Moda

Por Renata Brosina

Foi aos 12 anos que Fafá de Belém assistiu a um filme que mudou a sua vida. "Lembro que, após ver a personagem de Sophia Loren em 'Ontem, Hoje e Amanhã', de 1963, fiquei com uma sensação de 'sim, eu também posso'", diz a cantora paraense que, na época em que os padrões de beleza apontavam Twiggy e Veruschka como referências para corpo, não se via representada nas figuras femininas. "Eu sempre fui uma mulher grande, nascida no norte, muito brasileira, com cintura fina, bunda, coxa e peito. Naquela época, já era difícil encontrar roupas para mim e, por isso, minha mãe ajustava as peças que eram compradas." Hoje, Fafá se diz orgulhosa de suas curvas. "Adoro meu corpo, adoro meus peitos, adoro a cintura. Adoro ter esse corpo absolutamente brasileiro."

A partir do momento em que descobriu a atriz romana, conhecida pelas curvas e pelos figurinos que valorizassem seu corpo, tudo mudou. "Ela usava espartilhos e saias volumosas. Minha mãe, que já fazia minhas roupas desde a infância, passou a reproduzir algumas dessas peças que eu desenhava baseada no que via nos filmes", comenta em entrevista para "InVogue", primeiro livro da Vogue Brasil, que conta com apoio institucional da Mantecorp Skincare. A partir dessa influência do cinema, em especial vindo da italiana, Fafá passou a frequentar cada vez mais as salas onde os longas eram exibidos na sua cidade, Belém. "Por ser alta, lembro de, aos 12 anos, conseguir entrar para assistir aos filmes proibidos para menores de 16", se diverte. E, dentro dessa experiência, foi que descobriu outras grandes musas, como Rita Hayworth, com suas curvas voluptuosas, e Ava Gardner. "As grandes ídolas da década de 1940 chegavam até mim e, com essa nova perspectiva, eu via o mundo diferente. Inclusive, na forma de me vestir', comenta.

Fafá de Belém nos bastidores do primeiro livro da Vogue Brasil, "InVogue" — Foto: Reprodução
Fafá de Belém nos bastidores do primeiro livro da Vogue Brasil, "InVogue" — Foto: Reprodução

Fafá também tinha um encanto pelos caftãs e recorda que ia às lojas de tecido para comprar os materiais – e a mãe, Eneida, a maior responsável por acompanhar toda a construção do seu estilo, costurava de acordo com as suas medidas. "Assim como ela sabia que eu amava misturar seda, passou a compreender o que funcionava no meu corpo, seja em decotes, estruturas ou ainda no uso das barbatanas. Desde os meus 14 anos ela estruturava tudo no meu corpo e eu sempre me sentia tão confortável, porque nada me apertava sem necessidade. Ela espartilhava e fazia saias godês como ninguém." Eneida também a ajudava nos figurinos musicais. "Ela criou roupas para eu usar, seja no clipe de 'Gabriela' ou nas premiações de Globo de Ouro que participei", lembra.

Fafá de Belém nos bastidores do primeiro livro da Vogue Brasil, "InVogue" — Foto: Reprodução
Fafá de Belém nos bastidores do primeiro livro da Vogue Brasil, "InVogue" — Foto: Reprodução

Aos 67 anos, Fafá segue fiel à identidade descoberta e construída ao longo do tempo no quesito estilo. A cantora manteve seu olhar criterioso sobre o que faz sentido entrar no seu closet ou não. Entre os estilistas que ela mais admira estão Lenny Niemeyer que, segundo Fafá, é responsável por fazer biquínis fabulosos, saídas de banho e roupas para o dia a dia elegantes, Luiz Cláudio, da Apartamento 03, André Lima e, claro, o grande ícone da moda dos anos 1980, o mineiro Markito. "Tenho uma coleção catalogada, com cerca de 30 peças assinadas por ele. Entre as mais inesquecíveis estão as fantasias. A minha maior ousadia foi ter pedido que ele fizesse para mim, uma de toureira e outra com borboletas", lembra.

Fafá de Belém nos bastidores do primeiro livro da Vogue Brasil, "InVogue" — Foto: Vogue Brasil
Fafá de Belém nos bastidores do primeiro livro da Vogue Brasil, "InVogue" — Foto: Vogue Brasil

Ainda que estivesse com produções brilhantes desenvolvidas por Markito, Fafá também é conhecida por ser a dona da voz que imortalizou uma das cores que mais simboliza força no guarda-roupa feminino: o vermelho. "Para mim, ele é o verdadeiro sinônimo do poder! Independente do tom, pode ser tomate, carmim, sangue ou 'Valentino'. Eu adoro usar calças vermelhas acompanhadas de camisas brancas ou aquele batom que vai dar a força ao visual. É a cor que não tem erro!", finaliza.

"InVogue" estará disponível para download gratuitamente neste mês.

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