![A supermodelo Iman — Foto: Getty](https://cdn.statically.io/img/s2-vogue.glbimg.com/UeV_b2VnflPIuc3LSrc9LjKsJFA=/0x0:2000x3000/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_5dfbcf92c1a84b20a5da5024d398ff2f/internal_photos/bs/2022/k/7/pF0BErQGG1T4BTxQvIfw/iman.jpg)
Capa da edição de janeiro da Vogue UK pela primeira vez, a modelo, ativista e empresária Iman, uma das modelos mais requisitadas nas décadas de 70 e 80, falou, em entrevista, sobre as mudanças na indústria da moda e como resistir aos clichês do envelhecimento.
Aos 67 anos, ela considera a obsessão pela juventude de “mentalidade muito ocidental”: “Eu venho da África – lá, celebramos o envelhecimento. Um amigo estava me dizendo que houve um aumento nas cirurgias estéticas, tudo porque [as pessoas] estão se olhando nas reuniões do Zoom."
Para ela, a solução é simples: “Se você está preocupado com isso, apenas coloque a câmera para cima [para que ela fique inclinada para baixo em seu rosto], pelo amor de Deus!' Esta é realmente uma mentalidade enraizada no ocidente. Para mim, nunca foi um problema”, revelou.
Iman ainda saiu em defesa das modelos negras e disse que isso ajudou na decisão de se tornar produtora executiva da série documental Supreme Models, no YouTube. “Eu queria mostrar não apenas as dificuldades e privações, mas também a alegria e a celebração.”
Ainda na entrevista, Iman se abriu sobre sua dor pela perda de seu marido, o cantor David Bowie, que morreu de câncer em 2016. Ela se recusa a se referir a ele como "falecido". “Ele não é meu 'falecido marido'. Ele é meu marido ”, disse. “Não me importo nem um pouco de ser chamada de 'esposa de David Bowie, mas sempre lembro às pessoas que eu existia antes de conhecê-lo", disse. "E ele também era muito particular. Ele nunca me apresentou dizendo: 'Conheça minha esposa'. Sempre dizia: 'Conheça Iman, minha esposa.' Nós dois já tínhamos nossa própria identidade. Éramos separados, mas juntos."