Cultura

Por Paula Jacob (@pjaycob)

Ano passado, um marco estratosférico dominou a timeline de todos os que possuem alguma rede social e as rodas de conversas entre amigos – e nem falo sobre os inúmeros planetas retrógrados, era mais que isso. Os dois filmes mais aguardados de 2023, Barbie e Oppenheimer, tinham estreia prevista para o mesmo dia, 20 de julho, rendendo memes e dividindo opiniões sobre quem iria ver qual primeiro; salas de cinema fizeram sessões especiais em todo o mundo com um filme seguido do outro (haja fôlego!)... Apostas e mais apostas de quem teria a maior bilheteria, quem renderia mais indicações aos prêmios da indústria. Um fenômeno batizado de Barbenheimer.

Contudo, 2024 já começou indicando que, apesar do filme de Greta Gerwig ter alcançado níveis inimagináveis de audiência nos cinemas – considerando o mercado atual – e aceitação do público, batendo 1.44 bilhão de dólares em bilheteria (versus US$ 958 milhões de Christopher Nolan), quem ganha essa disputa são sempre eles. Usando a música de Aqua como metáfora, "this is not a Barbie world after all". No insosso Globo de Ouro, por exemplo, os principais prêmios da noite ficaram nas mãos do filme sobre o criador da bomba atômica. Enquanto isso, restou para a produção sobre o que é ser mulher em um mundo machista, com estética superfeminina e colorida, a estatueta da nova categoria: Conquista Cinematográfica de Bilheteria – insira aqui a sua ironia.

Apesar de, sim, e ainda bem, darem quantias megalomaníacas para uma diretora mulher fazer um filme sobre uma boneca de plástico com questões existenciais, na hora de reconhecê-lo, porém, volta-se dez casas. E o Oscar 2024 é prova disso. Além de Greta ter ficado de fora da disputa dos diretores, a internet também se inconformou com a indicação de Ryan Gosling a Melhor Ator e a falta de Margot Robbie na categoria equivalente. Mesmo que ele tenha entregado uma performance melhor e mais profunda que a colega de cena, era previsto (ou imaginável) que ela recebesse, ao menos, uma nomeação à melhor atriz – como aconteceu com Oppenheimer e os atores Cillian Murphy e Emily Blunt.

A questão não é desmerecer o trabalho de Nolan, mas refletir sobre quem sempre (e o que sempre) vai ter notoriedade nas premiações. Em 96 edições, esta é a primeira vez que três, isso mesmo, três filmes dirigidos por mulheres concorrem na principal categoria da noite: Vidas Passadas, Barbie e Anatomia de Uma Queda, mas apenas Justine Triet concorre à melhor direção. Celebramos, claro, mas ainda é muito pouco.

Da sensação agridoce, também tem Lily Gladstone como a primeira indígena-americana a concorrer a Melhor Atriz – e a disputa entre ela e Emma Stone será a mais difícil da noite. Aliás, a diversidade racial está melhor nas categorias de atuação, com pelo menos um ator/atriz não-branco concorrendo. É importante comentar ainda sobre a nomeação de Annette Bening e Jodie Foster à melhor atriz e melhor atriz coadjuvante, respectivamente, pelos papéis em Nyad. Elas são as duas únicas atrizes acima dos 60 anos concorrendo (o etarismo segue forte em Hollywood).

Com a Academia, nunca podemos esperar avanços significativos. Cresce um pouquinho ali, decresce um tanto aqui. E assim segue a premiação, deixando a audiência cada vez mais apática e amortecida com as previsibilidades dos votantes (e das grandes cifras, se você for homem, óbvio). O que interfere diretamente na relação do público com o cinema. Se o maior filme de bilheteria tinha algum conteúdo, para variar um pouco diante da dominância Marvel-Disney dos últimos anos, e nem ele liderou as indicações, realmente a barra de expectativa para uma mulher (branca e hétero, diga-se – imagina o resto?) na indústria atingiu níveis estratosféricos, e não no sentido positivo.

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