Vogue Brasil: A começar pela imersão “Basta Sentir”, de onde surgiu a vontade de lançar um projeto como esse?

Mariana Rios: Foi um processo que começou em 2020, quando escrevi o meu livro "Basta Sentir". Ali, contei a minha história de vida e como condicionei minha mente a pensar naquilo que realmente desejo atrair. Não apenas no campo material, mas principalmente no emocional. Logo após o lançamento do livro, ainda na pandemia, comecei a compartilhar nas redes sociais os textos que sempre escrevi. A partir disso, passei a sentir uma troca muito verdadeira com quem me acompanhava e entendi que aquilo me completava como um todo. Compreendi que meu propósito nesta vida é influenciar as pessoas para o bem, de alguma forma. Quando os meus textos foram ganhando ainda mais força, vi que aquilo era um resgate da minha essência. E aí a imersão veio como um desabrochar disso tudo, o passo seguinte dessa minha vontade de estar mais próxima das pessoas.

Mariana Rios — Foto: Bruno Fiorentino
Mariana Rios — Foto: Bruno Fiorentino

Vogue Brasil: O que é autoconhecimento para você?

Mariana Rios: Autoconhecimento é entender sobre si próprio, saber o que foge do seu controle e o que você consegue mudar. Entender sobre as suas emoções, o que te atinge, te afeta, e qual a sua responsabilidade sobre aquilo. São poucas as pessoas que realmente estão em busca disso, porque requer remexer nas emoções, visitar o subconsciente. Dói e não é fácil. Quando não nos conhecemos, entramos em repetição de padrões, relacionamentos, dores e sofrimentos e terceirizamos a culpa.

Vogue Brasil: Quais são as suas ferramentas de autoconhecimento atualmente?

Mariana Rios: Terapia e análise é fundamental, não tem como correr. Pode ter certeza que aqueles que fogem da terapia fogem de si mesmo. Quando você se apropria de si, das suas emoções e sentimentos, ninguém mais te segura.

Vogue Brasil: Depois do livro "Basta Sentir", você tem uma segunda obra programada para 2024. O que podemos esperar?

Mariana Rios: Esse segundo livro chama "Sabedoria de Bolso", está previsto para lançar nos próximos meses. São mais de 150 textos individuais sobre os mais diversos temas -- amor, família, relacionamentos, amizades. Ali tem poesias, crônicas, frases soltas, um pouco de tudo, mas ele não conta uma história. É um livro que fiquei muito feliz de conseguir amarrar e fazer uma curadoria dos textos mais importantes para mim. Além disso, vamos lançar uma segunda edição do "Basta Sentir", porque a primeira já esgotou. Será uma tiragem especial.

Mariana Rios — Foto: Bruno Fiorentino
Mariana Rios — Foto: Bruno Fiorentino

Vogue Brasil: Há ainda um romance encaminhado, certo? O que pode nos adiantar?

Mariana Rios: É uma história que comecei a escrever quando tinha 13 anos, fiz a trilha sonora aos 18 e nunca saiu da minha cabeça. Anos se passaram até que um dia eu estava gravando o filme "Um Ano Inesquecível - Verão" e o Rodrigo Montenegro, CEO da Panorâmica [produtora independente], comentou comigo sobre o meu livro "Basta Sentir". Ele perguntou se eu não teria uma história para transformar em longa. Respondi que tinha três, mas que uma, em específico, era meu amor. Não sei da onde ela surgiu em mim, mas se passa em 1929 e é um romance bem denso. Ainda não temos previsão de nada, porque preciso entregar o argumento final em junho, depois iremos lançar o livro e só então faremos o filme, que também vou atuar. É um projeto bem a longo prazo.

Vogue Brasil: Em um de seus vídeos para as redes sociais, você trouxe a reflexão de que algumas mulheres “pagam o preço de ficar sozinha” por não tolerarem certos comportamentos. Alguma vez você já se viu nessa posição?

