Neste mês, Kate Moss completou meio século. Há 20 anos, quando tabloides ingleses invadiam e expunham a vida de festas e excessos da modelo, era impossível imaginá-la aos 50 anos como ela está hoje: saudável, produtiva e na ativa. E ela não está só: Sofia Coppola, Stella McCartney, Phoebe Philo e Gwyneth Paltrow são outras garotas prodígio dos anos 1990, it girls da década, que agora são 50+ superinteressantes e que influenciam até hoje na moda, no cinema, no mundo.
Se no passado elas tinham o sucesso, uma doce rebeldia, um sex appeal e o apelo inovador em comum, hoje elas continuam com tudo isso, além de colecionar trajetórias e manter a criação constante em suas carreiras. Vamos aos exemplos: nos anos 1990, Sofia Coppola lançava o filme As Virgens Suicidas. Em 2023, aos 50 anos, lançou Priscilla. Dois marcos que questionam e sacodem o status quo e a nossa sociedade.
A estilista Stella McCartney também tem esse tempero. Ela revolucionou a marca Chloè (e a moda) nos anos 1990 ao levar as rendas da lingerie para as ruas e criar decotes inéditos. Na década seguinte, lançou a própria marca, focada em achar alternativas mais sustentáveis para os materiais tradicionais que prejudicam o meio ambiente. Um exemplo são as peças feitas em "couro" de uva e também no material inovador “Mylo”, produzido a partir de cogumelos.
Ex- assistente de Stella McCartney na Chloè, Phoebe Philo é outra 50+ que sacode a moda. Símbolo do normcore e do quiet luxury, ela é uma das responsáveis por consolidar esses movimentos na indústria, simples assim. Phoebe Philo reinventou o básico na alta moda nos anos 2000. Pense na identidade da marca Celine como exemplo. No ano passado, a diretora criativa lançou sua tão aguardada marca própria, propondo uma reflexão prática sobre o consumo de moda e a sustentabilidade.
Gwyneth Paltrow, outra 50+ que marca os dias atuais, é uma das adeptas do estilo popularizado por Phoebe Philo. No ano passado, os looks usados por ela para ir ao tribunal, durante um processo relacionado a uma colisão em uma pista de ski, se tornaram manchetes no mundo da moda pelo minimalismo arrebatador.
Atriz premiada com Oscar de 1999, por Shakespeare Apaixonado, ela hoje é responsável pela Goop e uma das figuras mais relevantes do mercado de bem-estar mundial. Sua empresa, dedicada ao bem-estar feminino, vez ou outra se vê envolvida em polêmicas por seguir em algumas ocasiões filosofias holísticas, que nem sempre possuem comprovação cientifica. Como boa it girl dos anos 2000, ela responde com fina ironia, deixando bem claro que pouco se importa com os tais “têm que”. Eu deixo o meu viva e você?