Viajar com a família pode ser emocionante, mas também pode ser custoso. Se você é como eu, sempre à procura de maneiras inteligentes de economizar durante as viagens, o conceito de "skiplagging" pode ser uma ferramenta valiosa em seu arsenal de economia de custos.
Ainda pouco conhecido, porém eficaz, o skiplagging, também conhecido como voo em cidade oculta, é uma maneira astuta de economizar em passagens aéreas. Mas o que exatamente é isso?
Imagine que você está planejando uma viagem de Nova York para Los Angeles, mas descobre que os voos diretos são muito caros. No entanto, encontra uma opção mais acessível de Nova York para São Francisco com uma escala em Los Angeles.
Aqui está o truque: você compra o voo para São Francisco, mas simplesmente desembarca em Los Angeles, ignorando a última parte do voo. Isso pode resultar em uma economia significativa, às vezes até 50% do custo original da passagem.
Contudo, há controvérsias em torno dessa prática que é importante considerar antes de utilizá-la.
Por exemplo, se você pretende viajar com bagagem despachada, o skiplagging pode não funcionar, já que a bagagem é etiquetada até o destino final emitido. Se você tentar, a companhia aérea provavelmente terá que descarregar sua bagagem despachada depois de perceber que seu cartão de embarque não foi digitalizado para o segundo trecho da viagem.
Além disso, as companhias aéreas não veem com bons olhos essa prática. Elas não podem ocupar um assento vazio em um voo porque um passageiro ausente deveria estar sentado ali. Por isso, muitos contratos de transporte de companhias aéreas proíbem expressamente o skiplagging.
Embora o skiplagging não seja ilegal, ele viola os termos de muitas companhias aéreas, e os passageiros que o utilizam podem enfrentar consequências, como a perda de milhas ou a suspensão de privilégios de viagem e status de elite. As companhias aéreas podem até mesmo bani-lo completamente, alegando que estão apenas fazendo cumprir as cláusulas contratuais.
No entanto, em uma matéria recente da Smarter Travel, foi comentado que os tribunais parecem estar legalmente do lado dos viajantes, com a Lufthansa e a United tendo perdido ações judiciais contra skiplaggers. Um tribunal na Espanha até decidiu especificamente que o skiplagging e a emissão de bilhetes para cidades ocultas são legais.
Então, vale a pena utilizar essa estratégia?
Se ainda assim você pretende usar essa estratégia, é importante tomar alguns cuidados. Evite utilizar repetidamente itinerários de cidade oculta na mesma rota com a mesma companhia aérea. Além disso, não associe sua passagem a uma conta de passageiro frequente, pois algumas companhias aéreas podem invalidar as milhas acumuladas se descobrirem que você está usando o skiplagging.
Lembre-se também de que algumas companhias aéreas podem exigir comprovante de passagem de volta durante o check-in. Se necessário, compre uma passagem de volta reembolsável e cancele-a assim que embarcar no voo.
Embora possa representar uma oportunidade de economia significativa, é essencial estar ciente das implicações e dos possíveis riscos envolvidos. Se você deseja se aprofundar mais sobre o assunto, procure investigar as políticas das companhias aéreas, as decisões judiciais relevantes e os relatos de outros viajantes que já fazem o uso dessa prática.
Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil.