Certa vez, Eliane Tavares bordou com lantejoulas a bandeira do Reino Unido tanto em um top preto quanto no par de tênis Converse de cano médio da filha, Camila Queiroz. A referência é clara para quem viveu a infância entre as décadas de 1990 e o início dos anos 2000. "Aos sete anos, lembro de fazer cover de bandas como Spice Girls", recorda a atriz que, ao lado das irmãs, Caroline e Melina, reproduzia algumas das integrantes da girlband britânica no palco. A sua escolhida era Geri, a Spice que usava cabelo vermelho.
Camila já compreendia que existia uma mensagem por trás das superproduções coloridas e ousadas das cantoras. "A liberdade dessas mulheres me inspirava. Afinal, foi uma banda feminina que parou o mundo e sentia que, mesmo cada integrante tendo o seu próprio estilo, elas eram revolucionárias com aquelas roupas", afirma em entrevista para "InVogue", primeiro livro da Vogue Brasil com apoio institucional da Mantecorp Skincare. "Apesar de ser criança, e não reconhecer todos os símbolos que hoje entendo, a confiança e segurança que elas passavam, também na atitude, foram importantes para mim", completa.
Quando o assunto é moda, a atriz natural de Ribeirão Preto não abre mão do conforto em meio a uma rotina de gravações intensa, viagens e eventos. O seu uniforme diário é composto por camiseta ou regata branca, calça jeans e tênis. "A partir desse trio, você pode jogar um casaco, uma jaqueta de couro ou um batom e está pronta para tudo! Felizmente, as regatinhas brancas são tendência agora e tenho mais facilidade para encontrar versões bem feitas e elegantes", comenta ela, que tem uma gaveta com várias opções da peça. Ainda que seja apaixonada por jeans, Camila tem outra categoria especial no seu closet: a alfaiataria. "Gosto desse desafio de tirar casacos e calças do escritório e levar para o street style", explica ela que tem investido cada vez mais em peças com visual clean. "A vibe dos anos 90 é uma das minhas preferidas."
As bolsas também são uma paixão de Camila. Na sua coleção, há três it-bags preciosas que, de tão especiais, acaba não usando tanto. Entre os seus xodós está a Lady Dior, comprada em Nova York, que além de remeter toda delicadeza e elegância da maison francesa, também carrega um forte significado. "Eu sempre fui fascinada pela Lady Di, uma mulher à frente do seu tempo, inspiradora e forte. Como sei que essa bolsa foi criada em sua homenagem, acredito que resume, também na estética, os seus contrastes de delicadeza e força." Na lista, há ainda um modelo da Celine, marca que a atriz adora, e a sua primeira bolsa de grife, uma Prada que já era desejo na época de quando trabalhava como modelo.
O livro não estará à venda, mas poderá ser baixado nas plataformas da Vogue Brasil em outubro.