Lauren Hutton, é a prova viva de que a idade é apenas um número. Em um texto exclusivo para o jornal The New York Times, a modelo e atriz americana famosa nas décadas de 70 e 80 continua a desafiar os padrões, levantando a bandeira para mulheres maduras. E mostra que, em um mundo onde os homens envelhecem com dignidade, está determinada a garantir que as mulheres também recebam a mesma atenção e sua presença em campanhas publicitárias e revistas é um lembrete poderoso de que a beleza não tem idade.
No texto, Hutton compartilhou reflexões sobre sua vida, desde os primeiros anos, na Carolina do Sul, onde nasceu, até se tornar uma das figuras mais modelos mais conhecidas do mundo. "Completei 80 anos em novembro. Às vezes sinto que tenho 33 anos. Às vezes tenho 572", disse ela, que está escrevendo um livro de memórias. "Percebi que tive uma vida extremamente sortuda. Obviamente, qualquer pessoa que tenha sucesso tem sorte, mas há três ou quatro outras coisas que você precisa: inteligência, um certo talento para o trabalho, uma forte ética de trabalho".
Criada na Flórida, seu início na indústria da moda não foi uma busca de glamour, mas por conhecer e explorar o mundo. Quando chegou a Nova York, ela conta que não tinha ideia do que esperar do mundo da moda. Sua carreira começou em Nova York, trabalhando como modelo de showroom para a Dior, enquanto era desencorajada por outra modelo que dizia que suas características - ter estrabismo, ser baixa para os padrões e o diastema - não a levariam muito longe.
Mas quando descobriu que uma modelo de revistas poderia ganhar 50 dólares por hora, sua determinação foi maior que tudo. Logo estava à frente de lendas como a editora Diana Vreeland e posando para fotógrafos renomados como Richard Avedon e Irving Penn.
Somando 60 anos na indústria da moda, Lauren Hutton mostra que não tem planos de parar. Em 2023, ela posou para a capa da Vogue Alemanha e esteve na campanha que comemorou os 40 anos da marca J.Crew. Neste ano, foi uma das estrelas da campanha de primavera da Saint Laurent, ao lado de Diana Ross e do cantor Michael Stipe.
Mesmo com toda a fama e prestígio, ela se pergunta por que continua fazendo isso. Mas tem a resposta na ponta da língua: "Quase não preciso mais de dinheiro. Só que cuido de um monte de gente. Faço isso porque acho útil agitar a bandeira para mulheres adultas. Olhei em volta e vi que não havia mulheres mais velhas em anúncios ou revistas. Havia todos esses caras envelhecendo – atores, atletas que ainda tinham valor – mas nenhuma mulher. Então continuo trabalhando".
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