Mariana Rios: Como tudo, acredito em escolhas e assumir responsabilidade em cima das nossas escolhas. A única coisa que a gente tem controle, de verdade, na vida é sobre os nossos atos. Não controlamos nem o nosso pensamento. Então, acredito que nós somos responsáveis por quem a gente coloca na nossa vida, por aquilo que a gente oferece e pelo que aceitamos receber. Você pode até terceirizar e dizer que a culpa é do outro, mas na maioria das vezes estamos tentando passar um elefante pelo buraco da agulha. Não vai passar. E tudo tem consequência. Se você desejar aturar coisas que não deveriam ser aturadas e que não te fazem bem, você vai sofrer. Ao longo da minha vida, passei por relacionamentos amorosos e de amizades em que coloquei uma expectativa e me frustrei, porque não era aquilo que a pessoa tinha para me oferecer. A expectativa era minha, então a responsabilidade era minha. O mais importante é não estacionar na mediocridade, acreditar que você não merece o extraordinário e entrar em repetição.

Vogue Brasil: Como você está no amor agora?

Mariana Rios: Estou super feliz, em um relacionamento de troca verdadeira. São duas pessoas caminhando na mesma estrada e com os mesmos valores. Isso é importante, porque senão o diálogo fica muito difícil. É um relacionamento que é maduro na essência, na construção do dia a dia. Por mais que tenha pouco tempo, a intensidade é que define. Tudo acontece no momento certo.

Vogue Brasil: Você fala muito sobre a lei da atração. Se pudesse atrair sua “vida ideal” para os próximos cinco anos, como ela seria?

Mariana Rios: Estou exatamente onde gostaria de estar. O amanhã é realmente a consequência do que vivo hoje. Se você me perguntasse isso há 20 anos, quando tinha 18 e era recém-chegada ao Rio de Janeiro, falaria: "Nossa, na minha vida ideal, tenho um emprego, sou uma pessoa reconhecida pelo meu trabalho, não pego mais ônibus, consigo me sustentar, tenho minha casa e não dependo mais de vender bombom na rua". Eu realizei tudo isso, graças a Deus, ao meu esforço e àqueles que me deram oportunidades. Hoje, vivo no apartamento que queria ter, no relacionamento que gostaria de ter, na profissão alinhada ao meu propósito de vida, tocando projetos e trabalhos que são verdadeiros para mim, tenho saúde e não paro de ganhar maturidade. Sou uma mulher que sabe o que quer e o que não quer. Isso para mim é plenitude.

Mariana Rios — Foto: Bruno Fiorentino
Mariana Rios — Foto: Bruno Fiorentino

Vogue Brasil: Em 2020, quando sofreu um aborto espontâneo, você contou em entrevista que ainda desejava engravidar novamente. A vontade de ser mãe segue com você?

Mariana Rios: Eu tenho vontade. Acho que ter um filho deve ser o maior aprendizado de todos e a certeza do que é o amor incondicional, do amor verdadeiro. Não passar por isso nessa vida seria algo estranho para mim. Não sei quando vai acontecer, mas eu gostaria e pretendo me planejar para que aconteça.

Vogue Brasil: Muitas famosas têm tornado públicas suas jornadas com o congelamento de óvulos. Você já pensou sobre o assunto?

Mariana Rios: Eu nunca falei sobre esse assunto, até porque só toco em temas que fazem muito sentido para mim, não porque está em alta ou polemizou. Nunca abri isso, mas, sim, tenho meus óvulos congelados.

Vogue Brasil: Apesar de muito adorada nas redes sociais, você também acaba recendo alguns comentários negativos, inclusive sobre seu corpo. Como lida com as críticas hoje?

Mariana Rios: Lido com isso assim como lido com tudo na minha vida. Quando algo me gera tristeza, não coloco o foco naquilo. Pelo contrário, imediatamente, sento e escrevo em um papel todas as coisas boas que tenho. Minha lista começa com: "Obrigada, pois hoje acordei, consigo enxergar e andar, tenho um banheiro para tomar banho...". Faço listas de três páginas ou mais. Então, quando leio um comentário ruim, apenas o deixo lá. Se responder, estarei deixando de visualizar todos os outros bons. Do mesmo modo, se der ênfase para algo negativo que aconteceu no meu dia, deixo de olhar a quantidade de coisas maravilhosas que acontecem durante a semana toda. Além disso, todas as vezes que alguém tenta falar algo para me colocar para baixo, imagino o sofrimento daquela pessoa. A gente só vê no outro aquilo que tem dentro de nós.

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